[PDF] THAT MAN 3. Série That Man #3. Nelle L Amour SINOPSE - Free Download PDF (2024)

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THAT MAN

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Série That Man #3

Nelle L´Amour

SINOPSE Uma menina pequena e doce do centro-oeste com um sorriso com covinhas me mostrou que havia uma conexão entre meu pau e meu coração. Ela estava na minha corrente sanguínea. Fazendo-me sentir emoções e sensações que eu nunca tinha sentido com ninguém. O beijo tinha mudado tudo. Esse ato tinha virado meu coração de cabeça para baixo e me dilacerado. Eu não podia mais negar meus sentimentos. Eu sentia falta dela por uma única razão. Eu estava apaixonado. Blake e Jennifer finalmente sucumbem à sua paixão e são incapazes de obter o suficiente um do outro. A descoberta chocante, no entanto, ameaça separá-los. Será que os dois sobreviverão a uma força externa que promete trazer o seu amor a um fim cruel e trágico?

Esse é o final da história de Blake e Jennifer.

03/2016 Tradução: Selene/Perséfone Revisão Final: Selene/Perséfone Leitura Final: Hera Formatação: Selene/Afrodite Disponibilização: Afrodite Grupo Rhealeza Traduções

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Capítulo 1 Blake

O serviço de transporte do Aeroporto Friedman Memorial em Hadley para o Sun Valley Lodge, onde eu estava hospedado no feriado de Natal, levou quinze minutos. Deixando minha bolsa e esquis com o manobrista, eu fui lá dentro ao balcão de check-in e observei ao redor. O lobby do venerável resort, construído em 1936, estava decorado para o Natal com uma enorme árvore iluminada, quase até o teto e com uma lareira flamejante. O lugar estava repleto de hóspedes, circulando pelo lobby, com bebidas quentes em suas mãos. Música de Natal estava tocando no sistema de alto-falante. Era uma das maravilhas do inverno. Felizmente, a minha entrada foi rápida, estava tudo certo com a minha reserva. Quando o atendente alegremente entregou o meu cartão de acesso, um hálito quente fez cócegas em meu pescoço e uma voz familiar, sedutora, viajou pela minha orelha. —Oi, Blakey. Eu girei. Porra. Era Kirstie. Ou era Kristie? Eu nunca poderia dizer com as duas separadas. Ela estava vestida com um jeans esquinny desbotado, uma camisa de gola alta apertada que se agarrava aos seus seios e botas rosa. O cabelo platinado caía em cascata sobre os ombros debaixo de uma touca cor-de-rosa de esqui. —Não sabia que você estaria aqui. —Minha voz vacilou. Por que eu não estava animado em vê-la? Ela estava linda de morrer, linda como sempre e pronta para ser levada pra cama. Ela se moveu desconfortavelmente para mais perto, me prendendo entre o balcão e o corpo dela. Seu perfume floral pesado estava me sufocando. Ela não cheirava a cereja e baunilha.

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Ela lambeu os lábios carnudos. Pareciam maiores do que da última vez em que os vi. —Sim. Eu e minha irmã chegamos ontem à noite. Porque não nos juntamos para esquiar? —Claro. Deixe eu me instalar no meu quarto e vou para as pistas. —Eu imediatamente me arrependi do que eu disse. Eu queria esquiar sozinho. —Em que quarto você está? Eu olhei para baixo no meu cartão. —Quarto 606. —Legal. Kirstie e eu estamos ao lado. Bem, pelo menos, agora sabia quem ela era. No entanto, o pensamento de ter as gêmeas Barbies apenas com uma parede nos separando era preocupante. Perto demais para o meu conforto. —Quer que eu ajude com o check-in? —Ela sussurrou, esfregando as grandes mamas dela contra meu braço. Os implantes deixavam seus mamilos tão duros e eretos, que eu podia senti-los através do tecido grosso da minha jaqueta. Eu me contorci para o mais longe dela possível. —Eu posso lidar com isso. Vou encontrá-la aqui em meia hora, para irmos para o Baldy. —Baldy era meu lugar favorito para esquiar com sua elevação de mais de nove mil pés e um labirinto de trilhas. —Perfeito. —Sentenciou ela. Ela rebolou indo embora e eu soltei um suspiro de alívio. ****** Minha suíte era composta por um quarto com um banheiro adjacente, uma sala de estar com lareira e uma pequena cozinha decorada no que eu chamaria de estilo Ralph Lauren. O lobby era espelhado, a decoração era floral, com a cama

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king-size, sofá e cortinas, todas em um tom vermelho e verde. De parede a parede um carpete verde escuro forrava o chão. Distraidamente, desfiz minha mala e coloquei os jeans e suéteres pesados que eu havia trazido nas gavetas. O resto das minhas roupas de esqui eu coloquei no armário. Deveria estar animado por estar em Sun Valley - eu sempre tive bons momentos aqui com todas as atividades fabulosas que a cidade deslumbrante oferecia, podendo foder pela manhã, tarde e noite, mas em vez disso eu me sentia desmotivado. Eu, porra, sentia falta da Jennifer e desejava que ela estivesse aqui comigo. Durante meu voo, continuei pensando nela. Esperando que ela estivesse pensando em mim. Eu não tinha visto ou falado com ela desde a nossa troca de presentes no escritório ontem. Cuidadosamente, coloquei o último item da minha mala em cima da minha mesa de cabeceira. O pequeno globo de neve que ela tinha me dado. Eu dei uma sacudida nele e assisti os brilhantes flocos de neve se agitando dentro da bola que de alguma forma me lembrou das bolas de pão da minha avó. A memória de vê-la comer uma no jantar do Shabat dos meus pais passou pela minha cabeça. Eu tinha fantasias daquela boca sensual nas minhas bolas e quase tinha gozado na minha calça. Ela tinha dado à expressão: "Da sopa à sobremesa" um novo significado. E a minha mente pulou para a outra noite. Na noite da festa de Natal do escritório, a noite que fodemos nossos miolos. Foi o melhor sexo que já tive. E eu tive muito. Mas, foi mais do que sexo. Mesmo querendo transar com ela mais uma vez, eu queria tê-la segura em meus braços para sempre. Eu pensei que o sentimento fosse mútuo. Mas não era. Para minha surpresa absoluta, ela não me queria. Ela disse que tinha cometido um erro. Que eu tinha me aproveitado de seu estado vulnerável. Uma foda de consolo após seu rompimento chocante com o noivo dela, o dentista infiel. Dickwick. Além disso, ela tinha medo de ter um relacionamento no trabalho. Pelo menos, foi o que eu percebi. Se não desse certo, um de nós seria demitido. Quem seria? Ela ou eu, o grande filho do chefe? Você acertou. Com seus sonhos de mim na cabeça de seu império de mídia, meu pai nunca me despediria da Conquest Broadcasting.

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Mas então eu realmente fodi tudo, o grande momento. Desesperado, disselhe que podíamos ser amigos de foda casual. Honestamente, não quis dizer isso, mas ela não acreditou. Ela se vestiu e me deixou. Sozinho no meu apartamento de merda sem ninguém pra foder. Nunca tive que lidar com a rejeição e fiquei devastado e confuso. Egoísta, mimado, eu era um jogador. Deixava as meninas e não vice-versa. Elas me queriam e não se cansavam de mim. Mas não Jennifer McCoy. Eu tinha conseguido magnificamente falhar miseravelmente. A reação ao presente que eu tinha lhe dado, a pintura erótica de “O Beijo” pintado pelo falecido pai de Jaime Zander que refletia o nosso primeiro e inesquecível beijo, tinha me dado um pouco de esperança. Ela estava emocionada. E não porque foi um presente um tanto um extravagante. Meu pai sempre disse que ações falam mais que as palavras. E ele estava certo. A pintura trouxe lágrimas aos olhos verdes cintilantes, porque atingiram um nervo profundo dentro dela. Ela a fez sentir algo. A mesma coisa que eu senti. A eletricidade no ar entre nós era assim intensa, que se podiam ver faíscas voando. Tinha me levado todo o esforço que eu podia para não levá-la em meus braços, sufocá-la com outro beijo, consumi-la e fodê-la sem sentido sobre minha mesa. E depois, só segurá-la em meus braços. Ela estava certa, precisávamos de tempo longe um do outro para descobrir as coisas. Ou pelo menos ela precisava. Com um coração pesado, dei ao globo de neve outra mexida e fiz um pedido: desejei que minha tigresa chegasse à mesma conclusão que eu, clara e simples, que tínhamos que ficar juntos. Com um puxão, meu pau esperançoso vibrou para isso. Mas no fundo da minha alma, eu sabia que um relacionamento era uma possibilidade remota. Eu fugia deles. Na verdade, eu nunca tinha tido um. Vestindo meu equipamento de esqui, desci para o lobby em minhas pesadas botas de esqui, meus esquis e polos debaixo dos braços. Kristie já estava no saguão. Ela estava toda arrumada em um casaco rosa de pele caro e calças de esqui da mesma cor. Tampões de ouvido peludos cobriam as orelhas dela, e ela usava uma camada grossa de batom rosa no tom exato da sua roupa. Eu não queria esse batom perto de mim, mas ela estava em cima antes que eu pudesse responder, "cai fora". Eu finalmente consegui puxar meus lábios para longe dela

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sem criar uma cena. Pensei em parar na portaria e pedir uma compressa com antisséptico. O pensamento de ter que compartilhar um teleférico com ela era repulsivo. ****** Nós tomamos um ônibus até o Baldy. Havia uma longa fila para o elevador. Enquanto esperávamos por uma cadeira, minha companheira alegremente balbuciava sem parar sobre toda a diversão que ela e sua irmã gêmea tinham tido ao patinar no gelo e tomar banho na piscina aquecida. Ela se gabou quando todos as reconheceram de seus anúncios impressos e comerciais. Com certeza, uma oferta de filme viria em breve. Eu meio que ouvia, interpondo um ocasional "wow" ou "legal". Minha mente estava em outro lugar. Focada em outra pessoa. Minha tigresa. Ela não saía da minha cabeça. Eu estava realmente contente que havia essa espera pelo elevador, porque eu tinha medo de subir sozinho com uma das cabeças oca. Ela não tinha controle sobre seu apetite sexual e nem sua irmã. Até agora, não tinha conseguido o suficiente das gêmeas excitantes sozinhas ou em conjunto, que eram a diversão perfeita, mas algo dentro de mim tinha mudado. Vamos direto ao assunto: Uma doce menina do centro-oeste com um sorriso de covinhas tinha me mostrado que havia algo mais. Que havia uma conexão entre meu pau e meu coração. E ela estava na minha corrente sanguínea. Fazendo-me sentir emoções e sensações que nunca senti com ninguém. Depois de vinte minutos longos e frios, finalmente tínhamos um teleférico para dois. A temperatura caiu significativamente, e o céu tinha virado um tom irritado de cinza. Parecia que ia nevar. Eu segui Kristie para dentro do elevador e sentei-me o mais longe dela possível. O que não durou muito tempo. Depois que eu baixei a barra de segurança e soltei os esquis, ela se arrastou em todo o assento até que quase estava sentada no meu colo. Eu pulei quando a mão dela chegou ao meu zíper e puxou-o para baixo. Tirando suas luvas, ela alcançou sob minha cueca e agarrou meu pau. —Porra, Kristie! —Eu com força arranquei a mão dela e fechei minha braguilha.

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Ela parecia irritada. —Que bicho você tem no seu rabo? —Só não estou de bom humor. — Minha voz era fria e amarga como o ar. —Está bem. — Ela jogou a palavra para mim e se afastou. Aliviado, observei a vista espetacular da neve nas montanhas e árvores com meus óculos enquanto nós subíamos. E desejei poder partilhá-la com a Jen. Quando chegamos ao topo da trilha, Kristie saltou do elevador. —Foda-se, Blake. Fique sozinho. —Ela se foi. Pela primeira vez desde que tinha chegado, eu sorri. ***** Geralmente eu descia pela trilha mais difícil, a Black Diamond, habilmente manobrando suas curvas acentuadas, mas hoje demorei ziguezagueando com meus esquis na neve plana. Agir como o esquiador experiente que eu era, não era possível com Jennifer na minha mente. Eu queria estar com ela na colina para principiantes. Ensiná-la como esquiar... Segurá-la quando ela desajeitadamente descesse a pequena colina... Ouvir seus suspiros e então seus gritos quando ela perdesse o controle... E ajudá-la a ficar em pé quando caísse na neve. Meu coração doía por tê-la em meus braços, sentir seus lábios quentes nos meus e me deliciar com todas as atividades pós-aprendizagem feitas pelos amantes - um banho quente em uma Jacuzzi, estar sob as estrelas e compartilhar um cobertor em uma carruagem ao passear pela cidade. O vento cortante batia na minha cara, enquanto eu descia. Quando desci um quarto do caminho ladeira abaixo, começou a nevar e quando eu estava na metade do caminho, a neve tinha se transformado em uma nevasca ofuscante. Distraído, fiz o possível para me concentrar e contornar as árvores obscuras e outros obstáculos no caminho. Fiquei aliviado ao chegar à base. Enquanto muitos esquiadores ávidos estavam voltando apesar da tempestade, eu estava farto. Removendo os esquis, apanhei o próximo ônibus para o hotel.

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Quando voltei para o Lodge era 03h00min. Deixando meus esquis no local de armazenamento, dirigi-me à minha suíte, onde me despi e tomei um banho quente depois de chamar o serviço de quarto. Não tendo muita fome, pedi um chocolate quente para acalmar, apesar da dor mental que estava correndo pelas minhas veias. Imerso na banheira grande e fumegante, com minhas pernas esticadas estudei o meu pau. Estava mole. Juro que o Sr. Burns estava com uma cara triste. Ele nunca tinha ficado neste estado antes. Desesperado, sim; desanimado, não. Masturbação não ia resolver o problema. —Não se preocupe. Eu vou descobrir como ter Jennifer de volta. —Porra. O que havia de errado comigo? Eu estava falando com meu pau. Ele se agitou como se tivesse me ouvido. Pulei para fora da banheira, peguei toalhas secas e delicadamente sequei o meu amigo. Pobre rapaz. Ele continuou baixo e sem vida. —Ligue pra ela. —Ouvi o Sr. Burns choramingar na minha cabeça. —Não posso. Eu disse em voz alta. Eu tinha prometido a ela que não o faria. A menos que fosse uma emergência de trabalho. No entanto, eu tinha o desejo ardente de quebrar minha promessa. Para ouvir a sua voz doce. Falar que sentia a falta dela. Terrivelmente. Eu nunca tinha sentido falta de uma mulher antes. Esta era uma sensação nova para mim. Foi como se eu tivesse sido chutado nas bolas. Não, não podia chamá-la. Seria um erro. Precisávamos de tempo para descobrir as coisas. Só que eu já tinha feito isso. Eu a queria para mim. Com um vazio no coração, dei de ombros e vesti o roupão felpudo do hotel. Quando eu amarrei o cinto, mudei de ideia. Foda-se. Vou ligar para ela. Eu precisava ouvir a sua voz, precisava lhe dizer algo importante. Eu voltei para o quarto para pegar meu celular. Pensei que estivesse na minha mesinha de cabeceira, mas não estava lá. Merda. Onde diabos eu coloquei? Procurei freneticamente em todos os lugares, bagunçando o quarto. Também

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verifiquei os bolsos de tudo o que eu tinha usado. Nada. Foda. Foda. Foda. Onde estava? Finalmente o avistei debaixo da cama. Deve ter caído das calças de esqui quando as tirei. Quando me inclinei para pegar, uma forte batida soou na porta. Serviço de quarto. Corri até a porta e abri. —Serviço de quarto. —Eu engasguei. —Minha irmã me disse que você estava aqui. Cristo. Era a outra gêmea, Kirstie, vestida com um casaco de pele longo que deve ter custado uma fortuna e botas altas. —Espero que goste de uma bucet* úmida e nua. —Com uma vibração de seus cílios postiços, ela escancarou o casaco dela, expondo seu corpo nu, prontinha. Em um suspiro, ela estava em cima de mim, mordendo e apalpando cada grama de carne que pudesse encontrar. Eu encontrei a minha voz e a empurrei. —Kirstie, saia daqui. —O que há com você? —Ela rosnou. Ela era tão tosca como a irmã, mas mais agressiva, não se importando com minhas palavras. Ela puxou o meu cabelo para baixo e grudou nos meus lábios. Eu afastei-a novamente, empurrando-a contra a parede. Enquanto ela ficou bufando, eu sabia o que tinha que fazer. Eu corri para o telefone do quarto e liguei para a portaria. —Sou eu quem deveria chamar a segurança. —Sibilou a gêmea presunçosa. Não respondendo a ela, disse ao porteiro para me reservar o próximo voo para Boise. —Sentimos muito, Sr. Burns. O Aeroporto está fechado por causa da tempestade. Não haverá quaisquer voos disponíveis até amanhã. —Foda. Eu não podia esperar tanto tempo. —Então me arranje um carro alugado imediatamente.

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Boas notícias. Havia um disponível. Eu desliguei o telefone e freneticamente recolhi todos os meus pertences, incluindo o meu celular. Joguei tudo na minha mala. Antes de fechá-la, eu peguei minha calça jeans, uma camiseta, um suéter Nordic pesado, um par de botas de esquiar e um chapéu. Cinco minutos depois, eu estava vestido e quase saindo pela porta. —Você pode ficar com o quarto; vai fazer bem para você não compartilhar algo com sua irmã. —Eu disse para a loira estupefata. Ela ficou paralisada contra a parede, me observando enquanto eu saía. Quinze minutos depois, eu estava indo para o sul na rodovia 75, dirigindo por uma puta de uma nevasca em um Jeep que eu tinha alugado. Com as condições meteorológicas adversas, o porteiro disse-me que as 150 milhas de viagem levariam cerca de quatro horas. Talvez mais, porque fiz uma parada, para comprar algumas coisas. Obrigado, Jesus. As lojas estavam abertas até tarde na véspera de Natal para as últimas compras. Deus abençoe o consumismo americano de última hora. Eu tinha feito um monte de coisas loucas na minha vida, mas esta era de longe a mais louca. Apesar de ter correntes nos pneus, o SUV avançou pela estrada gelada, deslizando e girando fora de controle. Minhas mãos colaram ao volante como grampos de ferro, enquanto cada músculo do meu corpo estava tenso. Para piorar as coisas, os limpadores de para-brisa não conseguiam acompanhar a rápida queda de mega flocos de neve. Era impossível ver à frente ou atrás de mim. Tudo era um grande borrão branco. Só uma coisa ficou clara: eu estava arriscando minha vida. Mas Jennifer McCoy, minha pequena tigresa, valia a pena.

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Capítulo 2 Jennifer

Era bom estar em casa. Nosso bairro na região norte de Boise não tinha mudado muito. As pessoas que moravam lá, e as casa em que viviam, pareciam saídas de uma pintura de Norman Rockwell. América Central no seu melhor. Tão diferente da agitada e multiétnica Los Angeles. Meu pai tinha ido me buscar ao meio-dia no aeroporto em sua perua e não podia estar mais feliz por me ver. O sentimento era mútuo. Eu era a garotinha do papai... e amava o meu pai. Claro, ele ficou surpreso de que Bradley não estivesse comigo. Disse a ele que tinha havido uma mudança nos planos e que explicaria tudo a ele e a minha mãe quando chegássemos em casa. Felizmente, ele não pressionou mais. —Mamãe fez seus biscoitos de gengibre favoritos. —Ele disse quando passamos por fileiras de casas idênticas, com enfeites e luzes de Natal. —Todos nós faremos a casa de pão de mel mais tarde. Fazer essa elaborada casa era uma tradição de família. Estudei meu pai enquanto ele dirigia. Tendo recentemente se aposentado da vida universitária na idade de sessenta e cinco anos, ele parecia belo como sempre para mim. Tinha algumas rugas em seu rosto e seu cabelo agora estava manchado de cinza, seus olhos verde-sálvia cintilavam por trás de seus óculos de aros tipo acadêmicos e irradiava um sorriso sincero no rosto. Em um momento, paramos na nossa casa de tijolo vermelho imponente. Era uma das melhores casas decoradas na rua. Pisca-piscas contornavam as janelas, e um presépio encantador estava armado no gramado da frente. Havia também uma grande coroa de flores na porta da frente pintada de vermelho. Papai estacionou o carro na garagem e me ajudou com minha mala. Segurando o

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saco de compras grande que continha os presentes de Natal dos meus pais, eu o segui ansiosamente pela porta de nossa casa. O cheiro de pão acabado de sair do forno flutuava no meu nariz. Eu estava em casa. —Querida! —Exclamou minha mãe quando coloquei os pés na cozinha. Vestindo um avental floral, ela correu para me abraçar antes mesmo que eu tivesse a chance de tirar meu casaco ou colocar a mochila no chão. Ela parecia mais bonita do que nunca. Brilhantes olhos cinza-azulados e cabelo castanho acinzentados estava agora curto na altura do queixo, preso por uma bandana de veludo vermelho. —Onde está Bradley? —A pergunta de um milhão de dólares. Eu respirei fundo e as palavras caíram fora. —Terminamos. O olhar no rosto dela foi de preocupação e alarme. —Bom Deus! Você está bem, querida? Parece que você perdeu peso. —O tom da voz dela beirava o pânico. —Estou bem. —Sem entrar em detalhes, disse-lhe que eu tinha descoberto que Bradley estava me traindo com sua assistente. Por que rodeios? Minha mãe engasgou. —Meu Deus! Como você descobriu? —O peguei em flagrante. —Eu não queria dizer-lhes sobre as imagens de vídeo; era mais simples com esta mentira branca suave. Bem, foi quase a verdade. —Devolvi-lhe o anel. —Coitadinha. —Exclamou a minha mãe, acariciando meus cabelos. Fiquei grata por ela não querer saber detalhes. Meu pai permaneceu pensativo e em silêncio, em seguida proferiu uma palavra: "Patife". Meu pai disse patife? —Jennie querida, você conseguirá algo melhor.

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O bom é inimigo do melhor. A expressão favorita do pai do Blake girou na minha cabeça. E em um milésimo de segundo, a imagem do meu chefe sexy, lindo estava girando lá também. Não consegui parar de sentir falta dele. Ontem à noite, eu mal tinha dormido. Lágrimas enchiam meus olhos cada vez que eu me revia abrindo seu presente. Ele tinha me dado uma preciosa obra de arte. Uma pintura que tinha me comovido até às lágrimas. O Beijo. Não conseguia parar de pensar nisso. Eu sabia por que Blake tinha comprado para mim. Ela simbolizava a nós dois. Dois amantes entrelaçado em um abraço. Eu ainda não tinha feito a descoberta chocante que Blake, meu chefe, era o homem que eu tinha beijado de olhos vendados em um jogo de verdade ou Desafio na noite da minha festa de noivado. Ele tinha me beijado de novo na festa de Natal do escritório, e a partir daí, nós tínhamos rendido nossos corpos um ao outro. Ele me fez sentir coisas que nunca tinha sentido. Ecstasy! Então, eu tive que fugir, sabendo que Blake era ruim para mim em todos os sentidos. A pintura, no entanto, mudou tudo. Meu coração virou do avesso e me dilacerou. Eu não podia mais negar meus sentimentos. Sentia falta dele por apenas uma razão. Eu estava apaixonada. A voz suave d minha mãe interrompeu meus pensamentos, bem como uma nova fornada de lágrimas. —Querida, porque não se estabelece em seu quarto e depois desça para almoçar? Já fiz sua sopa de legumes favorita e assei de pão. —Claro, mãe. —Eu disse com minha voz instável. Meu pai insistiu em trazer minha bagagem, mas disse a ele que poderia lidar com isso sozinha. Eu precisava de um tempo sozinha. Triste, eu subi para o meu quarto. Eu abri a mochila e então fui até a janela do meu quarto. Eu olhei lá fora. O céu já estava escurecendo e, de fato, parecia ameaçador. Talvez fosse nevar. À distância, eu podia ver as montanhas cobertas de neve, e mais uma pontada de tristeza esfaqueou o meu coração. Blake estava em algum lugar nas montanhas. Estremeci com o pensamento dele rodeado por uma dúzia de coelhinhas loiras. Tenho certeza que o Sr. Pegador estava no seu elemento e ia transar. Um mau pensamento passou pela minha cabeça. Talvez uma avalanche enterrasse as vadias.

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Meu pensamento foi de curta duração. Uma lágrima escapou dos meus olhos. De repente me arrependi por não aceitar a oferta para passar o dia com ele e dizer para não entrar em contato comigo, a menos que fosse um negócio de emergência. Sem aviso, as comportas se abriram, e lágrimas desceram em cascata pelo meu rosto. Quem eu estava enganando? Eu desesperadamente queria ouvir sua voz. Inalar o cheiro inebriante e acima de tudo, estar aninhada em seus braços e ser beijada por aqueles lábios. ********

Tentando esquecer Blake, passei o resto do dia lendo um e-book, escrevendo cartões com a minha mãe e embrulhando presentinhos de Natal. Nós montamos a casa de gengibre e demos os toques finais na nossa árvore de Natal, que ficou alta e imponente na janela da nossa sala, repleta de ornamentos encantadores que minha mãe tinha juntado ao longo de sua vida. O cheiro de pinho fresco da árvore misturado com o das iguarias que minha mãe estava cozinhando, fez com que o cheiro de casa fosse delicioso. Mesmo assim, não importa quanto eu me ocupasse, nada poderia distrairme de pensar em Blake. No pouco tempo em que eu estava em casa, meus sentimentos por ele tinham intensificado em vez de diminuído. A ausência faz o coração ficar mais afeiçoado, minha mãe sempre me dizia quando papai ia para uma conferência acadêmica. Ficava com os olhos colados no relógio de parede da cozinha até que ele retornasse. Fazia contagem regressiva dos dias, as horas, os minutos. Nem os segundos ficavam de fora. Eu sentia falta de Blake. Pura e simples. Muito parecido como a minha mãe fazia com meu pai. Eu pensei nele cada minuto, cada segundo... O que ele estava fazendo, o que estava usando (ou não), com quem ele estava? A imagem dele rodeado por loiras belas e sexys fez meu estômago revirar e elevou meu batimento cardíaco a um frenesi. A ausência faz o coração vagar. Por outro lado, eu lutava com a ideia de chamá-lo, quebrando minha própria regra. Regra imposta. No final da tarde, enquanto estava fazendo biscoitos com a minha mãe, ela notou minha ansiedade. Eu beirava o desânimo.

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—Querida, você parece um pouco nervosa. —Ela comentou, mexendo uma tigela de massa. —Estou bem. —Minha voz saiu abalada. Inventei uma desculpa, algo sobre Bradley. Na verdade, ele era última pessoa na minha mente. Eu, porém, secretamente desejei que Papai Noel o carbonizasse, isso é o que Dickwick merecia. Ao pegar uma bandeja de biscoitos saindo do forno, queimei meu dedo médio. Castigo para meu pensamento perverso. *******

A Véspera de Natal chegou rapidamente. Minha mãe preparava sua refeição tradicional com a minha ajuda. Fazendo uma pausa, uma vez que tudo estava no forno, eu joguei um jogo de palavras cruzadas com o meu pai. Foi difícil superar o antigo professor de inglês. Além disso, eu tinha um monte de cartas de merda. Então, vi uma oportunidade. A palavra que eu tinha em mente enviou uma pressão ao meu núcleo. —O-R-G-A-S-M-O. —Eu soletrei, usando todas as minhas cartas. Além de quinze pontos pela palavra, eu ganhei mais 50 pontos de bônus por usar todas as minhas cartas. Um total de sessenta e cinco pontos. Eu sorri presunçosamente para meu pai. Eu estava agora significativamente à frente dele. Eu poderia até ganhar o jogo. Eu tinha que agradecer à Blake. As sobrancelhas do meu pai franziram. Acho que foi mais em resposta à palavra do que aos pontos. —Boa. —Ele murmurou. Minha vitória, no entanto, foi de curta duração quando eu coloquei todas as suas cartas e ele soletrou a palavra "REQUINTADO". Além de também ganhar 50 pontos de bônus, ele teve pontuação por carta dupla e tripla, oito pontos e dez pontos "Q”, para um total de duzentos e vinte pontos.

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—Nossa, pai. —Eu gemi. Duzentos e vinte pontos. Tinha que ser um novo recorde do Guinness Book of Records. Não importa o que eu fizesse, eu nunca poderia vencer meu pai no jogo de palavras. O som da música de Natal fora da nossa casa me impediu de contemplar minha próxima palavra. Claro, que os cantores eram do coral da nossa igreja, que mantinham a tradição anual de ir de casa em casa na véspera de Natal. Minha mãe ouviu também e saiu da cozinha. Juntos, fomos para nossa porta. Meu pai abriu, e os cantores, que incluíam várias crianças, estavam diante da nossa casa. Era difícil distinguir seus rostos, porque havia uma espessa camada de nevoeiro. E flocos de neve caíam. Eu peguei um com minha língua. Não seria especial um Natal branco? Eu e meus pais ficamos amontoados na porta, enquanto o coral cantava uma sucessão de canções tradicionais de Natal. Eu amava música de Natal, isso me comovia até às lágrimas. Todas as maneiras como fosse cantada, seja em representações tradicionais, de rock contemporâneo, instrumental ou a capela. Minha favorita de todas era Drummer Boy, que, para meu deleite, eles cantaram antes de dispersar-se para a próxima casa. Depois que os cantores partiram, meus pais voltaram para a sala de estar enquanto eu permanecia imóvel na entrada. Havia um cantor solitário restante. Ele ficou em pé na minha frente, com suas mãos enfiadas no bolso de seu pesado casaco. Um boné da malha de esqui com chifres de rena cobriam a cabeça, e de alguma forma esse chapéu bobo o fazia parecer mais adorável do que nunca. Meu coração batia contra meu peito e então pulou em minha garganta. Meus olhos abriram e fecharam como uma lente de câmera, filmando instantaneamente este momento que eu queria lembrar para sempre. Era ele. O homem que me fez delirar com luxúria e desejo. Blake! Um caroço gigante inchou minha garganta enquanto ele cantava, "tudo o que eu quero de Natal é você." Sua voz rouca, sexy ressoou como um rock star. Minha estrela do rock! Lágrimas derramaram dos meus olhos enquanto eu abria um largo sorriso. No fundo, eu podia ouvir minha mãe gritar: —Jennifer, feche a porta. Está congelando aqui.

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Eu estava pegando fogo. Eu já não podia me conter. Antes que pudesse terminar a canção, sai de casa e corri para ele, só com meias. Ele me pegou em seus braços e me girou ao redor. Enquanto os flocos de neve dançavam ao luar, seus lábios me agarraram em um beijo feroz, apaixonado, que eu nunca queria acabar. —O que faz aqui? —Consegui dizer, com meus braços agarrando-se a ele, e minha boca avidamente mordendo a sua. Ele me abraçou forte. Senti um sopro de hálito quente no ar gelado. —Oh, tigresa. Você não sabe? —Sei? —Eu ofeguei, segurando seu cachecol. —Eu sou louco por você. Meus olhos procuraram seu rosto. —O que isso significa? —Ele era um pouco louco. —Ou seja, que não suporto ficar longe de você. —O que mais? Meu coração parou literalmente enquanto eu aguardava sua resposta. —Significa que eu estou amando você, Jennifer McCoy. —Lágrimas quentes caíram dos meus olhos e como a noite era gelada, senti na pele. Tremendo, lutei para dizer as palavras. —Como você sabe disso? Ele inclinou para cima meu queixo com sua mão com luvas de couro macio. Meus olhos molhados encararam os seus. Num piscar de olhos, ele lambeu um floco de neve da minha bochecha antes das minhas lágrimas se derreterem. —Porque as suas necessidades vem antes das minhas.

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Minhas palavras! O que eu tinha uma vez lhe dito quando ele me perguntou o significado de estar apaixonado. Soluços misturaram com risos. Eu tremia. —Querida, você está fria. Ele me puxou mais para perto dele, cobrindo-me no calor de seus braços fortes e me envolvendo com sua jaqueta. Eu pressionei minha cabeça contra seu peito, quando ele me segurava firmemente. Ele beijou delicadamente o topo da minha cabeça e então eu olhei para cima e olhei seu belo rosto focado no meu olhar. Paixão dançava nos seus olhos. —Sr. Burns, só tenho uma necessidade. Uma palavra. "Você". Seu rosto eclodiu naquele sorriso deslumbrante de covinhas. Tirando seu gorro de lã, coloquei na minha cabeça e me envolvi no seu pescoço. —E é por isso que estou aqui. Você é meu mundo, bebê. Você é tudo para mim. Tudo. Os lábios dele caíram de volta nos meus, e apesar da temperatura gelada, eu me derreti nele. —Jennie McCoy! O que faz aí fora de pés descalços? Você vai pegar pneumonia! Ao som da voz do meu pai, eu apressadamente me afastei de Blake. —Eu também te amo. —Eu sussurrei antes de responder ao meu pai que estava de pé na porta. Eu não tinha certeza se ele testemunhou o nosso abraço. —Pai, este é um amigo do trabalho, que, por coincidência, está na cidade. —Oi. —Disse Blake alegremente com um aceno de mão. Tive que sufocar a minha diversão. —Bem, não fique aí fora congelando. Convide-o. —Disse meu pai indo para dentro da casa. Eu já não podia conter meu riso quando Blake me levantou em seus braços e me carregou para a porta da frente. Seus lábios me sufocavam. Em toda a minha vida, nunca tinha sido tão feliz.

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A mãe de Blake tinha seu famoso peito; minha mãe tinha seu famoso Guisado irlandês, o qual ela fazia todos os anos para o jantar da véspera de Natal, e nunca se cansava disso. Uma saudável mistura de carne, batatas, cenouras e cebolas que ela marinava durante a noite em um caldo à base de cerveja, enchia minha boca, delicioso. Ela prometeu que quando eu me casasse ela iria partilhar a receita. Só ia ter que esperar mais do que eu pensava. Antes de nos sentarmos para jantar, Blake correu para seu carro alugado que ele tinha estacionado na rua. Quando ele voltou, estava coberto com uma fina camada de neve e carregando sacolas de compras, três grandes. Ele tirou das duas maiores três caixas lindamente embrulhadas e as colocou debaixo da nossa árvore. A terceira, ele entregou ao meu pai. —Eu pensei que você pudesse apreciar isso no jantar. —Blake disse ao meu pai, tirando o conteúdo. Um bom vinho. Califórnia Cabernet, não uma, mas duas garrafas. —Que gentil da sua parte, querido Blake. —Exclamou minha mãe. —O prazer é meu. Blake sorriu como um escoteiro orgulhoso que tinha recebido a sua primeira medalha de honra. Sorrindo, o meu pai examinou as etiquetas nas garrafas. —Um Napa Valley Seleção Reservada de l990. Um excelente ano. O ano em que nossa querida filha nasceu. Senti minhas bochechas ficarem vermelhas como o vinho. Blake fez tudo certo. Tudo para me agradar. Ele me atirou um sorriso atrevido e me fez aquecer mais. O jantar foi servido na nossa sala de jantar. A mesa estava festiva. Minha mãe usava pratos chineses para ocasiões especiais. Velas e bolas de Natal coloridas foram espalhadas sobre a toalha da mesa. O vinho aveludado fluia

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livremente, e todo mundo comeu como se não houvesse amanhã. Eu poderia dizer que minha mãe estava satisfeita que Blake adorou seu guisado. Ele até repetiu. Ele estava longe de parecer com Bradley, para quem minha mãe uma vez meticulosamente tinha cozinhado uma refeição vegetariana especial, que ele não comeu. Blake também conversou com meu pai sobre futebol universitário e estava familiarizado com o Boise State Broncos. Para meu alívio, ele evitou falar sobre o trabalho, e nenhuma menção foi feita sobre o canal p*rnô, onde eu trabalhava. Ufa! Meus pais não tinham ideia. Claro que não precisava dar aos dois infartos na véspera de Natal. Eu estava no céu. Meus olhos fizeram contato sutil com Blake em todas as chances que tive. Meu corpo estava agitado; cada nervo estava em movimento. Eu não podia acreditar que ele estava aqui festejando o Natal comigo. E eu não podia acreditar que ele estava apaixonado por mim. E eu por ele. Blake Burns, meu chefe. O homem que eu beijei de olhos vendados em um jogo de verdade ou Desafio. O homem que consumiu meus lábios mais uma vez sob um visco de natal. Que fodeu o meu cérebro e me deu o que eu acho ser o melhor presente da minha vida. Uma pintura que havia desejado chamada O beijo. Só havia um presente melhor. Mais poderoso. Mais precioso. O seu amor. Alguém me beliscou debaixo da mesa, com dois dedos. Blake. Da maneira que eles tinham me beliscado na festa de Natal, bem no meu cl*tóris. Eu pulei no meu lugar, um pouco, na esperança de que ele fosse se comportar na frente dos meus pais, e também, esperando que ele fosse meter o dedo até que eu não mais pudesse me sentar. Para melhor ou para pior, o Sr. Burns se comportou. Bem, mais ou menos. —Como você encontrou nossa casa? —Eu perguntei. Ele sorriu e respondeu com um ditado popular. —Onde há uma vontade, há um caminho. —Vamos, diga-nos. —Pedi enquanto ele continuava beliscando meu cl*tóris. Por baixo do meu vestido, estava uma bagunça quente e molhada. Eu me

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forcei a dar outra mordida no cozido da minha mãe. Meus pais eram todos ouvidos. —Me deparei com alguns cantores. Disseram-me que ia passando. Então eu os segui. —Muito inteligente, Sr. Burns. —Meu cl*tóris pegando fogo, eu me contorcia na cadeira. Oh era ele! Minha mãe sorriu. —Tão bom você ter vindo. Com a palavra vir, um enorme org*smo me agrediu. Eu engasguei com a boca cheia do guisado que estava engolindo. Eu rapidamente reguei com um pouco de vinho. —Você está bem querida? —Perguntou a minha mãe preocupada. As sobrancelhas do meu pai franziram. —Sim. —Eu engoli. Pelo menos, o reflexo de engasgar tinha encoberto a minha reação ao que acabou de acontecer. Recuperei o fôlego, e sabia que meu rosto estava vermelho como uma planta vermelha de Natal. Blake me atirou um olhar inocente. Eu amei e odiei. Esqueça isso. Eu o amava. O brilho nos olhos dele me enviou a mesma mensagem. Jantar culminou com pudim de pão delicioso da minha mãe, servido junto com café e conhaque. Blake devorou a sobremesa e mais uma vez, pediu uma segunda porção para o deleite da minha mãe. —Tenho de ir para o hotel. —Ele disse, recolhendo o último pedaço do pudim gostoso. Meu coração afundou. —Onde você está? —Perguntou meu pai. —No Grove.

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O Grove, localizado no centro da cidade, coincidentemente tinha o mesmo nome do shopping de Los Angeles onde eu tinha comprado todos meus presentes de Natal. Era um dos mais luxuosos hotéis em Boise, mas sinceramente, empalidecia em comparação com a mansão dos pais de Blake. Ele afastou sua cadeira e se levantou. Minha mãe desculpou-se e foi pegar seu casaco. Meu pai levantou-se para apertar sua mão. —Um prazer ter você aqui, Blake. —O sorriso genuíno que eles compartilharam colocou um no meu rosto também. Papai gostava de Blake. Acompanhamos Blake até a porta da frente. A tensão romântica entre nós era forte. Meu cl*tóris ainda latejava e eu não queria que ele fosse embora. Para nossa surpresa, quando abrimos a porta, agora estava uma nevasca. O vento chicoteava pelo ar gelado com um turbilhão de flocos brancos caindo do céu. As ruas já estavam cobertas com um pé de neve. Se não mais. Minha mãe reagiu primeiro. —Blake, querido, você não pode dirigir até a cidade com toda esta neve. As ruas estão geladas. E você não será capaz de ver três pés à sua frente. Meu pai tocou nele: —Filho. Filho? —A minha mulher tem razão. É perigoso demais para dirigir. Muito mais à meia-noite, fique aqui com a gente esta noite. Mamãe disse: —Absolutamente. Nós temos um adorável quarto ao lado do de Jennifer. Um quarto de hóspedes. —Tem certeza? —Perguntou Blake, piscando para os fortuitos flocos brancos. —Não quero ser um incomodo.

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—Absolutamente. —Meus pais responderam em uníssono. —Obrigado. —Ele sorriu aquele sorriso e em seguida me deu uma piscadela. Realidade me bateu com a força do trenó do Papai Noel. Blake ia passar a noite, e amanhã, na manhã de Natal, eu acordaria com ele aqui na minha casa. A realidade não foi tão ruim quanto eu pensava. Ela não podia ficar melhor do que ter um Natal branco com o homem que amava.

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Capítulo 3 Blake

O quarto de hóspedes com sua colcha e as cortinas florais não poderia ter sido mais confortável. Mas, não havia possibilidade de eu cair no sono com a garota que eu amava deitada em uma cama no quarto ao lado do meu. Meu pau estava almejando um tipo diferente de aconchego. —Olá, Sr. Burns. —Eu disse quando ele surgiu livre do meu pijama. Enrolei as minhas mãos em volta da sua circunferência e apertei como se eu estivesse apertando a mão de alguém. —Vou deixar você rígido e depois vamos para uma pequena aventura. Enchendo minha mente com a imagem gloriosa de Jennifer nua, eu passei minha mão subindo e descendo no meu eixo até que ficou grosso e rígido. Não levou muito tempo. Peguei uma camisinha na minha mesinha de cabeceira, abri com os dentes e a escorreguei na minha torre de aço. Arrumei o meu pijama e peguei a pequena caixa que estava na mesa de cabeceira, ao lado do meu globo de neve. Jennifer estava prestes a conseguir o seu primeiro presente de Natal do Papai Noel. Ho, Ho, Ho. Com o peito nu, eu furtivamente saí do meu quarto, me certificando que nem o Sr. e a Sra. McCoy estivessem vagando pelo corredor. A barra estava limpa. Eu fui de pé em pé até o quarto de Jennifer, e em vez de bater primeiro, simplesmente virei a maçaneta. A porta rangeu e abriu. Eu ri silenciosamente. Minha tigresa tinha deixado a porta destrancada. Com certeza, intencionalmente mesmo que ela não soubesse. —Oi. Assustada, Jennifer, que estava apoiada contra as almofadas fofas lendo algo no seu Kindle, se assustou.

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Em pé na porta, eu observei o quarto dela. Era totalmente principesco, rosa, rosa e mais rosa bucet*, com uma cama dossel e um tapete felpudo. Juntamente com o diploma do colégio, um grande cartaz emoldurado do Bob Esponja, seu personagem de desenho animado favorito, pendurado em uma parede. Espalhados na sua cômoda estavam algumas fotos dela com os pais. Ela era uma menina adorável, e de trança ela era ainda mais adorável, pensei inalando o cheiro doce de cereja e baunilha. —Blake! O que faz aqui? —Ela ofegou enquanto eu caminhava para a cama dela, depois de chutar, fechar a porta e trancá-la. —O que você acha? Vou para a cama com você. —Respondi, me apertando em sua pequena cama antes que ela pudesse notar meu tesão. Eu me aconcheguei ao lado dela. Cara, esta cama não era grande o suficiente para uma pessoa, muito menos duas. —Você não pode dormir aqui! E se meus pais entrarem? —Eles não vão, e além do mais, eu tranquei a porta. —E se eu ainda disser não? Vai me foder à submissão? Meu pau flexionou e um sorriso arrogante apareceu nos meus lábios. —Para isso tenho o plano B. Seus olhos se arregalaram. —Qual é o plano? Uma das minhas mãos surgiu debaixo do edredon. Nela estava a caixa de presente pequena embrulhada em papel cor-de-rosa e com um pequeno laço prata. Eu tinha mantido escondido nas minhas costas, quando eu tinha rastejado em seu quarto. —O que é isso? —É só um pequeno presente. Uma combinação de culpa e curiosidade cintilou em seus olhos verdes.

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—Você está me fazendo sentir mal. Não tenho mais nada para dar a você. Eu... Quero dizer, eu não sabia... Eu a cortei. —Não se preocupe, você vai me dar o que eu desejei de Natal em breve. Agora, abra. —É da Gloria’s Secret. —Comentou ela, percebendo o logotipo famoso no coração no papel. —Lingerie Sexy? Provavelmente isso seria um bom presente também, mas eu aposto que esse foi muito mais criativo. E ia ser mais divertido. —Não. Só abra. —Ela estava fazendo meu pau se contorcer com antecipação. Eu observei enquanto ela cuidadosamente rasgava o embrulho. Ela olhou fixamente para o pacote. —O que é isso, Blake? —É um brinquedo. Não posso deixar passar o Natal sem que ganhasse um brinquedo. —Meu ovo secreto? —É um brinquedo. Você irá adorar brincar com ele. Abra o pacote. Ela se atrapalhou ao abrir a caixa. Acho que eu já lhe tinha despertado o interesse. Ela levantou o ovinho rosa brilhante direto da caixa e examinou. —Quase ia pegar um vibrador normal, mas depois me lembrei do quanto você pareceu gostar de ovos, quando tomávamos café da manhã juntos na praia. —Adoro ovos. —Ela sorriu timidamente, ainda estudando o brinquedo. — Como se usa isso? Meu rosto se iluminou e meu pau flexionou. A diversão estava prestes a começar. —Bem, há muitas maneiras que você pode brincar com isso... Você pode enfiar na sua bucet* ou enfia no ânus.

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—Na minha bunda? — A voz dela subiu. Dei-lhe um beijo casto em cima de sua cabeça. —Não se preocupe. Isso é para mais tarde. Agora, vou mostrar como se estimula com ele. Eu removi o controle remoto sem fio e um tubo de lubrificante da caixa. Whoo-hoo! Íamos começar a brincar juntos. Eu amava qualquer coisa com baterias. Eu esguichei uma generosa quantidade de lubrificante sobre a superfície lisa do pequeno ovo e então decidi que queria uma visão melhor para assistir Jen brincar com ele. Eu queria ver sua pequena bucet* apertada e ver a expressão no rosto dela quando ela tocasse o cl*tóris dela e ela mesma se fizesse gozar. Não desperdiçando nem um segundo, eu enterrei embaixo da coberta. Cara, ela estava adorável com o pijama estampado de Papai Noel. Eles ficavam tão fofos nela que quase odiei o que eu estava prestes a fazer a seguir. Diga adeus ao seu pijama, querida. Em um movimento rápido, arranquei a parte de baixo e joguei no tapete felpudo rosa. E então com o controle remoto na mão, eu me arrastei até a borda da cama. —O que diabos você fez? Este era meu pijama favorito! —Vou comprar um novo. —Respondi, afastando suas pernas. —Agora, dobre os joelhos e coloque o ovo em seu cl*tóris. É hora de brincar. Segurando o pequeno ovo entre seu dedo indicador e polegar, ela hesitante colocou o brinquedo entre as pernas dela bem onde eu queria. Eu bati no controle remoto e ajustei a configuração para a sensação pulsante. Ao ouvir o zumbido, o corpo dela saltou pela vibração inesperada. —Oh meu Deus! —Exclamou. —Shhh! —Fiz um gesto de silêncio, colocando o dedo indicador na minha boca. —Você não quer acordar seus pais. —Certo. —Ela murmurou.

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—Agora, volte à experiência. Ela ficou mais corajosa com o ovo, movendo de cima para baixo em suas dobras. Meu parque de diversões. Pequenos oohs e aahs saíram de seus lábios. Cristo. Sua bucet* era deliciosa. As delicadas pregas tão rosas e molhadas. Meu pau inchou sob o tecido do meu pijama ficando a vista, mas ela não reparou na tenda crescente entre as minhas pernas porque os olhos dela estavam fechados. Ela gemeu com o prazer que ela estava se dando... e a mim. Eu não seria capaz de esperar que ela gozasse. Droga. Isso seria uma vergonha. Ela encontrou o cl*tóris dela novamente e começou a fazer pequenos círculos em torno dele, como uma criança colorindo um objeto com um giz de cera. Ela fazia giros e a respiração acelerou. —Oh meu Deus. —Ela gritou novamente, contorcendo o rosto bonito. Foda. Espero que ela não acorde os pais dela. Isso seria ruim. —Você gosta do seu novo brinquedo? —Eu perguntei na tentativa de distraí-la. Ela assentiu com apreciação. —Sim! —Recebo um obrigado? —Obrigada. —Ela sussurrou as palavras. —De nada. —Era hora de aumentar um nível. Eu mudei para uma velocidade maior. Ela gritou com êxtase. —O que você fez? —Ela gemeu após a mudança de ritmo. —Este é um brinquedo tão divertido. —Eu respondi, observando-a contorcer-se com um prazer tortuoso. Meu pau estava tão duro que pensei que ele ia explodir através de pijama. Choramingando ela falou:

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—Eu vou gozar! —Ela disse tão suavemente quanto possível, já que não era nada suave afinal. As palavras que eu queria ouvir. Ela mordeu os lábios trêmulos e apertou os olhos mais fortemente, com lágrimas vazando pelos cantos. Eu segurava meu pau quando seu corpo tremeu com espasmos de prazer. Sua cabeça caiu para trás contra a cabeceira da cama enquanto ela cavalgava em seu org*smo. Ela era um espetáculo para ser visto. O corpo dela estava brilhando e seu rosto apaixonado. Um anjo caído. O meu amor. —Ei. Lentamente, ela levantou sua cabeça e piscou abrindo os olhos. Ela me segurou no olhar antes de respirar uma palavra: —Porra. Minha palavra favorita no mundo. Era minha vez de brincar com ela. Meu pau ia explodir se não ficasse dentro dela em breve. —Minha vez. Tirei meu pijama freneticamente e libertei meu inchado, dolorido, pau duro como uma rocha. Larguei o controle remoto na cama, rastejei para ela de joelhos até que fiquei posicionado entre as pernas inclinadas com meu pau à vista de sua bucet*. Ainda segurando o ovo zumbindo, ela olhou para mim com seus olhos lascivos e sua boca se abriu, como se ela estivesse segurando a respiração, antecipando o meu próximo passo. —Eu vou foder seus miolos, tigresa, mas eu quero com você brincando com o ovo, enquanto eu faço. Ela assentiu febrilmente. Sem perder um segundo, eu a puxei mais perto, para mim e mergulhei meu pau dentro dela. Ele deslizou sem esforço na bucet* tão molhada e pronta. —Oh, tigresa! —Eu gemi, me sentindo incrível. Na minha próxima respiração, estava comendo ela impiedosamente.

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Conforme os gemidos saíam do fundo de sua garganta, arranquei seu pijama, desejando a sua pele sedosa contra a minha. Eu circulei o meu braço em volta de seu torso esbelto e senti a doce fricção dos mamilos dela endurecidos contra meu peito, enquanto ela se movia comigo e apertava meu pau com seus músculos. Ela tinha se acostumado ao meu tamanho. Meu pau pulsava enquanto o calor bombava entre minhas coxas. Porra. Eu não ia segurar muito tempo. —Brinque com o ovo. —Eu respirei contra o pescoço dela. Ela assentiu com a cabeça e eu podia sentir sua mão indo para trás entre as pernas dela. O zumbido ecoou nos meus ouvidos. —Blake, eu vou explodir. —Ela gritou, cravando as unhas de sua mão livre em meu bíceps. Rapidamente esmaguei meus lábios nos dela para sufocar seus sons antes que acordasse não só os seus pais, mas toda a vizinhança. Esta menina era uma gritadora infernal. Em um impulso profundo, meu clímax chegou e eu apertei-a firmemente contra mim. —Olhe, tigresa! —Eu queria que ela me visse gozar. Quando seus olhos me olharam, eu queimava, com minha libertação quente atirando para fora, quando ela estremecia e todo meu pau pulsava. Para sufocar a minha própria voz alta, eu coloquei minha boca no ombro dela, perto de seu pescoço arqueado, com certeza, deixando uma marca, como uma lágrima. Eu sempre quis mordê-la e agora eu tinha feito. Desgastado, desabei contra ela, e minha cabeça caiu sobre seu ombro marcado. Ela bagunçou meu cabelo úmido com uma mão, e com a outra acariciou minhas costas suadas. Senti-me tão bem. Ela era tão boa. —Eu te amo, tigresa. —Disse contra sua doce pele brilhante. Como é fácil agora dizer essas palavras, que eu nunca tinha dito antes. Eu a amava muito. Ela encostou-se ao meu pescoço antes de tomar minha boca com a dela. —Blake, você é um menino muito travesso.

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Na verdade, eu era. Blake Burns era um menino muito travesso. Mas Papai Noel tinha olhado para mim e me dado a unica coisa que eu queria para o Natal.

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Capítulo 4 Jennifer O ovo era um brinquedo maravilhoso. Blake me mostrou todas as formas de usá-lo, de estimular seu pênis e de colocá-lo na minha bunda enquanto ele me comia. A sensação de tê-lo na minha bunda foi além das palavras. Eu experimentei um org*smo fora deste mundo que me fez ver estrelas. E havia mais níveis de estimulação. Com um chamado escalonamento, as vibrações começavam a uma velocidade lenta, depois acelerava e então parava abruptamente me deixando desesperada, outra configuração, e uma mistura de pulsação e vibração normal voltava. Eu juro, não sei quantas vezes nós fodemos. E eu juro, não sei como nós não acordamos meus pais. Blake queria que eu fosse dormir com o ovo dentro de mim, então eu acordaria molhada e estimulada, pronta para ele. Eu disse-lhe que não era necessário. Só em tê-lo na minha cama, nu e cru, era tudo que precisava. Mas ele insistiu, e eu finalmente cedi, não tendo a energia para lutar com ele. Nós trocamos outra rodada de "Eu te amo". Perdi a conta de quantas vezes eu disse essas palavras. E ouvi. Mas eu não conseguia o suficiente. Em um momento, adormeci em seus braços, embalada ao seu corpo quente e viril. Fui a primeira a acordar de manhã. Meus olhos tremeram e se abriram quando a consciência infiltrou em meu cérebro. Eu ainda estava enrolada em Blake e podia sentir seu coração batendo contra as minhas costas. Um braço esculpido estava acima da minha cabeça enquanto o outro descansava sobre a minha barriga. Nós tínhamos adormecido nesta posição, com sua ereção pressionada firmemente contra o meu traseiro. Eu torci o pescoço para olhar para ele. Deus, ele era lindo de manhã. Respirações suaves, tão suaves como o ronronar de um gato, emanavam de seus lábios que suavemente se separaram, com uma mecha do cabelo sedoso caída na testa. A fina camada de pelos curtos que circulava a mandíbula o deixou mais sexy do que se pode imaginar.

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Ah Deus. O que eu tinha feito para merecer este homem? Este Deus. Este homem que me amava e que eu amava com todo meu coração e minha alma. Geralmente, eu acordava na manhã de Natal com emoção e antecipação. Hoje, acordei totalmente contente e satisfeita. Papai Noel veio e deixou meu melhor presente. Blake Burns. Obrigado, Papai Noel. Os sons familiares da manhã de Natal soaram em meus ouvidos. Lá embaixo, eu podia ouvir o "Deck the Halls" tocando no sistema de som dos meus pais (eles ainda não tinham atualizado para um som surround). Quando eu era pequena, sempre fui a primeira a acordar e correr lá para baixo, ansiosa para ver o que Papai Noel me trouxe. Quando eu fiquei mais velha e soube que Papai Noel era o meu pai, dormia até mais tarde, precisando das horas extras de sono. Eu poderia ficar na cama todo o dia com Blake, assim nos braços dele, mas isso não era uma opção. Quando a luz solar entrou no meu quarto, me lembrei de algo. Antes de nós termos adormecido, Blake tinha me dito que Papai Noel tinha outra surpresa para mim, outro brinquedo. Mesmo achando que nada poderia possivelmente bater (sem trocadilhos) o ovo, eu estava de repente ansiosa para descobrir o que era. Eu me virei para ficar de frente para Blake. Dei um beijo na sua testa, e seus deslumbrantes olhos azuis se abriram. —Feliz Natal, Blake. —Eu afastei a mecha de cabelo da sua testa. Minha cabeleira linda! Ele sorriu e seus olhos cintilavam como estrelas. —Feliz Natal, tigresa. —Ele traçou minha mandíbula com as pontas dos dedos antes de bater os lábios contra o meu. Vários beijinhos e logo sua língua seguiu. Facilmente me acostumaria a acordar assim todas as manhãs. Depois de tomar uma ducha separadamente (não podíamos arriscar tomar juntos com os meus pais por perto), nos vestimos, ambos com jeans e suéteres. Também usava algo mais por insistência do Blake, o pequeno ovo vibratório na minha bucet*. No momento, não estava vibrando. Blake tinha definido o controle remoto para a posição "off".

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—É melhor se comportar. —Eu sussurrei quando fomos lá para baixo. —Não se preocupe. —Promete? —Prometo. —Ele divertidamente bateu na minha bunda. Preocupava-me que Blake não seria fiel à sua palavra. Ele era um menino muito travesso. Meus pais tinham percebido durante o jantar que nós trabalhávamos juntos, mas não sabiam que ele era mais do que apenas um amigo ou que eu trabalhava diretamente para ele. E muito menos em um canal de filme p*rnô. Embora minha mãe e pai soubessem que o trabalho com Peanuts, a rede da Conquest Broadcasting para as crianças, tinha encerrado, e gostaria que eles acreditassem que estava trabalhando para outra divisão da empresa. Eu tinha apenas convenientemente não mencionado que era entretenimento para adultos. Quando chegamos lá embaixo “Estou sonhando com um Natal branco" estava tocando, e meu pai estava na sala de estar na sua cadeira preferida reclinável, lendo o jornal da manhã com uma xícara de café. —Bom dia, seus dois dorminhocos. —Disse ele, olhando para cima de seu jornal e sorrindo. —Bom dia. —Eu e o Blake respondemos em uníssono. —Os dois dormiram bem? Blake sorriu. —A melhor cama que já dormi. Eu me encolhi. Por que tudo o que faz, o que este homem diz, tem que ser carregado com insinuações sexuais? Tenho a certeza de que não queria que meus pais soubessem que ele tinha fodido meu cérebro sob nosso teto. Antes que eu pudesse responder, minha mãe chegou à sala, segurando duas canecas de café. —Eu ouvi os dois descerem da cozinha. Trouxe um café fresco.

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—Obrigada, mãe. —Eu disse, tirando as canecas dela. Eu entreguei uma à Blake. Mamãe falou: — Blake, eu espero que você goste de creme no seu. —Sim, obrigado, Sra. McCoy. Quanto mais creme batido melhor. Eu quase cuspi meu primeiro gole de café. Ontem à noite, enquanto ele estava me fodendo pela segunda vez, Blake tinha me dito que ele ia me bater quando ele fosse gozar. Minha bucet* estremeceu. Meu pai levantou-se da cadeira e caminhou em direção à nossa árvore de Natal. —Agora que estão todos, vamos ver o que o Papai Noel trouxe. Nós o seguimos. Quando estávamos reunidos em torno da árvore, minha mãe pediu desculpas a Blake. —Blake, querido, se soubéssemos que estaria aqui com a gente, nós certamente teríamos alguma coisa para você. Sinto-me terrível. Blake sorriu calorosamente para minha mãe. —Não se preocupe. Estar aqui com você, seu marido... e Jennifer... é mais do que eu poderia possivelmente pedir. Assim que disse o meu nome, ele deu uma piscada "sexy" para mim. Causou arrepios na minha espinha. Quanto mais cedo nós abríssemos os presentes, melhor. Ele estava me afetando. Como era tradição em nossa casa, todos nos sentamos ao redor da árvore, com nossas canecas de café e começamos o ritual. De pernas cruzadas, Blake se sentou ao meu lado. Tão perto que eu podia sentir o calor do seu corpo. Meu coração e minha bucet* palpitavam, me senti tão acesa quanto a árvore de Natal. Os meus pais e eu trocamos presentes primeiro. Eles estavam emocionados com o que eu tinha dado a eles, um cachecol e um livro para cada um, e eu estava igualmente encantada com o que eles me deram, uma mochila deslumbrante que combinava com a minha pasta. Foi um presente extravagante, dado que eles

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estavam agora vivendo da pensão do meu pai aposentado. Eu dei um grande abraço em cada um deles. Blake observava a mim e a meus pais, enquanto trocávamos presentes. Depois de tantos anos de casamento, um amor profundo e verdadeiro ainda iluminava seus olhos quando eles entregaram um para o outro suas caixas de presentes. Para mamãe, um pulôver vermelho lindo e para o meu pai, um bonito casaco de lã. Todos os anos, o mesmo brilho, o mesmo obrigado, o mesmo beijo na bochecha. Sabendo que os pais da minha melhor amiga Libby tinham passado por um divórcio, senti-me abençoada por ter meus pais amorosos. Havia três caixas grandes restantes. Todas de Blake. —Esses dois são para você, Sr. e Sra. McCoy. —Ele disse, apontando para as duas caixas lado a lado, monstruosas, idênticas em tamanho e envoltas exatamente no mesmo papel verde. Cada uma foi finalizada com um laço de veludo vermelho enorme. —Você não devia comprar nada. —Disse minha mãe, alcançando as duas caixas e entregando uma para o meu pai. Eu vi que eles ficaram de boca aberta quando descobriram o que estava dentro. Dois magníficos cobertores Ralph Lauren de caxemira xadrez. Devem ter custado uma fortuna. Meus pais nunca poderiam pagar nada como isso. Blake estava radiante. —Espero que gostem. Meus pais têm iguais, então, eu pensei que eles fossem uma boa ideia. Minha mãe aproximou amorosamente o cobertor macio de Caxemira na sua maçã do rosto e em seguida, envolveu-o em torno de seus ombros. —Oh Blake, querido. São tão lindos. Você não devia. —É um prazer. —Uma excelente escolha, filho. Obrigado por nós dois. —Meu pai disse, embora ele não demonstrasse, estava igualmente impressionado e encantado com o presente extravagante de Blake.

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Blake pegou a última caixa nas mãos dele. Esta caixa era diferente, em tamanho e forma da dos meus pais que eram grandes e volumosas, e estava embrulhado em um papel infantil de boneco de neve. —Isto é para você, tigresa. Meus músculos do estômago torceram. Merda. Ele me chamou de "tigresa", na frente dos meus pais. Enquanto minha mãe estava encantada com seu novo cobertor, meu pai levantou uma sobrancelha. Talvez, ele só tenha achado estranho. —Obrigada. —Gaguejei, pegando a caixa dele. Não era particularmente pesada ou sólida. Não sabia o que poderia estar lá dentro. Eu desembrulhei cuidadosamente. Uma grande caixa brilhante vermelha estava agora no meu colo. Lentamente, eu levantei a tampa. Minha respiração ficou presa em minha garganta quando eu olhei o que tinha dentro. Com as mãos tremendo, tirei da caixa. Outro brinquedo. Desta vez uma linda tigresa branca de pelúcia com listras pretas, um nariz rosa e olhos de vidro tão verdes quanto os meus. Estava na posição sentada, seus membros afastados como se estivesse pronta para um abraço e, em seguida, uma foda. Em torno de seu pescoço estava pendurado um coração requintado de turmalina rosa em uma corrente de ouro. A pedra do meu signo! Comentei em Las Vegas, que meu aniversário era em outubro. Ele lembrou-se! Meu coração martelava quando meus olhos encontraram Blake. Eu sabia que este colar foi feito para eu usar. Ter o coração dele perto do meu. —Você gostou? —Ele perguntou com sua voz suave e sensual. —É uma tigresa da neve. Elas são uma espécie em extinção. Muito especiais e raras. —Adorei. —Estava prestes a chorar. Eu te amo... Portanto, querendo abraçá-lo para estar em seus braços, abracei a tigresa fofinha em vez disso. "Obrigada", eu disse em um sussurro, pressionando meus lábios em sua face suave, doce. Uma lágrima escapou do meu olho e desapareceu na pele aveludada da tigresa. A voz da minha mãe trouxe-me do meu estado de transe.

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—Querida, você quer me ajudar a fazer o café? Levantei minha cabeça, esperando que as lágrimas já não estivessem caindo. —Claro, mamãe. —Maravilhoso. Eu vou fazer ovos. —Ovos? Ela se virou para Blake. —Blake querido, como gosta dos seus ovos? Blake atirou-me um sorriso arrogante e então respondeu. —Sra. McCoy, sou fácil. Eu como meus ovos de qualquer jeito. Minha bucet* palpitou. Ah, Deus, falando em ovo! De repente, me tornei ciente de novo do pequeno ovo escondido dentro de mim. Meu pai se levantou. —Enquanto as minhas meninas fazem café da manhã, vou escavar lá fora pela garagem. Olhei pela janela. Nosso quintal estava coberto de neve. Pelo menos três pés, significativamente mais se você contasse os montes acumulados contra nossa quase enterrada cerca. —Deixe-me ajudá-lo. —Insistiu Blake. Meu pai sorriu. —Eu poderia usar como exercício. Mas agradeço sua ajuda, filho. —Com prazer, Sr. McCoy. Meu pai assentiu com a cabeça. —Obrigado e você pode me chamar de Harold. Enquanto eu e a minha mãe fomos para a cozinha, meu pai e Blake se prepararam para a tarefa viril que os aguardava.

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Capítulo 5 Blake Embora estivesse em uma forma extraordinariamente boa, por malhar na academia e subir as escadas de Santa Monica, eu nunca tinha feito nada na neve antes. Em nossa casa da família em Aspen, que tínhamos vendido recentemente por uma pequena fortuna, sempre tivemos um pessoal que aparecia para tirar a neve para nós. Tirar a neve pá por pá era um trabalho muito duro. Eu estava respirando pesadamente por trabalhar até suar, apesar da fria temperatura. Enquanto eu lutava para tirar a neve densa da garagem, eu observei como o pai da Jen parecia fazer o mesmo, sem esforço. —Ritmo. —Ele insistiu. —E use os músculos do ombro tanto quanto possível para não machucar as costas. Ele definitivamente estava em boa forma para um homem da idade dele, e eu tentei o meu máximo para acompanhá-lo. Era como levantar peso ou qualquer esporte, e minha mente estava cheia com a tarefa em mãos. Mas quando dava pequenas pausas, minha mente se dirigia à Jennifer. Tive a experiência mais sensual da minha vida ontem. Vê-la brincar com seu brinquedo e gozar uma e outra vez era uma coisa. Mas dormir com ela enrolada em meus braços era outra. Nossos corpos nus juntos, como quase um só, meu coração ficou na minha mão. Compartilhando um cobertor, nossos corpos aqueceram um ao outro. Sim, eu tinha fodido muitas mulheres, mas eu nunca tinha dormido com uma após o ato. Só minha tigresa. A garota que eu amava. Poderia ter passado o dia inteiro com ela na cama, fodendo e me aconchegando, mas isso não ia acontecer na casa dos pais dela. Além disso, eu acordei animado para dar o seu outro presente de Natal. Meu coração bateu com antecipação enquanto ela desembrulhava e depois explodia com alegria quando eu vi nos olhos dela o quanto ela amou a tigresa de pelúcia. Tive sorte de ter encontrado em uma loja de brinquedo, e o coração de turmalina em uma joalheria. Comprar presentes para uma mulher também era algo novo para mim.

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Eu nunca fiz isso. Tudo o que elas tinham de mim era meu pau. Mas quanto a Jennifer McCoy, não pude comprar o suficiente. Não com o quanto eu a amava. Poderia facilmente ter entrado em cada loja e comprado para ela um monte de coisas bonitas, mas a realidade da nevasca, combinada com meu ardente desejo de vê-la me parou. Comprar algo especial para ela, algo perfeito, me deixou ligado como uma droga. Eu tinha experimentado esta sensação quando eu tinha comprado a pintura. Isso me tirou o fôlego, quase tanto quanto ela. Não podia esperar para colocar o pingente com a corrente em volta do seu pescoço. E dizer que meu coração estaria sempre perto dela. Pouco a pouco, nós limpamos a neve e dava para ver o pavimento. Sr. McCoy me deu outra dica útil, manter uma mão perto da lâmina da pá para um melhor impulso. Eu reajustei minhas mãos e descobri que ele estava certo novamente. Era mais fácil assim. Trabalhamos em silêncio por mais meia hora. Esquentou, e eu tirei minha jaqueta e a envolvi na minha cintura. Inesperadamente, o silêncio foi quebrado pelo Sr. McCoy. —Blake, eu pesquisei você esta manhã. Eu engoli e senti meu rosto pegando fogo. Eu lancei minha pá num monte de neve e encontrei seus olhos intensos nos meus. —Então você é o cabeça da SIN-TV. É um canal p*rnográfico. Não é, filho? —Sim, senhor, é. —Não havia nenhuma maneira de colorir a verdade. Ele sabia. —Suponho que minha filha trabalha para você. Na indústria da p*rnografia? Minha garganta apertou. Eu engoli dolorosamente. —Sim, senhor. Ela trabalha. Ela é maravilhosa em seu trabalho. Rapidamente tornou-se evidente para mim que Jen nunca falou para os seus superprotetores pais sobre seu trabalho real. Provavelmente pensavam que

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ela trabalhava na televisão infantil. Com certeza, eles não sabiam sobre o incidente com Don Springer, e iriam continuar assim. —O que exatamente ela faz? —Se aventurou Harold. —Não é o que você pensa. Ela não lida com as coisas de p*rnografia. Suas sobrancelhas se ergueram. —O que isso significa? —Ela é uma executiva de desenvolvimento. Ela está desenvolvendo um muito elegante bloco baseado em livros de best-seller, direcionado para as mulheres. —Quer dizer como aquele livro Cinquenta tons? A esta altura, quem não tinha ouvido falar desse livro? —Sim, mas ainda melhor. Eu estive lendo alguns e fiquei impressionado pelas histórias, desenvolvimento dos personagens e escrita global. E o nível de fidelidade era fora de série. O que estou pensando em fazer é que essas produções não apenas sejam para as mulheres, mas também sejam feitas por mulheres. Escritoras, produtoras e diretoras. Eu ainda não compartilhei este pensamento com a Jennifer, mas acredito que ela apoiará. Após outra pá de neve, Harold acenou com a cabeça em aprovação. —Isso é uma boa ideia. Ela parece tão feliz e nos disse o quanto ela ama seu trabalho, embora ela nunca nos tenha dito que estava envolvida com entretenimento adulto. Minha esposa não sabe, mas eventualmente eu vou lhe dizer. —Obrigado. —Eu disse, sem saber o que dizer. Harold e eu removemos mais neve. Estávamos acabando. —Uma última coisa, filho. O tom de sua voz me deixou desconfortável.

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—Eu vi você com minha filha ontem à noite. Meu estômago deu um nó. Eu soltei minha pá. —O que você quer dizer? —Você sabe o que quero dizer. Você a beijou. Palavras ficaram emaranhadas na garganta. Minha cara estava lavada. Não podia esconder a verdade. —Você é mais do que apenas o chefe dela. Ela é apaixonada por você. Inalei uma lufada de ar frio e soltei as palavras. —Sr. McCoy, eu sou apaixonado por ela. Para minha surpresa e alívio, ele sorriu. —Você teve alguma coisa a ver com seu rompimento com Bradley? —Não, absolutamente nada. —Uma mentira tão branca como a neve. Eu limpei o suor da minha testa e estremeci interiormente. —Bem, para ser honesto com você, filho, eu nunca gostei dele, mas nunca contei isso a minha mulher ou a minha filha. Ele só pegou o caminho errado. Ele me olhou calorosamente, com seus olhos semi fechados pelo brilho da neve e o sol. —Eu tenho um bom pressentimento sobre você, Blake. Cuide bem da minha menina, Jennie. Ela é minha primeira e única. Eu sorri para ele. —Eu vou, senhor. Os olhos dele escureceram. —Certifique-se de não machucá-la. Balancei a cabeça.

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—Você tem minha palavra. Satisfeito com minha resposta, ele jogou sua pá. —Vamos lá, vamos voltar para dentro. Estou com a fome de um urso. Igualmente faminto, eu fiz o mesmo. Calor irradiava dentro de mim. Eu tinha marcado pontos com o pai de Jennifer. Quando eu voltasse para Los Angeles, eu ia abrir meu coração com o meu pai também. Especialmente porque Jen e eu trabalhávamos juntos, e ele precisava saber.

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Capítulo 6 Jennifer

Eu ajudei minha mãe a fazer o café na nossa pequena cozinha encantadora. Apesar do fato dela ser uma cozinha gourmet, ela nunca tinha sido reformada. Ainda tinha lembranças da minha infância. Estávamos lado a lado, trabalhando no balcão de formica. Tirei uma folga da fruta que eu estava cortando. —Mãe, posso lhe fazer uma pergunta? Batendo os ovos em uma tigela, ela sorriu para mim. —Claro, querida. Qualquer coisa. —Como sabia que amava o papai? Seu sorriso se transformou em uma carranca. —Oh querida, você ainda ama o Bradley? Ela claramente não observou os meus sentimentos por Blake. Embora uma parte de mim quisesse compartilhar o que estava acontecendo, tudo era muito novo, e eu não tinha certeza de como coisas iriam avançar uma vez que voltássemos ao trabalho. Eu respondi com um suspiro. —Dificilmente. Eu superei totalmente. Só por curiosidade. Isso é tudo. Minha mãe abriu um sorriso aliviado. —Apaixonei-me por ele no minuto em que o vi. Não parei mais de pensar nele.

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Minha mãe tinha sido sua aluna em seu primeiro ano como jovem professor assistente de inglês no estado de Boise. Havia apenas um ano de diferença na idade entre eles. —E então? —O sentimento era mútuo. Ele convidou-me para sair. —Não estava nervosa em sair com seu professor? Pensando sobre isso, não era tão diferente de uma relação patrãoempregado com uma relação aluno-professor. —Sim. Eu estava. Mas meu coração governou meu cérebro. Eu era jovem. Eu era jovem demais. Mas eu sabia o que tinha acontecido. Em última análise, esse encontro transformou-se em um relacionamento. Um caso de amor. Uma aluna ciumenta que foi para a Universidade ciente de seu relacionamento. Confraternização não era permitida. Minha mãe era uma aluna iniciante, sacrificou a sua carreira, colocando os interesses e necessidades do meu pai antes dos dela. Ela deixou a Universidade e três meses mais tarde ela e meu pai casaram-se. Enquanto eu estava loucamente apaixonada pelo meu chefe, havia muitas dúvidas cercando a minha cabeça. A Conquest Broadcasting não proibia as relações pessoais no trabalho, mas não ia ser fácil. E não me surpreenderia se uma de suas vagabundas loiras ficassem com ciúmes como eu fiquei. Minha carreira e o meu coração estavam em jogo. Eu precisava saber. —Mãe, você tem algum arrependimento? Ela sorriu melancolicamente. —Não nenhum. Seu pai e eu éramos para acontecer. Eu não podia imaginar a vida sem ele. —Ela fez uma pausa e beijou minha bochecha. —E você, minha querida, era para ser nossa. Eu abracei minha mãe, ao mesmo tempo animada e ansiosa sobre o que o futuro traria. Talvez, Blake e eu pudéssemos encontrar algum tempo para conversar. Havia muito que falar.

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****** Ajudei minha mãe a servir o belo prato de ovos mexidos que ela tinha feito junto com salsichas e uma grande tigela de salada de frutas. Torradas com manteiga, suco de laranja e café fresco faziam também parte do cardápio do café da manhã. Nunca ia ser tão boa cozinheira ou anfitriã quanto minha mãe. De alguma forma, esse gene de Martha Stewart tinha me faltado. Blake e meu pai já estavam na mesa da cozinha. Ambos estavam rosados de estarem ao ar livre. A cor do rosto de Blake o deixou ainda mais sexy para mim. Seus olhos brilhavam. —Isso parece delicioso, Sra. McCoy. —Blake disse assim que minha mãe entregou-lhe o prato. Minha mãe sorriu para o elogio. —Obrigado, querido. Sirva-se. E por favor, me chame de Meg. Uma vez que os outros pratos estavam sobre a mesa, eu e minha mãe nos juntamos a eles. Servi-me uma generosa porção de tudo, embora fosse difícil comer com meu Blake lindo na minha frente. Ele comeu com vontade. Algo que eu achava sexy nele. —Não há nada como o bom e velho ovo com salsichas no café da manhã. —Ele comentou entre as garfadas. Até agora, ele tinha sido muito bem comportado. Eu continuei esperando que ele acionasse o ovo vibratório, mas talvez ele tivesse esquecido. Relaxando um pouco, dei uma garfada nos ovos cozidos e o levei à minha boca. Quando fiz isso, a manga da camiseta superdimensionada que eu usava caiu. Os olhos da minha mãe se alargaram. —Querida, o que é esse vergão vermelho no seu ombro? Corando, eu engoli os ovos. Eu tinha esquecido completamente da mordida de Blake.

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—Hum, hum, eu acho que é uma picada de inseto. A cara da minha mãe estava alarmada. —Oh querido Senhor, eu espero que nós não tenhamos percevejos. —Ela olhou para meu pai que usava uma expressão de admiração. —Querido, seria melhor chamar um exterminador depois das férias. —Não acho que precisemos. Meu pai piscou para mim. O meu estômago apertou. O que ele e Blake falaram lá fora? Ele sabia? Eu olhei Blake por um momento, mas ele ficou com uma cara de póquer, sem expressão. Minha mãe ainda preocupada perguntou se ele tinha alguma mordida. —Nenhuma. —Ele respondeu e voltou a comer. Às pressas, puxei minha blusa para cima do meu ombro. Eu perdi meu apetite. Minha mãe percebeu que eu não estava comendo. —Jen, o que está acontecendo? Por que não vai comer mais? No mesmo minuto, Blake tornou-se o Sr. Bad Boy. Com o controle remoto na mão e debaixo da mesa, ele ligou o ovo vibratório na velocidade máxima. Ele pulsou dentro da minha bucet*. Puta merda! Eu não conseguia ficar parada. Meus olhos estavam fixos nos dele. Ele sorriu para mim diabolicamente. —Jen, você realmente deveria comer mais dos ovos da sua mãe. Eles são tão deliciosos. Sim, eram. Só que havia outro ovo...

que eu estava achando mais

delicioso. O que estava enterrado dentro de mim. A pulsação estava me deixando louca. Queimando-me. Eu pressionei meus lábios, para não gritar. Então eu

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comecei a cantarolar, temerosa de que meus pais fossem ouvir minha virilha zumbindo. —Jennifer, tem certeza que está bem? —Havia preocupação na voz da minha mãe. —Sim, mãe. Estou realmente muito cheia. —Oh eu estava! Eu ia explodir. Meu org*smo começou a tomar posse. Eu pulei da cadeira. —Eu preciso usar o banheiro. Eu já volto. A caminho da cozinha, eu dei à Blake um olhar sujo. Ele prometeu se comportar. Eu nunca devia ter confiado nele. Ele sorriu aquele sorriso diabólico devastador. Eu corri para o banheiro e me deixei levar pelas ondas de prazer. —Belo bastardo. —Eu suspirei quando retirei o ovo. Ele tinha me feito sentir fome por ele de novo. Eu o ansiava e o amava tanto.

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Capítulo 7 Jennifer

Quando terminamos o almoço e eu ajudei minha mãe a limpar a mesa, já era perto do meio-dia. Meus pais ficaram durante o café contando histórias da minha infância para Blake. Enquanto eu estava grata por Blake não ter sido forçado a contar histórias relacionadas ao trabalho, fiquei envergonhada. Blake, no entanto, parecia gostar de cada uma e frequentemente ria alto. Deus, ele era sexy quando soltava aquela gargalhada profunda, com suas duas covinhas iluminando seu rosto. Mesmo eu tive que rir quando meus pais contaram sobre a vez em que meu pai tinha me dito que precisava de um pouco de gordura no braço para terminar de construir minha casa de bonecas. Boba, eu corri para a despensa da minha mãe, peguei gordura e passei nos meus braços. Fiquei uma garota engordurada! Logo após o café da manhã, meu pai colocou nos ombros o seu casaco pesado. —Vamos visitar os Joneses. Era uma tradição. Todos os dias de Natal, desde que me lembro, meus pais passavam na casa dos seus melhores amigos para uma troca de presentes e um pouco de bebida. Meu pai olhou para mim. Eu estava sentada no sofá da sala ao lado de Blake, afa*gando minha tigresa de neve. Eu queria ser a afa*gada. —Por que vocês dois não relaxam e vão brincar na neve. —Ele disse, abotoando o paletó. —Você tem certeza, pai? —Eu perguntei quando minha mãe se juntou a ele. Ela parecia positivamente deslumbrante com o casaco de lã vermelho cereja que ela usava só no Natal. As botas de neve pesadas no pé dela só acentuavam tudo de adorável acima dela.

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—Claro, querida. —Ele tocou em minha mãe. Com uma piscadela direcionada a Blake, meu pai disse-nos para nos divertir. ******* Era a perfeita primeira neve do inverno. Três pés de profundidade e os flocos. Nossa casa, na verdade a rua inteira, parecia um cartão de Natal, com as árvores e os telhados polvilhados com uma espessa camada de pó branco perolado. A temperatura estava baixa, mas não insuportável e o sol estava brilhando, criando um brilho na neve. Com agasalhados e roupas de inverno impermeáveis, Blake e eu não perdemos tempo e corremos para o quintal. Eu o venci e joguei uma bola de neve nele. Acertando-o no peito. —Você vai pagar por isso, McCoy. —Ele rosnou. Sem perder tempo, ele revidou e me acertou na bunda enquanto eu tentava escapar. —Isso dói. —Eu dei uma risadinha. —Não como está agora. —Ele gritou, jogando outra bola direto em mim. Hah! Desta vez me abaixei atrás de uma árvore e ele errou. Nossa luta de bolas de neve aumentou até que estávamos sem fôlego e nos dobrando de tanto rir. Blake envolveu seus braços em volta de mim por trás e encostou-se à área pequena exposta pelo meu cachecol envolto no pescoço. —Vamos lá. Vamos construir um boneco de neve. —Vamos! Agachando, instantaneamente formei uma bola de neve e comecei a rolar na neve. Blake se agachou e me seguiu. Lado a lado, nós rolamos nossas bolas de neve em todo o pó branco denso. Em um momento, nós construímos três bolas de neve tamanho gigante, mas diferentes e também suávamos debaixo de nossas roupas pesadas. Blake empilhou as três bolas pesadas, uma sobre a outra. Estudei o quintal procurando qualquer coisa que pudéssemos usar para fazer um rosto, e

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achei alguns pedaços de carvão e galhos para seus braços. Blake completou com seu chapéu ridículo de renas, colocado na cabeça do Sr. Snowman (Homem de neve). Eu não conseguia parar de rir. —Pena que não temos uma cenoura para o nariz. —Disse através das minhas lágrimas de riso. —É pena que não temos um pepino para o pau dele. E ri junto com ele. Ri muito, tanto que doeu meu rosto. E então, sem aviso, Blake caiu no chão coberto de neve, de costas com os braços estendidos. Os olhos dele estavam fechados. —Blake! Pânico se apoderou de mim. Talvez ele estivesse tendo um ataque cardíaco ou algo assim. Por levantar aquelas bolas de neve pesadas. Cheia de culpa e desespero, eu caí de joelhos ao lado dele. Meus dedos afundaram no seu cabelo. —Blake, Blake, você está bem? Por favor, esteja bem. Não houve resposta. Ah, Deus. Ele ia morrer no meu quintal. Se ele morresse, uma parte de mim também morreria. Naquele momento, percebi o quanto eu realmente, realmente o amava. —Blake. —Me declarei novamente. —Por favor, abra os olhos. Eu te amo tanto. Uma lágrima caiu em seus lábios. Eu apertei minha boca contra a dele e o beijei. Ah, Deus. Será que esta ia ser a última vez em que seus lábios macios tocariam os meus? Então de repente, magicamente, como em Branca de Neve, seus olhos se abriram. O poder de um beijo! —Peguei você! —Ele riu. Eu não sabia se devia rir ou chorar. Ao mesmo tempo fiquei aliviada e furiosa com ele.

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—Isso não foi engraçado. —Praguejei, jogando um punhado de neve nele. Eu ainda estava brava quando ele começou repetidamente a abrir e fechar as pernas e os braços. Ele estava fazendo polichinelos deitado na neve. —O que está fazendo, seu maluco? —Sério? Estou fazendo um anjo de neve. Não me diga que nunca fez um. —Você está brincando? Meus pais nunca me deixariam deitar na neve. —Venha. Vamos fazer um juntos. Fique em cima de mim. Hesitante, eu fiz como ele disse, posicionando meu corpo, então meus braços e pernas ficaram diretamente estendidos sobre os dele. Meu queixo descansava no seu peito, e mesmo por baixo de sua pesada jaqueta, podia sentir seu coração batendo por mim. —Perfeito. Agora basta seguir os meus movimentos. Ele começou a abrir os braços e as pernas novamente, eu o acompanhava com os meus. Uau! Isso foi divertido. Quando pegamos um ritmo, foi mais do que apenas seu coração que sentia. Abaixo do meu tronco, eu podia sentir uma ereção pressionando para dentro de mim. Seu pau foi endurecendo e inchando. Puta merda! —Ter você em mim, desta forma, está me dando um tesão da porra. Tigresa, vamos mostrar a este boneco de neve sem pinto o que ele não tem. Meus olhos cresceram tão redondos como discos voadores. —Você quer transar na neve? —Sim. —Você vai congelar sua bunda. —Não, nem fodendo vou congelar minha bunda. Agora, abaixe as calças. Levantando-me um pouco, eu consegui de alguma forma deslizar as minhas calças e minha calcinha o suficiente para dar-lhe um acesso.

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O ar frio gelou minhas nádegas. Seus braços e pernas continuaram na neve. —Agora, puxe para baixo o zíper e coloque meu pau dentro de você. Com uma mão, cheguei ao espaço apertado entre nós e fiz o que ele pediu. Putz grila! Ele tinha o controle. Eu podia sentir o calor do pau dele através das minhas luvas e quando eu o inseri em mim, sua gostosura contrastava agudamente com o frio do ar. Eu gemia em seu peito. —Oh, querida, você é como um forno. —Eu suspirei enquanto ele me penetrava ao máximo. Coloquei meus braços nos dele e voltamos a fazer nosso anjo de neve, abrindo e fechando nossos membros, mais amplos e mais rápidos, enquanto ele me fodia, mantendo o ritmo. Mais rápido e profundo. Cada vez mais rápido. A melodia "Jingle Bells" ecoou na minha cabeça. Oh que diversão, é montar seu pau na branca neve e brincar. Apesar da temperatura baixa, meu corpo estava se aquecendo. Eu podia sentir o suor na minha pele sob minhas roupas pesadas. Meu queixo descansou no seu peito enquanto eu o olhava. A expressão no rosto brilhante era de puro êxtase. Meus dedos apertaram seus pulsos como algemas para que eu não caísse, e minhas pernas pressionavam firmemente contra as poderosas coxas musculosas. Eu tinha certeza de que estava derretendo a neve. —Oh, tigresa. —Ele gemeu. —Eu estou tão perto de gozar. —Eu também. —Eu gemi. A pulsação em meu núcleo subiu para um tom febril. Eu era como um vulcão pronto para entrar em erupção. Eu gritei seu nome quando gozei em torno dele. Ondas de pura felicidade, como a ofuscante neve, surgiram em uma espiral através de mim. Em um suspiro, eu senti ele se abalar com sua própria erupção vulcânica, a lava derretida e quente foi derramada em mim. Eu descansei minha cabeça contra seu peito por alguns longos minutos até nossa respiração se acalmar.

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Meu rabo ardendo e congelado trouxe a consciência de volta para mim. —Blake, isso foi incrível. Ele deu um sopro de ar. —Sim, incrível pra cacete. —Um sorriso de covinhas de menino iluminou seu rosto bonito. —Vamos lá, tigresa, vamos ver como ficou nosso boneco de neve. Pode ser que tenhamos fodido tudo. Rindo do seu duplo sentido, eu fiquei em uma posição agachada entre os seus pés e V das pernas. Definitivamente não foi meu movimento mais gracioso. Ele sentou-se e então me ajudou a me levantar junto com ele. Enquanto subia minhas calças e calcinha, eu observava ele enfiar o pau dele nas calças e fechar a braguilha. Calças de inverno não eram as coisas mais lisonjeiras para vestir, mas nele, elas eram pecaminosamente sexys porque eu sabia o que estava por baixo. —Olha! —Um sorriso quente espalhou no seu rosto quando viu nossa criação. —Eu vou tirar uma foto. Ele pegou o seu iPhone onipresente de um bolso do casaco enquanto eu olhava para o anjo de neve que criamos juntos, com reverência. —Oh meu Deus! Eu engasguei. Onde nossos braços tinham batido loucamente, havia asas, e abaixo, um vestido em forma de sino ficou gravado na neve pelo movimento das pernas. Para meu espanto total, próximo à marca de nossas cabeças, o sol lançava um halo. Nosso lindo anjo! Paraíso na terra! Magia! Pura magia! Lágrimas derramaram dos meus olhos. —Não chore por minha causa de novo. —Sussurrou Blake, removendo uma luva para secá-las. —Não consigo. —Eu funguei. —Um anjo está nos observando. —Você é meu anjo. E com isso, ele caiu na minha boca com um beijo quente e apaixonado enquanto o Sr. Snowman nos observava com inveja.

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Capítulo 8 Blake

Nós nos aquecemos um ao outro, tomando um banho quente juntos. Jennifer sentou-se entre minhas pernas, de costas para mim. Feliz em ver o colar que eu tinha lhe dado em volta do seu pescoço, enquanto ela se lavava afastei seus cabelos a cobri com beijos. Mas algo estava pesando na minha mente. —Jen, não usei camisinha. —Eu sei. —Foi a primeira vez que eu não usei uma. Eu deveria ter dito a você que fui testado e perguntado se você estava fazendo controle de natalidade. —Eu estou. Eu, interiormente, suspirei de alívio e encostei-me ao pescoço dela. Ela levantou seu rabo de cavalo para me dar melhor acesso. —Blake, nunca tive sexo sem camisinha também. Então, nós tínhamos compartilhado estréias. Sexo com Jennifer foi incrível. Não pensei que poderia ficar melhor. Fodê-la na neve foi a melhor transa que já tive. Eu ainda podia sentir seu calor bruto contra minha própria dureza aquecida. O sentimento de gozar dentro dela e sentir a sua bucet* pulsar ao meu redor me mandou voando para a lua. Meu pau inchou com a doce lembrança. Puxando-a forte contra mim, me perguntei: tinha sido tão bom para ela quanto foi para mim? Uma palavra de sua boca me deu a resposta. —Outra vez.

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****** Depois do nosso sexo na banheira, nós vestimos jeans e suéteres e fomos lá embaixo. Jen nos fez o almoço - sanduíches de presunto e queijo - e nós nos aninhamos juntos no sofá da sala para assistir TV. —Ah, Blake! Está passando o episódio de Natal do Bob Esponja. —Ela disse depois de mudar os canais. Lembrei-me dela mencionar no jantar do Shabat dos meus pais que Bob Esponja Calça Quadrada era seu desenho animado favorito. Tornou-se evidente para mim que ela era obcecada por este tipo de animação. Ela escreveu sua dissertação de mestrado sobre ele. Sobre seu apelo sexual. Por mais estúpido que isso possa parecer, eu estava com ciúmes de um personagem de desenho animado idiota. O que ele tem que eu não tenho? Eu precisava saber. —Por que você gosta tanto do Bob Esponja? Quer dizer, ele é um nerd covarde, que se parece com uma fatia de queijo suíço com pernas. Ele provavelmente nem sequer tem um pau. Ela me bateu com uma almofada. —Não fale assim do Bob Esponja. Ele é engraçado, doce e inocente. E tem um grande coração. Ele sempre vê o lado bom das pessoas, apesar de suas falhas. Ele é virgem, e espera a mulher certa. Sua Sandy. Isso é o que o torna atraente. Dê uma chance a ele, Sr. Burns. Trinta minutos mais tarde e rindo em voz alta, eu era um apaixonado por Bob Esponja. Chame-me de gay. Eu amei o garotinho pateta. Mas eu amava a minha pequena tigresa agora ainda mais como se isso fosse possível. Se não tivesse medo de seus pais entrarem pela porta da frente, eu poderia ter trepado com ela sem sentido, sufocando-a de beijos no sofá. Depois de assistir o desenho, Jennifer teve uma ideia. Ela queria fazer uma mini turnê em Boise. Fomos no meu jipe, passamos pela Boise State e comemos onde seu pai tinha ensinado e depois fomos para o centro da cidade. Depois de entusiasticamente mostrar vários locais, Jen ficou pensativa.

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Eu abaixei o som do rádio e perguntei: —Sobre o que você está pensando, tigresa? Ela deu um meio-sorriso. —Você. Eu sorri de volta e puxei sua adorável touca de tricô. —Isso é uma coisa boa. —Eu não sei. —O que você quer dizer? —Minha voz estava nervosa. Porra. Ela estava com dúvidas sobre a nossa relação? —Estou preocupada sobre como vamos lidar com as coisas. Nós trabalhamos juntos. Você é meu chefe. E não há nenhuma maneira que eu possa fazer para que minha colega de quarto Libby mantenha segredo, pois ela tem a maior boca do mundo. Mordi meu lábio. Para ser honesto, eu não dava muita importância para o futuro. Exceto o presente. Ela tinha razão... Precisávamos descobrir como lidar com a situação no trabalho. Eu nunca tinha tido um caso no escritório. E isto era além de um caso. Depois de muita deliberação, eu respondi. —Vou falar com o meu pai. Ele vai saber o que fazer. Jennifer acenou com a cabeça. —Isso é uma boa ideia. Acho que eu vou dizer a Libby. Eu não estava muito entusiasmado por ela contar para sua melhor amiga. Ela era uma metida à sabichona. —Como você acha que ela vai reagir? Para minha surpresa absoluta, Jen começou a rir.

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—Não muito bem. Ela acha que você é um idiota arrogante, egocêntrico. —Dane-se ela. —Meu sangue estava fervendo. —Ela não me conhece como você. Seu riso aprofundou. —Para sua informação, Sr. Burns, você realmente pode ser um idiota arrogante e egocêntrico, mas... Antes que ela pudesse terminar sua frase, eu saí da estrada com um grito. —Você está me irritando. Ela não estava nem um pouco intimidada. —Você não me deixou acabar a frase. Minha testa estava enrugada enquanto seu rosto se suavizava. —Eu ia dizer: mas, eu te amo muito, assim mesmo. Agora venha aqui. Agarrando as bordas do meu cachecol, ela me puxou em sua direção. Os lábios dela caíram nos meus com um beijo selvagem, espontâneo, que ela aprofundou com a língua. Ela tinha gosto de açúcar quente. Tão, tão bom. Nós gememos um na boca do outro. A pequena provocação atiçou meu pau, que se agitou por baixo da calça jeans e ficou rígido. Foda. Eu precisava que ela me fizesse um boquete. Desesperadamente. Quando estiquei a mão para a minha braguilha, houve um barulho alto, de alguém batendo na janela da porta do passageiro. Eu abruptamente me afastei de Jen. Capaz de ver quem estava do lado de fora, ela pressionou seus lábios juntos como se ela estivesse abafando o riso. Girei minha cabeça e pude sentir meu rosto cada vez mais vermelho. Bolas! Era um policial. Eu pensei que eles não trabalhassem no Natal. Rapidamente abaixei minha janela. —Olá, oficial. —Eu disse com toda a frieza que eu pude reunir. Ele franziu as sobrancelhas. —Há algum problema aqui?

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—Não. —Eu gaguejei. Besteira. Havia um problema. Nada demais. Meu pau e bolas estavam me matando. Ele mostrou um sorriso torto. —Bom. Então, eu seguirei meu caminho. Feliz Natal. —Feliz Natal, oficial. —Cuzão. Quando o policial partiu em seu carro de patrulha e eu virei a cara para Jennifer. Ela tinha a mão apertando a sua boca e depois entrou em outro momento de riso. Ela estava rindo tanto que estava chorando. —Isso não foi engraçado. —Eu resmunguei. —Foi! —Ela mal conseguia falar. Soltando fumaça, eu a puxei para perto de mim pelo seu cachecol. —Me deve um boquete. Ainda rindo, os olhos molhados iluminaram-se como lanternas. —Eu pensarei sobre isso. Homem, ela estava me irritando demais. Eu estava aprendendo rapidamente que minha tigresa era resoluta. Tenho que domá-la. Bem, pelo menos, eu tinha algo para ansiar. Ela segurou o meu olhar no dela. Esse sorriso um pouco enrolado, ondeando seus lábios arrebitados. Porra, ela era linda. Incapaz de resistir, coloquei meus lábios mais uma vez contra os dela, nos beijamos e fomos embora. ******* Não havia muito que fazer no centro da cidade de Boise. Sendo o dia de Natal, praticamente tudo estava fechado. A única coisa que podíamos fazer era ir ao cinema. Eu queria ver O Lobo de Wall Street, com Leonardo Di Caprio; Ela queria ver Frozen. Uma merda de desenho animado da Disney. Adivinha quem ganhou? Errado. Ela. Eu ia realizar sua vontade e caprichos.

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Eu estava seriamente apaixonado por ela. O cinema estava lotado de pais e crianças. De mãos dadas, analisamos as dezenas de fileiras procurando por dois lugares juntos. Peguei-me no meio da multidão me perguntando: Será que seremos assim daqui a alguns anos? Um casal que levaria seus filhos ao cinema no dia de Natal. Uma mulher passou segurando uma criança e me fez pensar no dia em que Jennifer e eu almoçamos com meu amigo Jaime e seus gêmeos. Ela foi ótima com os bebês. Eu me virei para olhar para ela. Sim. Ela ia ser uma boa mãe e nossos bebês seriam perfeitos. Finalmente encontramos dois assentos na parte de trás do cinema. Eu disse a Jennifer para guardar o meu lugar enquanto eu ia comprar pipocas e Coca-Cola. Fazia muito tempo desde que eu tinha tido um encontro no cinema com uma garota. Isso sem contar as premieres que fui acompanhado com garotas glamurosas. As filas estavam longas, cheias de pais irritados e crianças choronas. Enquanto esperava impacientemente a minha vez, um estranho pensamento passou pela minha cabeça. Aposto que o pão-duro do Dickwick a fez comprar sua própria pipoca e refrigerante. E provavelmente o ingresso para o filme também. Eu ri silenciosamente. Esses dias acabaram. História antiga. Quando eu voltei para dentro da sala, o filme já tinha começado. As luzes estavam apagadas e a abertura do filme estava em andamento. Eu me sentei e entreguei para Jennifer uma Coca-Cola. —Obrigada. —Ela sussurrou com seus olhos colados à tela grande. Segurei o copo grande de pipoca no colo e mordisquei algumas. Minha mente estava distraída. O que você faz com uma garota no cinema? Vagas lembranças dos meus tempos de escola secundária voltaram. Você segura a mão dela. E em algum momento, você fica com ela. E se você tiver sorte, ganha uma punheta e volta para casa com uma bucet* na sua mão. Ok. Então, eu segurei a mão dela. Era macia e quente. Ela não resistiu. Até aqui, tudo bem. Ela enfiou a mão no balde de pipoca e agarrou um punhado. Eu vi quando ela mordeu um milho sem estourar em sua boca. Ela tentou procurar

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outro punhado. E depois outro. Bolas. Ia ser difícil ficar com ela se ela ia comer pipoca o tempo todo. Apesar disso, me vi prestando atenção no filme. Era sobre uma garota fogosa que me lembrou muito de Jennifer e um boneco muito engraçado chamado Olaf que me fez pensar no que nós tínhamos construído no início do dia. E a animação foi bastante surpreendente. Desenhos animados tinham percorrido um longo caminho desde o Mickey Mouse. Ouvi no meio do filme Jennifer fungar. Eu me virei para olhar para ela e uma lágrima estava escorrendo pelo seu rosto. A canção "Let It Go" estava tocando. Cantada pela irmã da princesa em conflito, era sobre sua viagem de aventura, de encontrar-se e esquecer o passado. —O que se passa, querida? —Eu sussurrei no ouvido de Jen. Ela apertou minha mão e encontrou meu olhar. Foi a primeira vez em que os olhos dela tinham deixado a tela. —Blake, você me diria que me ama e me beijaria? Meu coração derreteu como chocolate. Eu embalei seu rosto em minhas mãos e lhe dei o tipo de beijo que você só via em filmes. Uma persistente mistura de duro e suave. Sensual e áspero. Nossas bochechas se tocaram e suas lágrimas quentes aqueceram meu rosto. Nossos lábios se encaixaram perfeitamente. A letra da música soou na minha cabeça. Não havia nenhuma volta para minha tigresa. E não havia volta para mim. O passado estava no passado. O filme acabou e as luzes voltaram. O cinema esvaziou. Mas nem Jennifer e nem eu nos movemos. Nossas bocas estavam travadas. Ainda estava beijando a minha tigresa corajosa, complicada. A voz do lanterninha nos pedindo para sair finalmente me forçou a me afastar. Olhei no rosto lindo de Jen manchado de lágrimas, e embora tivesse uma ereção séria, ela era tudo o que importava para mim. Ainda colocando seu rosto em minhas mãos, eu disse as palavras que ela precisava ouvir.

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—Eu te amo, Jennifer McCoy. —Ela sorriu. ******* Quando voltamos para casa da Jennifer, seus pais tinham voltado da sua visita aos Joneses. Era um pouco depois das quatro. O pai da Jen estava em sua cadeira favorita, lendo a antologia de Shakespeare que Jennifer lhe tinha dado de Natal. Fiquei satisfeito ao ver o cobertor de cashmere que eu tinha comprado sobre as pernas dele. A lareira foi acesa, e o ar cheirava a doce delicioso. A Sra. McCoy deve estar assando algo. Ela era uma ótima cozinheira. —Oi, pai. —Jennifer disse alegremente quando fomos para a sala de estar. Deixamos nossos casacos e botas de neve na porta da entrada. Harold olhou para cima de seu livro. Ele levantou os óculos de leitura na sua cabeça e um sorriso quente se espalhou em seu rosto. —E aí crianças, se divertiram esta tarde? Jennifer com olhos cintilantes lhe disse que ela me levou para uma turnê em Boise e vimos um filme. —Qual? Antes que qualquer um de nós pudesse responder, a Sra. McCoy chegou à sala de estar. Ela estava vestindo um avental floral e segurava uma bandeja com um prato de biscoitos e duas canecas nele. O delicioso aroma flutuava no ar. —Biscoitos de chocolate e fiz um chocolate quente. —Ela disse com um grande sorriso. Ela pousou a bandeja na mesa de café grande em frente ao sofá. —Ah, Blake. Você deve comer um dos biscoitos da minha mãe. Eles são os melhores do mundo. Ela me levou até o sofá onde nós dois sentamos. Jennifer levantou um dos cookies grandes aos meus lábios. —Experimente.

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Eu mordi um e pensei que eu tinha ido para o céu. Estava quente, com muito chocolate e a consistência exata. O biscoito de chocolate perfeito. Eu gemi e terminei. —Mmm. Inacreditável... Pode me dar outro? A Sra. McCoy estava radiante. Obviamente, o caminho para o coração dela era através de elogios. —Claro, querido. Quantos você desejar. Nos próximos quinze minutos, eu e a Jen nos deliciamos com os deliciosos cookies que derretiam na boca e o chocolate quente enquanto os McCoys nos contavam sobre sua tarde com os Joneses. Eu tirei uma migalha dos lábios da Jennifer, uma pequena e cativante ação que não passou despercebida por seu pai. Ele piscou para mim. Quando nós tínhamos consumido tudo, a Sra. McCoy disparou. —Blake, querido, espero que você fique para o jantar. Estou fazendo algo do livro de receitas que Jennifer me comprou. Fajitas de frango. Jen me olhou suplicante. A verdade: Eu não queria deixá-la, mas não pensei muito sobre o resto da minha estadia. Não pensei que fosse uma boa ideia passar a noite aqui novamente e extrapolar. Além disso, ficar em um hotel na cidade poderia vir a ser muito sexy. Eu transaria com os miolos da Jennifer em uma grande cama king-size, sem a preocupação de seus pais, invadindo a nossa privacidade. Havia também a banheira de hidromassagem. Mhmm. —Fique, Blake. —Implorou Jen. Luxúria dançava em seus olhos verdes. —Ok. —Eu consenti e agradeci a Sra. McCoy pela sua generosidade, mas disse-lhe que eu iria para o Hotel depois do jantar. —Tem certeza, Blake? —Perguntou a Sra. McCoy. —Nós adoraríamos tê-lo aqui por mais uma noite. —Sim. Eu tenho uma reserva lá. —Um plano.

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Desapontamento caiu sobre o rosto da Jen. A verdade: Eu ia sentir falta dela hoje à noite, como ela ia sentir a minha falta. Talvez pudéssemos descobrir uma maneira de ter uma discreta rapidinha antes de ir embora. Ou podia convidála para o hotel para uma bebida depois do jantar e algo mais. Quando eu levantei para ir ao meu quarto e me refrescar para o jantar, meu celular tocou. Tirei do bolso e olhei para a tela. Era minha gerente da filial de Las Vegas, Vera Nichols. Ela provavelmente estava ligando para me desejar feliz Natal. —Desculpe-me. Tenho que atender. A chamada não era o que eu esperava. Eu podia sentir o sangue escorrer do meu corpo enquanto a voz de Vera desvanecia. Jesus Cristo! —Eu vou chegar lá mais rápido que puder. —Eu disse e terminei a chamada. —Blake, está tudo bem? —Perguntou Jennifer. Seus olhos piscaram com preocupação. —Sinto muito, todo mundo. Não posso ficar. Tenho de voar para Las Vegas para lidar com uma crise. —O que está acontecendo? — Os lábios rosados de Jen se curvaram em uma carranca. —Nada que você precise saber. Ela parecia magoada. Não havia nenhuma maneira que eu fosse lhe dizer que Don Springer tinha espancado o produtor Eddie Falcon da SIN-TV quase até a morte. Springer. Aquele filho da puta que tinha quase a estuprado. Duas horas depois, estava no voo da United das 06h00min indo para Las Vegas.

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Capítulo 9 Blake O avião aterrissou no Aeroporto de McCarran às 09h30min, alguns minutos antes da nossa hora de chegada programada. Eu imediatamente encontrei um táxi e me dirigi ao Sunrise Hospital onde Eddie tinha sido internado. Depois de deixar minhas malas e esquis na recepção, reconheci Vera na sala de espera do lado de fora da unidade de terapia intensiva. Ela pulou da cadeira e me deu um abraço. —Ah, Blake. Obrigada por ter vindo. —Como ele está? —Ele foi muito espancado. Um par de costelas fraturadas, uma perfuração em um dos pulmões e uma concussão. Ele ficou em cirurgia por três horas para reparar o seu pulmão. Foda-se. —Onde aconteceu o ataque? —Bem perto de sua casa. Springer o seguiu até a casa dele. Havia apenas mais uma coisa que eu precisava desesperadamente saber. —Eles o pegaram? —Ainda não. Não há um mandado de prisão para ele ainda. —Filho da puta! —Eu rosnei. Eu queria procurá-lo e dar-lhe o que ele merecia. Vera casualmente vestida de jeans e um suéter natalino com boneco de neve, parecia cansada. Ela deveria estar em casa com sua família para celebrar o Natal.

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—Você está bem? —Eu perguntei. Ela passou a mão pelo cabelo loiro curto e suspirou profundamente. —Sim. Mas foi um dia estressante. —Ela sentou-se. Eu puxei uma poltrona ao lado dela e me juntei a ela... —Como está sua família? —Eles estão bem. Só sinto muito que não pude passar o resto do dia de Natal com eles. Um pensamento sombrio passou pela minha cabeça. Se Springer estava solto, Vera e sua família poderiam estar em perigo. —Vera, eu quero que você e sua família tenham a proteção da polícia e vigilância. Ela segurou o meu olhar feroz em seus olhos caramelo. A ideia passou na mente dela também. Springer era um psicopata. Não havia como dizer do que ele era capaz. —A polícia não está disposta a fazer isso. Não houve nenhuma ameaça direta a mim ou à minha família. —Ela mordeu o lábio. Ela estava claramente preocupada. —Esqueça a polícia. Eu vou providenciar vigilância privada. —Mas, Blake, vai custar muito dinheiro. Não posso pagar por isso. —Não se preocupe com o dinheiro. A empresa vai pagar por isso. Eu preciso de você, Vera. Eu não suportaria perdê-la e ficaria arrasado se algo acontecesse a ela ou a sua família. Vera me deu outro abraço. —Obrigada, Blake. Eu realmente agradeço por isso. Você é o melhor. Uma sensação de calor afastou o frio de saber que Springer estava lá fora. Em algum lugar. Do canto do meu olho, eu vi um médico vindo em nossa direção. Ele tinha um punhado de exames e usava óculos sem aro.

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—Eu sou o Dr. Walters, médico chefe que está cuidando de Eddie Falcon. —Como ele está? —Eu perguntei ansiosamente. O médico levantou os óculos para cima de sua cabeça careca. Eu tinha visto televisão suficiente para saber que era um bom sinal. Meu coração batia com apreensão. —Ele é um homem de sorte. Ele vai ficar bem. Vamos mantê-lo aqui por alguns dias para observação. Eu suspirei de alívio. Assim como Vera. —Nós podemos vê-lo? —Ela perguntou. O médico assentiu com a cabeça. —Sim. Mas ele está muito cansado e sonolento por causa de uma dose de morfina. Portanto, mantenha a visita curta. Ele está no quarto 520. Nós agradecemos ao médico e juntos fomos ao final do corredor para o quarto de Eddie. Nada me preparou para a visão de Eddie. Além de estar ligado a um bando de máquinas apitando e tubos, seus olhos estavam inchados e fechados, um grande curativo cobria a sua cabeça, e ele estava coberto de sangue seco de cortes e hematomas por todo o lado. Bile subiu para o fundo da minha garganta. Eu e a Vera nos sentamos em um par de poltronas perto de sua cama. Ele deu um pequeno sorriso ao nos ver. —Oi, chefe. —Sua voz era um sussurro rouco. —Não tão feliz Natal. Não sabia o que dizer. —Você vai ficar bom, Eddie. —Isso é o que o doutor disse. Eles pegaram o filho da puta? Meu coração afundou em meu estômago. Eu queria tanto falar para ele que sim. Eu abaixei minha cabeça e neguei.

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—Ainda não, mas eles vão. E quando o fizerem, eu vou ter certeza de que aquele desgraçado vá queimar no inferno. Raiva corria através do meu sangue como uma cobra com raiva. Eu ia fazer o que fosse preciso para aquele filho da puta pagar, mesmo que eu tivesse que caçá-lo sozinho. Vera entrou na conversa. —O médico disse que irá para casa em poucos dias. Eddie iria precisar de proteção policial também. Vera continuou. —Liguei para sua ex-mulher. Ela vai voar amanhã de Miami e tomar conta de você. Um raio de felicidade brilhou nos olhos inchados de Eddie. —Ela é uma boa garota. Gostaria que tivesse dado certo. Eddie e sua esposa haviam se divorciado recentemente. Ela odiou morar em Las Vegas e mais ainda, não aguentou a carreira de Eddie como diretor p*rnô. Estar neste negócio não é fácil. Tinha que dar crédito à Vera e ao marido, por estarem juntos. As pálpebras de Eddie começaram a fechar. Era um sinal para nós o deixarmos. Ele precisava de descanso. Levantei-me. Vera seguiu o exemplo. —Tome cuidado, cara. E acredite, nós vamos pegar esse filho da puta. ****** Vera me perguntou se eu queria comer algo na lanchonete do hospital. Não tendo comido o jantar, concordei prontamente.

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Embora alegremente decorado para os feriados, havia algo muito deprimente sobre jantar aqui no dia de Natal. Não havia muitas pessoas, apenas uns poucos médicos e enfermeiras cansados e um punhado de visitantes de olhos tristes. Ter um ente querido doente no hospital durante o Natal deve ser muito deprimente. Uma pontada de tristeza me atingiu enquanto eu mordia meu sanduíche de atum. Vera tinha pedido o mesmo juntamente com dois cafés. Ela deu uma mordida no sanduíche e o abaixou. —Blake, eu queria agradecer o generoso bônus. Eu fiquei encantada. Eu sorri. Além de seu salário de seis dígitos, tinha lhe dado uma bolada de bônus de $50.000. Ela valia seu peso em ouro. —Você mereceu. Nossa filial em Vegas é nossa número um, graças a você. Seu sorriso alargou. —Eu amo o que faço. E eu adoro trabalhar com você. Graças ao bônus, finalmente vamos poder remodelar nossa cozinha. —Isso é ótimo. —Eu tomei um gole do meu café. —Ah, também quero agradecer pela caixa cheia de brinquedos do Power Ranger que você enviou à Joshua. Ele entrou em êxtase. Ele vai escrever uma nota de agradecimento. Joshua era seu filho de seis anos de idade. Ao contrário dos meus sobrinhos gêmeos detestáveis, ele era um ótimo garoto. Educado e precoce. Apesar de seu trabalho agitado e muita quantidade, Vera tinha feito um ótimo trabalho com ele. Se eu tivesse um filho, eu esperava que fosse como Josh. O que, é claro, teria que ter uma mulher especial para criá-lo com amor e os valores certos. O belo rosto de Jennifer brilhou na minha cabeça. Meu coração acelerou. Foda. Sentia sua falta. Como se ela fosse uma leitora de mentes, Vera perguntou: —Como vai com Jennifer?

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Eu podia sentir meu rosto iluminar. —Ela terminou com o noivo. Vera bateu a palma de sua mão contra a minha. —Parabéns! —Eu segui seu Conselho. Provei que Dickwick não era o cara certo para ela. Eu não ia dizer a ela como eu fiz isso. De maneira nenhuma. Que havia filmado ele e a sua higienista. Claro que esperava que ela não fosse querer obter detalhes. Graças a Deus, ela não pediu. —E então... Meu rosto esquentou. Eletricidade corria através dos meus vasos sanguíneos e eu podia sentir meu pau mexendo. —Disse a ela que eu a amava. —Oh meu! —Um sorriso de bochecha a bochecha se propagou em seu rosto amável. Não sei o que me fez fazer isso, mas eu contei a minha história de como a surpreendi na sua casa em Boise. E sobre o tempo que passamos juntos. —Blake Burns, você me surpreende. Você é muito romântico. Senti meu rosto aquecer, com vergonha. Sim, o formado Sr. Fodedor era agora um candidato ao título de Sr. Romance. Interiormente tive que rir de mim mesmo. Terminamos o nosso sanduíche e bebemos o café até a última gota. —Blake, onde passará esta noite? Foda. Eu não tinha pensado nisso. Os hotéis de Las Vegas provavelmente estariam todos ocupados por causa das férias. Dei de ombros. —Eu não sei. Não tenho uma reserva de hotel.

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Ela sorriu calorosamente. —Você não precisa de uma. Fique na nossa casa. Temos um quarto vago, e tenho certeza de que Joshua ficará feliz em vê-lo. A princípio hesitei, mas então ela reforçou sua gentil oferta. Além do mais, eu queria estar por lá caso a porra do Springer aparecesse. Nota mental: Certifique-se de que Vera tenha vigilância 24 horas. A casa de Vera era modesta estilo anos sessenta, localizada não muito longe do hospital. Foi ótimo ver seu marido, uma boa pessoa, Steve, com quem eu compartilhei um charuto e, claro, Josh, que me esperou para brincar com os Power Rangers. Eu perguntei se ele gostava do Bob Esponja. Ele revirou os olhos para mim. —Tio Blake, Bob Esponja, sem chance! Imediatamente pensei novamente na minha bela tigresa. Depois de providenciar segurança para Vera e sua família, bem como para Eddie, eu liguei para ela. Para minha decepção, o telefone dela foi direto para a caixa postal. Disse-lhe que estava tudo bem em Las Vegas e que eu ia para L.A. de manhã. Minhas últimas palavras: —Eu te amo. Fui para a cama no quarto de hóspedes pequeno, mas confortável, com meu celular no meu ouvido. Liguei novamente para Jen e mandei uma mensagem. Nada. Eu até tentei ligar para os pais dela, mas porra, seu número de telefone não estava na lista. Este dia de Natal, que começou tão bem, tinha acabado com uma tragédia e incerteza. Talvez eu tivesse estragado tudo com Jennifer ao deixá-la tão abruptamente, com uma pequena explicação. Com o coração pesado, finalmente sucumbi e dormi. ********* Eu acordei de manhã com o cheiro de café fresco. Embora a cama do quarto de hóspedes da casa de Vera fosse confortável, eu dormi como uma

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merda. Por toda a noite, eu virei e revirei, pensando em Jennifer, e com Springer na minha mente não ajudou. Antes de sair da cama, eu estiquei meu braço para a mesa de cabeceira onde eu tinha colocado meu telefone. Verifiquei rapidamente meus e-mails e mensagens. Nem uma palavra da minha tigresa apesar de ter tentado contatá-la muitas vezes. Com certeza, tinha fodido tudo novamente. Tristemente eu pulei da cama, fiz minhas rotinas matinais no banheiro adjacente e então me vesti. Preciso de uma boa xícara de café. Nem era 07h00min. Com um garoto de seis de idade ativo em casa, não dava para dormir muito. Lembrei-me bem daqueles dias. Eu era um terror. Meus pais tiveram sorte que puderam contratar babás para correr atrás de mim. Vera e sua família já estavam na mesa do café quando eu apareci. A cozinha estava de fato um pouco degradada com armários e aparelhos antigos. Fiquei contente por que Vera ia poder arrumá-la com o dinheiro do bônus. —Oi, tio Blake. —Disse Josh, segurando um de seus bonecos dos Power Ranger enquanto comia. —Oi, Josh. —Eu disse com falsa alegria. O marido de Vera, Steve, vestido de pijama, também me cumprimentou. Vera, vestindo um roupão de seda branco que parecia novo, estava ao fogão mexendo uma panela, que parecia ser aveia. Ouvindo a minha voz, ela se virou. Notei em seu robe a etiqueta da Gloria’s Secret, e um pequeno coração rosa shock sobre o bolso de cima. Talvez tenha sido um presente de Natal de Steve. —Bom dia, Blake. O que você que comer? —Uma xícara de café seria ótimo. E tudo o que você está fazendo. Sinceramente, eu não estava com fome. Eu peguei um lugar na mesa, e Vera me trouxe uma caneca de café e uma tigela de mingau de aveia. Eu tomei um gole da bebida quente e imediatamente senti o correr da cafeína na minha corrente sanguínea. Eu tomei outro gole e meus ânimos levantaram um pouquinho.

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Quando Vera estava prestes a se juntar a nós na mesa, o telefone tocou. Ela tateou sobre o balcão da cozinha para buscá-lo. Ela escutou atentamente e então abriu um sorriso. —Obrigada por me avisar. —Ela disse e desligou o telefone. Ainda com um sorriso e segurando uma caneca de café, ela sentou-se à mesa de frente para mim. Ela era extremamente bonita. Ela usava o cabelo loiro curto, e uma combinação de calor e inteligência irradiava de seus olhos marrom caramelo. Ela era tão diferente das loiras bobas que eu namorei. Quer dizer, tinha usado até hoje. —Ótima notícia, Blake. Eles pegaram Don Springer. Meus olhos se iluminaram. —Onde o acharam? Ela tomou um gole de café. —A polícia o pegou no aeroporto. —Obrigado, p... Deus. —Eu não consegui dizer o palavrão na frente de Josh. Springer teve sorte. Cara, se o encontrasse, eu teria cortado as bolas dele e talvez arrancado seu coração. Eu nunca o perdoaria pelo que ele fez para Jennifer. Ou ao pobre Eddie. O Marido de Vera, Steve, também estava aliviado. —Quem é Don Spwinger? —Perguntou Josh, que tinham um jeito de falar adorável, porque faltava um dente da frente. Vera passou os dedos pelo seu cabelo loiro. —Ninguém que você conheça, garotinho. Agora vai. O papai vai levar você para andar de bicicleta esta manhã. Terminando o seu leite, Josh levantou-se. —Vamos lá, papai. Mexa-se. Vamos lá! —Ele gritou enquanto saía da sala.

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Steve levantou-se da mesa. —Tenho de ir. Vejo você mais tarde, Blake? —Não tenho certeza. Provavelmente não. —Que bom te ver, cara, e obrigado pelo charuto. —Ele piscou para mim. — Não mexa com a minha mulher. Steve sabia sobre minha reputação como conquistador, mas ele tinha senso de humor sobre isso. Além disso, seu casamento era bastante sólido, ele sabia que eu amava e respeitava Vera. Ela era mais do que uma funcionária da companhia. Ela era uma amiga querida e quase como uma irmã para mim. —Não se preocupe. —Eu disse com uma risada. Ele deu em Vera um beijinho na bochecha e seguiu seu filho para a porta. Vera bebeu seu café. —Estou feliz que tenha acabado. —Eu também. Springer vai ficar preso por bastante tempo. —A Vida toda atrás das grades seria melhor. Acrescentei silenciosamente. Maldito animal. Vera sorriu. —Bem, acho que você pode voltar à Boise e passar o resto das suas férias com a Jennifer. Eu torci a minha boca. —Não posso. Jennifer não quer me ver. Vera juntou suas sobrancelhas. —O que você quer dizer? —Ela não respondeu a nenhuma das minhas mensagens ou chamadas. —O que está acontecendo? —Ela provavelmente acha que eu vim a Las Vegas para ver algumas mulheres. Eu não lhe disse a verdadeira razão pela qual eu vim.

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Vera revirou os olhos. —Jesus, Blake. Porque não? —Eu fiquei com medo. Ela estava com seus pais. Não queria aborrecê-los ou a ela. —Blake, ela é uma menina grande e poderia ter lidado com isso. Chame-a de novo e diga a verdade. Se não o fizer, eu vou. —É inútil. Ela não atende ao telefone. Ela é teimosa assim. —Bem, então, ligue para a casa dela. —O número não está na lista. —Blake, tenho certeza de que você pode obter isso da Sra. Cho ou sua funcionária de recursos humanos. Ela deve ter colocado na ficha que ela preencheu pedindo contatos de emergência. Eu dei um sorriso. Vera tinha razão. Por que eu não pensei nisso? Onde há vontade, há um caminho. Peguei meu celular do bolso do meu casaco e chamei imediatamente a Sra. Cho. Minha secretária super organizada com certeza teria em algum arquivo. Uma réstia de esperança deslizou através de mim. Eu nervosamente tamborilei na mesa com meus dedos enquanto aguardava a Sra. Cho atender. Ela atendeu no segundo toque. Dois minutos depois, eu tinha todos os números de telefone associados aos pais de Jennifer. Tanto o seu número de casa e seus telefones celulares. Pegando um lápis solto sobre a mesa, escrevi em um guardanapo de papel. Deus te abençoe, Sra. Cho. —Bingo! —Gritei enquanto eu discava o número do celular de Harold McCoy. Não queria correr o risco de Jen atender ao telefone de casa e desligar. Enquanto esperava ansiosamente ele atender, meus olhos ficaram fixos no sorriso de Vera. O robe dela me deu outra ideia. Se as coisas ficassem bem com Jennifer, eu ia chamar Gloria e Jaime e pedir-lhes um favor. As coisas iam melhorar.

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Capítulo 10 Jennifer

Eu tinha chorado até dormir. Quando acordei de manhã, eu me senti pior do que ontem à noite. Blake Burns tinha rasgado meu coração. Ele tinha dito que me amava, me deu as melhores vinte e quatro horas da minha vida e então me deixou abandonada. Sim, alguma grande emergência em Las Vegas. Talvez uma de suas vadias loiras estivesse tendo um colapso pela falta de Blake ou seus implantes mamários estivessem vazando. Ou uma orgia em Las Vegas. Chame Blake Burns. Uma tristeza como eu nunca senti consumiu cada célula do meu corpo. Porque não conseguia me sentir dormente ou zangada? Pelo menos, se eu estivesse com raiva, eu poderia tomar algumas decisões. Nunca me senti assim, nem quando terminei com Bradley que eu conhecia há mais de cinco anos. Eu só conhecia Blake por cinco semanas e a dor no meu coração era insuportável. Meus olhos ardiam e minha garganta doía. Eu mal podia respirar. Lentamente saí da cama e dei passos instáveis até o banheiro. Eu mal conseguia andar. De relance me vi no espelho. Estava pior do que eu pensava. Meus olhos estavam vermelhos e inchados, meus lábios inchados e minha pele manchada. Eu assisti enquanto outra rodada de lágrimas escorria pelo meu rosto. De alguma forma eu consegui descer. Meus pais madrugadores já estavam sentados na mesa da cozinha. Ficaram me olhando. Tendo em conta a minha aparência, esperava que minha mãe entrasse em pânico e corresse até mim para me dar um grande abraço. Ela não o fez. —Jan Lunden me ligou ontem à noite. Ela levou a neta para ver um filme ontem e me disse que a viu lá. Jan era uma velha amiga de minha mãe. Uma amiga íntima. Eu congelei. —Ela viu você com seu noivo. O beijando.

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Silêncio. A única coisa que rugia no meu ouvido era meu coração martelando. —Eu perguntei a ela como ele era. Meu coração bateu mais rápido. —Ela descreveu alguém que soa exatamente como Blake. Já não podia segurar mais. Eu soluçava. Uma torrente de lágrimas invadiu o meu rosto. Meu pai falou suavemente enquanto fiquei arfando, chorando incontrolavelmente. —Jennie, venha aqui e diga a sua mãe o que está acontecendo. Eu cambaleei para a mesa e entrei em colapso em uma cadeira. —Mãe, eu me apaixonei com Blake Burns e ontem ele partiu meu coração. Minha mãe estava de olhos arregalados com o choque. Meu pai olhou para mim com compaixão. —Querida, diga à sua mãe quem Blake é. —Meu che... chefe. —Gaguejei com as minhas lágrimas. Não contei que ele era o chefe de um canal p*rnô. Eu olhei de relance para o meu pai. Ele sabia? Os olhos dele me disseram que sim. Por favor, papai, não diga nada. Por favor! Não precisava tornar as coisas piores. Minha mãe teria um ataque se soubesse. Para meu alívio, ele não disse nada, e minha mãe levantou-se. Ela pegou o guardanapo de linho e contornou a mesa. —Querida, por que não nos disse? Ela me deu um abraço tão necessário e enxugou minhas lágrimas. —Eu não sei. É complicado, e aconteceu tudo tão rápido. As lágrimas continuaram caindo. Peguei o guardanapo da minha mãe sequei-as.

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—Mas, querida, eu não entendo. Por que acha que ele machucou você? —Mãe, ele é um sedutor. Uma expressão confusa varreu o rosto dela. Ela não sabia o que isso significava. —Ele namora com muitas garotas. Eu sou apenas uma delas. Ele foi para Las Vegas na noite passada para ver outra pessoa. Mamãe levantou suas sobrancelhas. —O que te faz pensar isso? Ele parecia tão sério quando tomou essa decisão. Ele disse: “Houve uma crise". Meu pai respondeu. —Eu concordo com a sua mãe. Confio em Blake. Como ele poderia confiar nele depois de apenas conhecê-lo por vinte e quatro horas? Eu amava e respeitava meu pai, mas ele não conhecia meu chefe como eu. Meu pai continuou: —Ele me deu sua palavra que não faria mal a você. Jennie, eu acredito nele. Antes de poder dizer mais uma palavra, um telefone tocou. Eu reconheci o ringtone. Do meu pai. “Love“ de John Lennon, a canção do casamento dos meus pais. Ele o pegou no balcão da cozinha, onde estava conectado para recarga, e atendeu enquanto se dirigia de volta à mesa. —Sim, Blake, ela está aqui. Eu vou colocar você com ela. Como Blake conseguiu o número dele? Meu coração entrou em um frenesi. Eu praticamente estava hiperventilando. Meu pai sentou-se à mesa e disse: —Blake, atenda. —Pai, eu não quero falar com ele.

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—Eu sou seu pai. Por favor, ouça-o. —Ele me entregou o telefone. Eu respirei fundo para me fortalecer e limpei minhas lágrimas com a mão livre. Tremendo, coloquei o telefone no meu ouvido. —Alô. —Minha voz era baixa e precária. Sua voz era alta e forte. O som dele mexeu comigo. Ele me disse que queria falar comigo longe dos meus pais. Ele tinha algo para me dizer. —Ok. —Eu sussurrei a palavra e me levantei, dizendo aos meus pais que voltaria logo. Movi-me para a sala e caí sobre o sofá. Avisei a Blake que estava sozinha. Blake: — Jennifer, você precisa saber a verdadeira razão pela qual fui a Las Vegas. Eu: — E o que seria? —Minha voz trêmula estava mostrando sarcasmo. Blake: — Don Springer. A menção de seu nome me surpreendeu e me deixou muda. Blake: — Jen, você está aí? Está me ouvindo? Eu: — Sim. —Minha voz foi um pouco mais que um sussurro. Blake: — Ele bateu no produtor de Private Dick. Eu ofeguei e cada músculo do meu corpo ficou tenso. Sabia que Blake não poderia estar mentindo. Não sobre algo assim. A culpa esfaqueou meu coração. Eu devia ter confiado nele. Eu: — Oh meu Deus. Ele está bem? Blake: — Sim, e o filho da puta está preso. Uma nova rodada de lágrimas me agrediu. Lágrimas de alívio e remorso. Eu: — Ah, Blake. Eu sinto muito.

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Blake: — Sente muito por que, tigresa? Eu: — Porque deixei de confiar em você. Blake: — Você tinha o direito. Estraguei tudo. Devia ter-lhe dito a verdade. Eu tive medo. Eu: — Eu entendo. —Meu homem queria me proteger, me proteger dos monstros do mundo. Blake: — Eu te amo. Eu: — Eu também te amo. — Oh Deus, eu o amo! Blake: — Quando você vai voltar para Los Angeles? Eu: — Dia 31. Blake: — Eu tenho essa merda com Springer para lidar em Las Vegas, e então eu vou voltar. Eu quero passar o ano novo com você. Um novo ano. Um novo começo. Eu: — Ok. Ofeguei. Blake: — Envie suas informações de voo. Eu vou pegar você. Eu: — Eu enviarei. Blake: — Tigresa, apenas para que saiba. Eu te amo. Não há ninguém além de você. Eu segurei o coração de pedra preciosa no meu pescoço e olhei de relance para a tigresa de pelúcia que eu tinha deixado no sofá. Com meu braço livre, cheguei até ela e a abracei forte contra mim. Eu: — Blake, eu também te amo. Terminamos a chamada, e encontrei-me chorando baldes de lágrimas. Só que eram lágrimas de alegria. Não havia palavras para descrever como eu gostava de Blake Burns.

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Capítulo 11 Jennifer Os próximos cinco dias em casa foram felizes. Eu disse aos meus pais que as coisas estavam novamente bem entre Blake e eu. Que tinha sido apenas um malentendido. Não havia nenhuma maneira de dizer-lhes sobre Don Springer. Eles iam pirar. O passado era passado. Ele ia para a cadeia, e eu ia tirá-lo da minha mente. Ambos os meus pais, no entanto, estavam preocupados sobre como eu ia lidar com meu relacionamento no trabalho. Eu lhes disse que Blake e eu íamos descobrir as coisas. Eu também disse a eles que o pai de Blake era o chefe da Conquest Broadcasting. Meu pai já sabia disso. Eu tinha certeza que meu pai tinha pesquisado sobre Blake e soube que ele dirigia a SIN-TV. Eu estava grata por ele não dizer à minha mãe enquanto eu estava em casa. Embora em algum momento, ela ia ter que descobrir. Embora eu gostasse de passar um tempo com mamãe e papai, eu contava os dias, as horas e os minutos até voltar para L.A. e ver Blake. Ele ligava e me mandava mensagem durante todo o dia. Nós até usamos o Skype. Quando eu vi o seu rosto na tela do meu computador, eu quis entrar nela e estar em seus braços. Perdi a conta de quantas vezes nós trocamos as palavras “eu te amo”. Eu não podia dizer ou ouvi-las o suficiente. Finalmente, o trigésimo primeiro dia chegou. Bradley tinha diminuído meu tempo com meus pais porque ele tinha planejado me levar para uma festa de Ano Novo dada por um de seus amigos, um dentista chato. Na verdade, eu procurei conseguir um voo para casa mais cedo, eu queria tanto estar com Blake, mas o pão-duro tinha reservado uma passagem não reembolsável que você não podia mudar. Antes disso, não havia voos disponíveis. Meu vôo era na parte da manhã. Fiquei grata que não havia outra tempestade de neve. Depois de abraçar minha mãe e recolher um saco de biscoitos que ela fez para eu levar de volta, meu pai me levou ao aeroporto. Sua

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estação de música clássica favorita tocava enquanto eu segurava a tigresa de pelúcia de Blake no meu colo e olhava pela janela sonhando com ele. A voz suave do meu pai cortou meu devaneio. —Jennie, o que vai fazer na véspera de Ano Novo? —Eu vou passar com Blake, mas eu não sei o que vamos fazer. Ele assentiu. —Ele é um bom homem. Eu gosto muito dele. De alguma forma, eu senti como se este fosse o momento de perguntar a ele. —Pai, você sabe exatamente o que ele faz? —Ele dirige o canal p*rnô onde você trabalha. Embora sua voz fosse indiferente e sem julgamento, minha pele arrepiou. —Como você se sente sobre isso? — Eu perguntei nervosamente. —Minha Jennie, você é uma menina grande agora. Você tem que tomar suas próprias decisões. —Pai, eu realmente amo o que faço e eu sou boa nisso. Um pequeno sorriso brincou em seu perfil. —Eu sei. E eu estou orgulhoso de você, Jennie McCoy. Eu estava radiante. —Obrigada, pai. — Fiz uma pausa. —Você vai dizer à mamãe? —Sim. Engoli em seco. —Como você acha que ela vai reagir? —Você vai ouvi-la gritando de Los Angeles, mas ela vai superar isso.

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Eu ri com alívio. Eu amava meu pai. Em algum momento, chegamos ao aeroporto. No meio-fio, eu peguei a tigresa e o grande saco de compras com os biscoitos, abracei meu pai. Prestes a entrar no terminal, eu me virei para acenar para ele. —Eu te amo, pai. —Eu gritei. Ele me mandou um beijo e eu o peguei com meu coração. O próximo beijo ia ser em Blake. Meu coração disparou. Eu mal podia esperar. ******* Exatamente duas horas e dez minutos mais tarde, ele estava lá. Esperando por mim no terminal de LAX no desembarque. Era impossível não vê-lo. Além de ser o homem mais lindo no meio da multidão, ele estava segurando um balão do Bob Esponja monstruoso que dizia: —Absorva! E eu absorvi tudo. Meu coração quase saía do meu peito. Vestindo casualmente jeans e uma camiseta, ele tinha um sorriso largo e arrebatador no rosto, parecia mais quente que o inferno. Deixei minhas malas e corri para seus braços. Ele esmagou seus deliciosos lábios nos meus e me girou ao redor. Eu ainda estava usando meu casaco de inverno e um chapéu de lã. —Oh, Blake! Eu senti tanto sua falta. —Eu também, bebê. Venha, vamos sair daqui.

******* Depois de dez minutos após entrar no Porsche de Blake, eu percebi que ele não estava me levando para casa. Estávamos na 10 Freeway indo em direção à Santa Monica. O país inteiro estava experimentando condições geladas, mas aqui em L.A. o tempo era irracionalmente sempre verão. A capota do carro estava baixada. Eu arranquei meu casaco e chapéu, meu cabelo soprava ao vento quente.

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—Para onde estamos indo? —Eu gritei acima do chiado alto. —O balão é uma dica. Olhei para o balão tolo. Ele havia amarrado a corda longa em torno de um retrovisor lateral e ele estava girando no ar. Bob Esponja vivia no oceano. Então, talvez ele estivesse me levando para almoçar no On the Beach, o restaurante onde tínhamos compartilhado a nossa primeira refeição juntos depois do nosso inesquecível tempo em Santa Monica. A memória daquele dia brilhou na minha cabeça. Como ele tinha me levado por todas aquelas trilhas quando eu tinha sentido uma cãibra e, em seguida ele tinha massageado minha perna ao ponto de excitação. Formigando toda, sorri quando ele saiu da 10 Freeway e entrou na Pacific Coast Highway onde o oceano já aparecia. Sendo do meio-oeste sem litoral, a visão do branco da crista do Oceano Pacífico de um lado e as colinas cobertas de flores, do outro, nunca deixou de me surpreender. Hoje, a água era uma cor água-marinha rara, com ondas majestosas. Havia apenas uma visão mais impressionante, a do homem sentado ao meu lado com uma mão no volante e a outra na minha coxa. Enquanto o vento bagunçava seu cabelo sedoso escuro, eu absorvia o cheiro salgado revigorante do ar do oceano. Os Lumineers estavam tocando no rádio. Entre as rajadas de vento e a música, era difícil falar e ser ouvida. Mas eu estava bem com o silêncio. De forma intermitente, um sorriso deslizava sobre o belo rosto de Blake e eu me perguntava o que ele estava pensando. Felizmente, a mesma coisa que eu estava: eu pertenço a você; você pertence a mim. Para minha surpresa, passamos por On the Beach. Nós não paramos. Blake tinha outro destino em mente. —Ok, Sr. Burns, diga-me para onde estamos indo. Ele puxou meu rabo de cavalo e sorriu ironicamente. —É uma surpresa. O pulsar entre as minhas pernas se intensificou e meu coração acelerou. Blake era cheio de surpresas. E, geralmente, uma surpresa vinha com uma coisa. Seu pênis espetacular. Minha respiração acelerou.

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Cerca de quarenta minutos de passeio, a paisagem ao longo da PCH (Pacific Coast Highway) tornou-se significativamente mais robusta. As casas de praia que alinhavam a estrada estreita desapareceram, substituídas por árvores altas de cipreste que obscureciam a vista para o mar. Eu implorei a Blake novamente para me dizer onde ele estava me levando. Blake deu uma olhada em mim e sorriu aquele sorriso com covinhas de parar o coração. —Você vai ver em poucos minutos. Com certeza, cinco minutos depois, o carro virou à esquerda para uma estrada quase escondida. Blake abrandou enquanto ele habilmente dirigia por um caminho rochoso. Em ambos os lados da estrada rústica, árvores altas estavam misturadas com a grama selvagem e flores. O cheiro da folhagem misturada com o do mar era divino o suficiente para engarrafar. A estrutura toda em vidro impressionante veio à tona. Blake parou em uma impressionante calçada de seixos. Em uma forma semicircular, poderia facilmente acomodar uma dúzia de veículos. Eu engasguei quando olhei o edifício arquitetonicamente magnífico. Era algo saído de uma daquelas caras revistas de design de interiores com seus vários níveis e ângulos. E era enorme. Como um mini-museu ou algo assim. O mais surpreendente de tudo, ele ficava em um penhasco com vista para o oceano. —Nós alcançamos nosso destino final. —Blake disse e pulou para fora do carro e deu a volta para abrir minha porta. Saí do Porsche. Meus olhos sondaram o meu redor. —O que é este lugar? —É a casa de praia de Jaime Zander. Ele e Gloria estão longe com os gêmeos e se ofereceram para me deixar usá-la. —Oh meu Deus, é fabulosa. — Eu exclamei enquanto Blake pegava minha mão e me levava até a entrada. Lembrei-me de Jaime mencionar que ele e sua família iriam para o Havaí durante as férias quando tínhamos almoçado juntos.

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No interior, a casa era ainda mais fabulosa do que eu poderia imaginar. Um palácio de vidro contemporâneo, com janelas do chão ao teto, oferecendo vistas deslumbrantes do Pacífico. A mobília era moderna, escassa, de grandes dimensões e principalmente em tons de branco. O interior todo branco mostrava as pinturas abstratas coloridas que cobriam as paredes, todas assinadas por PAZ, um acrônimo para Payton Anthony Zander, o falecido pai de Jaime. O artista que pintou o Kiss, a obra-prima que Blake tinha me dado. Fotos emolduradas estavam espalhadas por toda parte, desde o grande piano de cauda à imensa lareira, que acrescentava calor ao interior. Eu caminhei até o piano e estudei as fotos. No centro havia uma grande, de um casal impressionante se abraçando na praia em seu dia do casamento, Jaime e Gloria. Em torno desta peça central, estavam outras fotos do casal, juntamente com inúmeras fotos de seus gêmeos adoráveis, Payton e Paulette. —Eles se parecem com a família perfeita. —Eles são. —Sorriu Blake. —Espere aqui por um minuto. Eu vou buscar nossas malas. Espere! Nós vamos ficar aqui? Antes que eu pudesse perguntar, Blake estava do lado de fora. Ele estava de volta em um minuto com a minha bagagem, sua mochila e a sacola de biscoitos da minha mãe. E a minha tigresa. —Vamos, vamos para o quarto de hóspedes e descarregar nossas coisas. Eu tive a chance de fazer a minha pergunta. —Vamos ficar aqui? Ele bateu em meus lábios com um beijo. —Todo o fim de semana. Você tem um problema com isso? —Mas Blake, eu quase não tenho nada para vestir. Quase tudo na minha mala é para tempo frio. —Não se preocupe com isso. — Sorrindo, ele examinou meu corpo. —Você não vai precisar de muito.

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Meu coração acelerou e um formigamento me atingiu em cheio. Com certeza, Blake tinha o fim de semana bem planejado com uma atividade em mente. Por mim tudo bem. Com nossas bolsas, meu deus do sexo lindo me levou até uma escada em caracol que lembrava a curva de uma onda. Havia inúmeros quartos no segundo nível, incluindo um berçário adorável. O quarto destinado a ser o nosso era no final de um longo corredor. E, também, era todo branco. Ele incluía: uma convidativa cama king-size de madeira branca coberta com um edredon de pelúcia e uma montanha de travesseiros macios. Blake jogou nossas coisas em um rack de bagagens nas proximidades, enquanto eu fui atraída para uma enorme caixa rosa shock na cama. Do tamanho de uma mala, ela foi meticulosamente embrulhada e era tão grande quanto uma bola de basquete. Eu olhei para um pequeno envelope dobrado dentro com o meu nome lindamente escrito nele. —O que é isso? —Perguntei à Blake. —Um presente de Gloria. —Você está brincando! —A Gloria´s Secrets era a maior varejista de lingerie do mundo, embora eu nunca tivesse comprado muito lá, exceto o meu shampoo cereja baunilha. Logo após as férias, eu ia apresentar a ela o meu conceito para um bloco diário no TV SIN dirigido às mulheres. A apresentação do PowerPoint estava perto de ser concluída. —Abra. — Blake insistiu. Ansiosamente, eu peguei o envelope primeiro. Dentro havia uma nota escrita à mão na mesma elegante do envelope. Cara Jennifer, Aprecie! Espero que você tenha um fim de semana maravilhoso! Ansiosa para conhecê-la em breve! XO, Gloria.

Coloquei a nota na cama ao lado da caixa e comecei a abrí-la. Depois de retirar a tampa, meus olhos se arregalaram. Sob camadas de papel de seda rosa

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delicado, estava uma grande quantidade de lingerie lindamente dobrada. Dezenas de sutiãs de seda combinando e biquínis em diferentes cores e padrões, além de um magnífico robe. Cada peça era requintada. Quando eu me aprofundei ainda mais, descobri um pacote que também incluía roupas da sua loja. Vestidos florais, shorts e tops, camisolas, bem como um par de biquínis sensuais e um par de sandálias. Até mesmo um brilhante mini vestido preto e estiletos correspondentes. Tudo o que eu precisava para um fim de semana de Ano Novo na praia e tudo do meu tamanho. —Oh meu Deus! — Eu estava sobrecarregada. —Eu não posso aceitar tudo isso. Blake passou os braços em volta de mim por trás, eu podia sentir seu hálito quente na minha nuca. —Deixe isso para trás e Gloria vai se sentir insultada. E, além disso, é tudo realmente um presente para mim. Um delicioso arrepio deslizou pela minha espinha quando ele começou a desabotoar a blusa e abaixá-la pelos meus ombros. Suas mãos encontraram meus seios, e eu podia sentir meus mamilos duros. Umidade já estava reunindo entre as minhas pernas, enquanto a blusa caía no chão. —Dispa-se. —Blake sussurrou em meu ouvido. Enquanto ele acariciava meu pescoço, aquecendo cada pedaço de mim, eu consegui desfazer o zíper da minha calça jeans e sair dela depois de chutar meus sapatos. Minha respiração ficou irregular enquanto ele tirava meu sutiã e o deslizava pelos meus braços enquanto eu saía da minha calcinha. —Eu quero que você me dê um desfile de moda. — Ele pegou um sutiã correspondente aleatório e um fio dental. Um com laço turquesa com enfeites de pérola. —Coloque-os primeiro. —Ele ordenou, entregando-os para mim. Ele vasculhou a caixa. —E coloque os sapatos de salto altos. Eu coloquei a lingerie, depois os sapatos e fiquei diante dele. Eu estava tão dura quanto uma tábua. Seus olhos observadores percorriam meu corpo.

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—Vamos lá, baby. Solte-se. —Pulando na cama, ele pegou um controle remoto de som e Beyoncé encheu a sala. Eu amava Beyoncé. Ela tinha uma grande voz e era tudo sobre mulher e poder. Enquanto cantava “Crazy in Love”, eu desfilei ao redor da cama tão graciosamente quanto pude. Blake se inclinou contra a cabeceira da cama, com os braços cruzados sobre o peito largo e suas longas pernas musculosas estendidas. Seus olhos ardentes me seguiram, um sorriso satisfeito se espalhou por seu rosto. —Próximo. —Disse ele com sua voz sensual. Eu rapidamente tirei a lingerie que eu estava vestindo e coloquei outro conjunto, um sutiã de renda sem alças vermelha e calcinha combinando. Blake me deu um polegar para cima. A música chegou a mim. Ele chegou a mim. Eu encontrei-me fazendo coisas que eu nunca tinha feito antes. Empurrar para cima meus seios. Balançar os quadris. Deslizar minha mão por baixo da renda. Jogar minha bunda em seu rosto. Fazer beicinho e soprar-lhe beijos. Mesmo cantar. Eu estava curtindo cada momento. E ele também. Eu nunca me senti tão sexy. Na minha terceira mudança de lingerie, um babydoll de bolinhas e impertinente, ele sinalizou para eu ir até ele, com o curvar de seu dedo. Aquecida, eu me arrastei para a cama e fiquei de quatro. Fiz uma pose de tigresa. Para minha surpresa, eu realmente soltei um rugido feroz. —Vem cá, minha pequena supermodelo sexy. —Ele murmurou. Seus olhos estavam cheios de desejo. Eu deslizei para mais perto dele. Ele abriu a braguilha. Dela saiu seu pênis monstruoso. Já havia uma gota de pré-sêmen na ponta. Minha respiração acelerou. —Você sentiu falta disto, tigresa?

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Agarrei o meu coração a galope como se estivesse tendo um ataque e suspirei. —Sim. —Tanto quanto eu senti falta disso? — Sem aviso, ele arrancou o pedaço de tecido que eu estava vestindo e mergulhou um dedo longo e profundo em minha bucet*. Engoli em seco. E engasguei novamente, quando ele colocou o dedo brilhando com meus sucos em sua boca e chupou. —Mmmm. Eu poderia comê-la no jantar, mas agora, eu quero que você se sente no meu pau. E me monte. Apesar de estar à vontade, meu corpo tremia. Eu nunca tinha feito esta posição antes. O que eu conhecia de livros que li, parecia ser incrível. Profundo e poderoso. Eu me reposicionei e então eu estava escancarada em seus quadris. Lentamente, eu me abaixei para a sua enorme ereção. Após a entrada, gritei com prazer. Eu estava tão molhada e seu comprimento extraordinário me encheu em um momento. —Oh, Blake! Isso é tão bom. —Eu gemi. Deus, isso era divino. Tão quente! Tão grande! Tão meu! —Você realmente sentiu minha falta, bebê. — Ele levantou o babydoll e apalpou meus seios. Enquanto ele os amassava, os polegares circulavam ao redor dos meus mamilos duros, enviando uma onda de sensações eróticas para o meu núcleo. Mordi o lábio. A combinação da sua plenitude e minhas vibrações já estava me enviando ao limite. Cheios de luxúria, seus olhos estavam fixos nos meus. —Agora, tigresa, coloque as mãos na cama, levante os quadris e goze em cima de mim novamente. Forte. Fiz o que ele pediu e rapidamente entrei em um ritmo. Enquanto eu podia senti-lo empurrando para dentro de mim, ele me deixou controlar o ritmo e a profundidade da penetração. Eu montei-o com força e rápido me enchendo de suor. Toda vez que eu tive relações sexuais com Blake, eu pensava que não

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poderia ficar melhor. Mas isso foi incrível. Porra, incrível! Cada vez que eu batia em cima dele, ele ia contra mim, estimulando o meu cl*tóris e batendo no meu lugar mágico novamente e novamente. Oh! Oh! Oh! Oh! Minha bucet* gulosa sugava toda carne que poderia alcançar e engolia todo o pré-sem*n. O início de um grande org*smo desceu sobre mim rapidamente. Eu estava saindo desta terra. Caindo de um penhasco. Minhas unhas arranharam o lençol de algodão. Eu tinha certeza de que foi rasgado. —Blake, eu vou gozar. —Eu gritei. —Mantenha os olhos abertos, e eu quero ouvi-la rugir o meu nome até que você esteja rouca. Com choramingos que beiravam a soluços, eu assenti. Enquanto ele continuava a bater em mim, meu clímax em espiral consumiu cada célula no seu caminho como um tornado feroz. Eu gritei seu nome até que minha garganta estivesse inflamada. —Foda-se, tigresa! —Ele gritou quando seu próprio org*smo colidiu com o meu. Seu corpo estremeceu quando ele jorrou seu sêmen quente dentro de mim. Nossos olhos nunca quebraram o contato. —Foda-se. —Disse ele novamente com uma respiração acelerada enquanto ele bombeava mais uma explosão em minha trêmula bucet*. Um brilho aquecido revestiu seu rosto e eu podia praticamente ver meu reflexo. Ele se inclinou para me recompensar com um beijo. Eu coloquei sua mandíbula forte em minhas mãos para prolongá-lo. Sua boca estava deliciosa, sua língua tão talentosa. Eu não queria que seus beijos acabassem. Recuperando-me do meu poderoso org*smo, eu finalmente me afastei. Seu pênis ainda estava em mim. Inclinando a cabeça para trás contra a cabeceira da cama, ele olhou para mim e acariciou meu rosto suavemente com a mão. —Tigresa, você sabe por que é tão sexy e bonita? Eu balancei minha cabeça. Nenhum homem jamais tinha usado essas palavras para me descrever.

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Um sorriso brincou em seu rosto. —Porque você não sabe disso. Eu sorri de volta para ele. —Eu sei uma coisa. —E o que poderia ser? —Ele perguntou maliciosamente. —Que eu te amo. Em uma respiração, ele me virou e me empalou novamente. Seu coração estava em seus olhos quando ele repetiu minhas palavras, e soprou uma palavra com um impulso poderoso final: — Minha. Gozamos juntos novamente. ****** Passamos o resto da tarde fazendo sexo entre afa*gos. Nós compartilhamos coisas tolas íntimas como histórias de infância, sonhos e cicatrizes. Enquanto eu tinha muitas, cada uma com uma história o que o cativou, o Sr. Bonito só tinha uma pequena cicatriz de batalha em suas costas, resultado de uma briga que ele teve com sua irmã, Marcy, quando ele era mais jovem. As histórias que ele me contou sobre os dois crescendo juntos me fez morrer de rir. A mais engraçada de todas foi a vez em que sua irmã, dez anos mais velha e ginecologista, encontrou-o em seu escritório fodendo uma de suas professoras do ensino médio com os pés nos estribos. Eu ri até que eu chorei. Blake Burns era realmente um menino muito travesso e eu o amava ainda mais por isso. Lá fora, o som das ondas quebrando contra a costa rochosa soou em meus ouvidos. Em pouco tempo, o céu escureceu, e exausta de todo o amor e riso, eu cochilei, instalada em seu braço musculoso com a minha cabeça em seu peito quente. Seu coração batia como uma canção de ninar em meus ouvidos.

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Quando acordei, era quase oito horas. Famintos depois de um longo banho alucinante, nós nos vestimos casualmente e fizemos o jantar juntos na enorme cozinha moderna. O cardápio: lagosta, champanhe e biscoitos de chocolate da minha mãe. Ele tinha comprado as lagostas e champanhe antes de me pegar no aeroporto. Eu nunca tinha comido lagosta antes, eu tive dificuldades em deixar cair a criatura vermelha viva com casca e tudo na panela grande de água quente que ia colocá-la para dormir antes que fervesse. Blake tinha me dito que esta era uma forma menos cruel de preparar a iguaria – a lagosta não iria sentir nenhuma dor, mas isso realmente não ajudou. —Blake, eu não posso fazer isso! — Eu chorei, segurando o crustáceo monstruoso se contorcendo na minha mão. Eu estava praticamente em lágrimas. —Pense em alguém que você odeia e nomeie a lagosta com seu nome. Isso ajuda. —Em pé atrás de mim, ele pressionou sua ereção em minha parte traseira e soprou quente no meu pescoço. —Eu nomeei a minha de Springer. Eu visivelmente estremeci. Embora Springer estivesse agora atrás das grades, a menção de seu nome provocou um arrepio que ziguezagueou pela minha espinha. As garras da minha lagosta estalavam, aumentando ainda mais a minha angústia. Blake notou meu desconforto e ternamente beijou o topo da minha cabeça. —Sinto muito, querida. Eu não deveria ter dito o nome dele. —Ele olhou para a minha lagosta agitada. —Você quer que eu coloque sua lagosta na panela? —Não, eu quero fazer isso. —Eu disse, recuperada e feliz que aquele monstro ia ferver até à morte lentamente. Sorrindo, Blake me perguntou novamente: — Então, qual é o nome da sua lagosta? Olhei para o meu grande marisco vermelho. Um nome instantaneamente veio à minha mente.

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—Bradley. — Sim, minha lagosta parecia Bradley. Dickwick. Rindo comigo, Blake me segurou em seus braços enquanto eu colocava Bradley na panela e dizia adeus. As lagostas não tiveram tempo para cozinhar, e nos sentamos para comer direto no balcão da ilha na cozinha. Blake amarrou um ridículo avental de lagosta no meu pescoço e me mostrou como comer uma com a ajuda de um quebranozes e um garfo especial. A ironia de tudo isso foi que Bradley tinha um sabor tão bom que derretia na boca com toda essa manteiga derretida. Blake me disse que a lagosta era um afrodisíaco e uma fonte ideal de proteína de baixo teor de gordura, muito necessária para uma longa noite de sedução. Eu acreditei nele. Observei-o habilmente quebrar uma garra e, comer a carne branca como a neve, senti-me aquecida e despertada. Eu tomei um gole do meu champanhe borbulhante. Um pouco antes das nove, Blake abriu mais uma garrafa de champanhe. Ele me levou para uma sala ao lado da cozinha e ligou uma das muitas TVs. Ryan Seacrest estava esperando a bola cair na Times Square, em Nova York, onde estaria acontecendo à meia-noite. Em um confortável sofá macio, eu me enrolei nos braços de Blake e vi a multidão ir à loucura com a contagem regressiva. Cinco... Quatro... Três... Dois... Um! Quando a bola caiu na Times Square, os lábios de Blake caíram sobre os meus. O beijo foi exuberante e persistente. Auld Lang Syne chegou aos meus ouvidos. As palavras originais do poema. Os antigos conhecidos deveriam ser esquecidos E nunca relembrados? As chamas do amor extintas E totalmente apagadas!

Bradley Wick, DDS, era agora passado e estava fora da minha vida. Havia apenas um homem no mundo para mim, que curiosamente partilhava um sobrenome com Robert Burns, o poeta favorito do meu pai, que tinha escrito

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essas palavras. Blake Burns. Seu ser me consumia e trouxe lágrimas apaixonadas aos meus olhos. —Feliz Ano Novo, tigresa. —Ele disse suavemente, ainda em meus lábios. —Feliz Ano Novo, Blake. —Eu repeti, não sendo capaz de obter o suficiente dele. Ele me fez insaciável e eu fiz o mesmo a ele. Nós ansiamos um ou outro. Colocando minha mão em sua pesada excitação, ele murmurou: — Vamos terminar este ano com um estrondo. ***** Blake, sempre cheio de surpresas, tinha mais uma para mim antes do Ano Novo iniciar. A Jacuzzi. Grande o suficiente para acomodar uma dúzia de pessoas, foi construída em uma plataforma expandida para fora da casa. Nossos corpos nus entraram na água borbulhante, Blake se sentou perto de mim. Um braço caiu em volta dos meus ombros enquanto a outra mão segurava um charuto aceso. As estrelas e a lua cheia brilhavam em cima no céu enegrecido. A água fumegante borbulhava, enquanto Celine Dion soava através dos alto-falantes escondidos, à distância, eu podia ouvir as ondas do oceano suavemente indo e vindo. Os intensos jatos de água quente atingiam a minha parte superior das costas e entre as minhas coxas, dando um formigamento tão bom. Eu estava apaixonada, cheia de luxúria e no paraíso. Não podia ser mais mágico do que isso. —Tigresa, você se importa se eu fumar este charuto? —Perguntou Blake, já soprando uma nuvem de fumaça. —É uma espécie de tradição de Ano Novo. Eu inalei. O cheiro do tabaco misturado com o ar do mar salgado era inebriante. Para minha surpresa, eu adorei. Eu peguei o charuto dele e o coloquei na minha boca. Eu inalei e sufoquei. —Não tem problema. —Tossi e alcancei a minha taça de champanhe. Tomei um gole para me acalmar.

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—Pare de se mostrar. —Ele riu, pegando o charuto na mão. Ele inalou outra baforada e eu olhei para ele. Hipnotizada pelo modo como ele segurava o charuto entre os dedos longos e chupava na ponta, enchendo suas bochechas e baixando os olhos. Igualmente sexy era a maneira como ele apertava os lábios beijáveis e soprava a fumaça. —Você sabe, bebê. Meu pai me disse uma vez que um charuto fino é como uma mulher. Você tem que aquecê-la antes de atacá-la. Suas palavras fizeram meu coração palpitar. —Blake, quando foi a primeira vez que você soube que me amava? — Perguntei enquanto um anel de fumaça misturava com o vapor da Jacuzzi. Ele colocou o charuto no cinzeiro e se virou para mim. Seus olhos brilhavam à luz da lua. Porra, ele era lindo. E, oh, tão sexy. Ele girou meu rabo de cavalo úmido com a mão. —Pode ter sido amor à primeira vista. Quando você me beijou com os olhos vendados no meu clube. Algo mudou em mim. Em seguida, após a coisa com Springer, eu sabia que se algo acontecesse a você, eu não poderia viver. Você é meu ar, bebê. Eu preciso de você para respirar. Um rastro de faíscas brilhou através do meu corpo. Ele me amou desde o início. Ele repetiu a pergunta. Traçando os lábios beijáveis, eu disse: — Vegas. Quando eu dancei com você. Ironicamente, uma versão de Celine Dion de “The First Time I Saw Your Face”, a canção que dançamos, estava saindo através dos alto-falantes escondidos. Talvez ele intencionalmente tivesse programado. Movi um pouco e o poderoso jato abaixo de mim estimulou meu cl*tóris. Ele puxou meu rabo de cavalo. —Demorou tanto tempo? — Sua voz era ofendida e brincalhona.

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Dei um sorriso. Não, não tinha. A verdade: Eu acho que eu o amei no minuto em que minha boca tinha tocado a sua nesse jogo de Verdade ou Desafio também. Eu senti a terra se movendo no meu coração. Talvez fosse luxúria. Não importa, porque eu não ia dizer a ele. Nós absorvemos um pouco de champanhe e olhamos para o céu estrelado. Minha cabeça repousava sobre o peito robusto. —Jennifer, você sabe por que a lua e as estrelas brilham? Eu balancei minha cabeça. As palavras da canção bonita estavam me afetando. Os jatos estavam me afetando. Ele estava me afetando. Desejo estava borbulhando dentro de mim. —Por quê? —Porque elas estão fazendo amor com o céu. —Iluminando-o. —Eu respondi com ar sonhador, meus olhos estavam focados em muitas constelações acima de nós. Ele me puxou para mais perto. Paixão despertou em seus olhos. —Jennifer McCoy, você é minha lua e estrela brilhante. Meu universo. Em uma respiração, eu estava sentada em cima dele. Montá-lo até o céu. Acendendo-o. Acendendo-me. Gozamos juntos como cometas queimando e sussurramos em uníssono três palavras celestes. —Eu te amo.

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Capítulo 12 Jennifer Acordei com o som das ondas quebrando e das gaivotas grasnando. Piscando os olhos, eu ainda estava aninhada em êxtase nua contra o peito quente de Blake. Um braço estava envolto em torno de mim, o outro envolto em todo o edredom. Girei a cabeça e olhei para ele. Deus, ele era lindo. Seus lábios exuberantes se separaram um pouco e fios de seu cabelo caíam sobre sua testa. O sol da manhã através de janelas envolveu o quarto e o lançou em uma névoa dourada. Eu não pude deixar de passar meu dedo ao redor de seu queixo levemente áspero. Ele se mexeu e, em seguida, as pálpebras de longos cílios piscaram. Abrindo um olho de cada vez, ele encontrou meu olhar. —Oi. — Sua voz rouca matinal era sexy como o pecado, como era o sorriso torto adorável que a acompanhava. —Oi. —Eu repeti. Eu parecia uma aluna tímida encontrando seu professor no primeiro dia de escola. Eu simplesmente não podia acreditar que tudo isso era real. Que isso estava acontecendo comigo. Mantendo os olhos meio fechados, contemplativos e treinados em mim, ele circulou meus lábios com o dedo indicador. A sensação de cócegas enviou formigamentos para o meu centro já aquecido. Na segunda rotação, os meus lábios se fecharam em seu dedo hábil e o chupei. Um som, algo entre um zumbido e um gemido, encheu o fundo da minha garganta. —Oh, baby. —Ele gemeu de volta. —Você está me deixando excitado. Esperando que ele me fodesse ali mesmo, ele evadiu-se para uma posição sentada, levando-me com ele. Ele massageou meus ombros e respirou contra meu pescoço. —Vamos lá. Vamos tomar um banho juntos.

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Com o sabor de seus lábios contra os meus, ele rolou para fora da cama e se pôs de pé. Meus olhos percorreram seu corpo digno de desmaio, com o seu pacote, sarado e perfeito V pélvico que levava à suas coxas e terminava nesse espesso comprimento ultrajante. Meu olhar ficou colado no último. Dizer que ele era dotado era um eufemismo. —O que você está olhando? —Aquele sorriso arrogante brilhou em seu rosto arrebatador. —Você. —Eu senti minhas bochechas ruborizarem de vergonha e impulsivamente atirei as cobertas sobre minha cabeça. Com um puxão, as cobertas saíram. Ele estava pairando acima de mim. Todos seus 1,90 m de altura de pura virilidade. —Você pode olhar para tudo o que quiser no chuveiro. Agora, vamos lá. Antes que eu pudesse dizer uma palavra, eu estava em seus braços, sendo levada para a nossa primeira atividade do dia de Ano Novo. O banheiro de hóspedes era incrível. Eu nunca tinha visto um como ele, exceto naquelas revistas caras de Design que eu espiava enquanto esperava na fila do supermercado. Esse era seriamente maior do que a minha sala de estar, todo em mármore claro cremoso com piso de travertino e equipamentos modernos. Havia até mesmo uma espreguiçadeira e uma lareira. Uma enorme banheira de porcelana independente estava diante de uma janela com vista para o oceano, do outro lado, havia uma tenda envidraçada com um chuveiro, do tamanho do meu quarto. Na verdade, era maior. Blake abriu a porta do chuveiro e me colocou no chão. Ligou várias torneiras e poderosos jatos de água me pulverizaram em todos os lugares. Blake puxou-me contra ele, de costas para seu peito. Eu podia sentir sua ereção contra mim. —Você vai me foder? —Perguntei enquanto ele me ensaboava e esfregava meus ombros. —Não até que eu faça isso primeiro, tigresa.

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O sabão caiu de sua mão para o chão de mármore liso, e de repente senti um dedo escorregadio na minha bunda. Eu soltei um grito. —Alguma vez você já foi tocada aqui? —Perguntou. —Não. —Eu engasguei. Sério, ele tinha que perguntar isso? —Eu quero que você relaxe. É apenas o meu dedo. Nós vamos fazer isso lentamente e devagar. E eu vou fazer com que você ame. —Ele beijou a minha nuca e depois ronronou. —Isso é tudo sobre você. Eu fiquei tensa quando ele lentamente deslizou seu dedo no meu buraco. Um gemido escapou da minha garganta. E minha carne tremia. —Dói? —Só um pouco. — Honestamente, foi um tipo estranho de bom e dor. Eu simplesmente não estava acostumada a isso. —Isso é normal. Você é tão apertada. Não se preocupe, tigresa. Vou relaxála. Ele deslizou seu dedo lubrificado com sabão de cima a baixo. Quando ele empurrou-o de volta para cima, um dedo da outra mão desceu sobre o meu cl*tóris. Ele começou a esfregar vigorosamente. —Oh, Blake! — Eu gemi, arqueando meu corpo. —Isso ajuda? —Oh, sim. — Era verdade. O prazer divino entre as minhas coxas estava permitindo eu me soltar e apreciar o que estava acontecendo por trás. —Isso foi o que eu pensei. Um novo ano. Uma nova sensação. Na minha mente, eu podia ver o sorriso sexy em seu rosto. Para dizer a verdade, eu nunca tinha experimentado uma sensação como essa. Embora eu tivesse o pequeno ovo vibratório na minha bunda, isso era diferente. Eu apertei meus olhos fechados e me deixei mergulhar na intensidade do prazer. Eu estava me acostumando com o dedo na minha bunda. A desconhecida plenitude ainda

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me alargava. Ele continuou a meter o dedo em mim e esfregar meu cl*tóris durante vários minutos. Eu ainda podia sentir seu duro comprimento esfregando contra mim. Pequenos gemidos saíram da minha boca. —Ok, baby, agora vamos avançar um pouco mais. —Eu caí contra ele enquanto ele tirava o dedo hábil do meu cl*tóris e mergulhava-o em minha bucet*. —Oh meu Deus! —Eu gritei. Ele estava com o dedo na minha bucet* e na minha bunda. A pressão era insana, especialmente quando os dedos quase se encontravam. Eu estava caindo aos pedaços. Meu org*smo estava chegando. Eu não conseguia me segurar. Meu corpo tremia contra o seu enquanto eu gritava a minha libertação. Eu senti como se tivesse quebrado em um milhão de belas peças. Removendo seus dedos, Blake me segurou firme e mordiscou meu pescoço. —Meu pai sempre diz que é melhor dar do que receber. Agora, baby, eu vou te foder como se não houvesse amanhã. ****** Essa foi a chuveirada mais ultrajante que eu já tomei. Cada vez que Blake me fodia, ele me levava para um lugar que eu nunca tinha estado antes. Fazendome sentir sensações gloriosas que eram novas para mim e excitantes. Eu nunca soube antes do que meu corpo era capaz. Terminamos o ano com um estrondo, agora nós tínhamos começado um novo com um ainda maior. Zumbindo toda, eu me envolvi em um robe branco grosso da Gloria´s Secrets que ela tinha cuidadosamente deixado para mim. Com a toalha sequei meu cabelo enquanto Blake, com apenas uma toalha enrolada perigosamente baixa em torno de seus quadris estreitos, espirrava alguma colônia masculina. Cheirava divino – picante com uma pitada de baunilha. Ele olhou para si mesmo no espelho e passou a mão pelo cabelo molhado. Eu acho que ele não ia secar o cabelo ou fazer a barba. A camada extra de restolho que rodeava seus lábios beijáveis o deixou ainda mais sexy.

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—Ei, eu vou fazer para nós o café da manhã. Basta colocar alguma roupa de banho e me encontrar lá embaixo. —Nós vamos para a praia? —Esse é o plano. —Disse ele com uma piscadela. —Eu mal posso esperar. — Eu estava realmente animada. Parecia um clima perfeito para pegar alguns raios solares e saltar algumas ondas. Depois de um beijo rápido, Blake saiu do banheiro. Eu encontrei um elástico e reuni meu cabelo úmido em um rabo de cavalo. Eu escovei meus dentes e me encharquei com um hidratante com fator de proteção SPF 30 da Gloria, que estava no balcão de mármore ao lado de uma enorme quantidade de produtos de beleza. Gloria foi tão generosa e prestativa. Eu fiz uma nota mental para enviarlhe um agradecimento escrito à mão quando chegasse em casa, junto com um presente. Talvez um quadro para fotos ou algo bonito para os gêmeos. Foi realmente bom ter um pouco de tempo sozinha sem Blake. Eu estudei meu reflexo no espelho e sorri. Minha pele brilhava. E não apenas pelo banho longo, quente. Era mais profundo do que isso. Eu nunca pareci tão feliz. Blake Burns, não só tinha acordado a minha sexualidade, mas ele também iluminou meu coração. Bradley nunca me fez sentir desse jeito. Nosso relacionamento foi enraizado na amizade e na rotina. E no final, no engano. Meu relacionamento com Blake estava enraizado na paixão, aventura e honestidade. Nós rapidamente nos tornamos melhores amigos, bem como amantes. O profundo amor que sentia por ele não poderia ser medido ou colocado em palavras. Por isso eu esperava que fosse descobrir uma maneira de avançar quando nós voltássemos ao trabalho. Ter esse lindo deus do sexo apenas a uma parede fina longe de mim era assustador. Estremeci com o pensamento. Mas, como ele sempre diz, onde há uma vontade, há um caminho. De volta ao quarto, vesti um dos biquínis que a Gloria tinha me dado. O preto me encaixava perfeitamente, com o top expondo meus seios apenas a quantidade certa e a parte de baixo com corte alto deixando minhas pernas longas e magras parecerem ainda mais. Eu coloquei meus pés descalços nas

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sandálias brilhantes e, no último minuto, coloquei uma camisa de colarinho branca de Blake sobre o meu biquini. Eu podia sentir o cheiro intoxicante dele no meu corpo. A alta densidade de fios do algodão egípcio parecia deliciosa contra minha pele. A barra da camisa terminava no meio das minhas coxas e eu a deixei desabotoada. Estranhamente, tão sexy quanto os lingeries de Gloria eram, vestir a camisa de Blake me fez sentir mais sexy. Era como se eu fosse parte dele e ele fosse parte de mim. O aroma do café fresco misturado com algo delicioso flutuou no ar. Eu inalei profundamente. Café da manhã. Meu estômago faminto rosnou. Desci as escadas e encontrei Blake na cozinha. Vestido apenas com um calção azul marinho de natação, ele estava de pé diante de uma grelha embutida com as costas nuas para mim, virando panquecas. Havia algo tão sexy sobre observar um homem cozinhando. Especialmente alguém tão sexy quanto Blake. Eu inalei novamente pelo nariz, absorvendo a mistura deliciosa de aromas. —Mmm. Tudo cheira tão bom! —Espero que você goste de panquecas e salsicha. —Ele disse enquanto mexia a panqueca que tinha acabado de virar com sua espátula. —Como você faz isso? —Caminhei até ele. Meu ombro esfregou contra seu bíceps flexionado. —É fácil. Deixe-me te mostrar. Ele deu um passo atrás de mim e passou os braços em volta de mim. Raspando em meus seios, ele colocou a espátula na minha mão direita e colocoua sob uma das panquecas. Com meu pulso em uma mão e um seio em concha na outra, ele disse: —Ok, na contagem de três, atire a panqueca no ar, mantenha os olhos sobre ela, e a espátula constante logo acima da grade. Pronta?

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Eu balancei a cabeça, concentrando-me na tarefa em mãos. Não foi fácil com ele apertando meu mamilo sob o tecido da minha camisa e me deixando quente e incomodada novamente. —Bom. Um... Dois... Três. Eu fiz como ele instruiu, e deixei meus olhos fixos na panqueca que eu tinha virado. Bingo! Ele caiu bem na espátula. —Sim! — Eu gritei triunfante. —Muito bom. —Respondeu Blake enquanto ele me ajudava a transferir a panqueca para uma travessa próxima. Elas estavam empilhadas perfeitamente em uma bandeja dourada. —Ok, agora, vamos ver você fazer uma sozinha. —Sem problemas. —Eu disse com um ar de confiança presunçosa. Eu vou mostrar a ele. Mas quando eu movi a espátula sob outra panqueca, sua mão direita se juntou à sua esquerda sobre meu outro seio. Ele começou a amassá-los, apertando e circulando. Meus mamilos endureceram sob o tecido do meu biquíni e enviou excitação direto para o meu núcleo. Um arrepio quente atingiu minha espinha quando senti sua própria excitação pressionando contra meu traseiro. Oh Deus! E então uma mão deslizou sob minha parte inferior do biquíni e fez um caminho mais curto para o meu cl*tóris. E foi isso. Com um gemido alto, eu lancei a panqueca. Ele saiu voando e pousou a dois metros longe de mim no chão de madeira branca. —Foda-se! Eu não tinha certeza se estava reagindo à minha gafe na cozinha ou para o que estava cozinhando entre as minhas pernas. As coisas estavam aquecendo rapidamente. E, como se as coisas não pudessem ficar mais fora de controle, eu me contorci e acidentalmente derrubei a tigela de massa. Plaft! Enquanto a tigela de cerâmica não quebrou, uma piscina de massa se espalhou ao redor dos meus

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pés. Pegando toalhas de papel do rolo da bancada, me agachei e fiquei de quatro para limpar a bagunça que eu tinha feito. —Sinto muito. —Eu gemi, impossivelmente tentando limpar a bagunça pegajosa. Eu saturei uma toalha de papel após a outra. Por que eu tinha que ser Jen Calamidade? —Não sinta. — Eu podia ouvir diversão na voz de Blake. —Adoro ver uma mulher de quatro. —Eu totalmente fodi o café da manhã. —Não, você não fodeu. O café da manhã está prestes a ser servido. Antes que eu pudesse dizer uma palavra, Blake se abaixou no chão e, em um movimento suave, abriu minhas pernas e puxou para baixo a parte de baixo do meu biquíni. Ajoelhado atrás de mim, o meu rabo levantado no ar e pernas abertas, ele penetrou na minha bucet*, polegada por polegada deliciosa. Deixei escapar um gemido alto. —Você tem sido uma má aluna. —Ele rosnou. —Sinto muito. —Eu rosnei quando ele começou a bater em mim por trás. Meus seios e rabo de cavalo espalharam a massa derramada enquanto eu balançava meus quadris para satisfazer seus impulsos. —Você precisa ser punida. Sem aviso, senti uma picada leve sobre uma das nádegas da minha bunda. Eu gritei. Ele me deu um tapa novamente um pouco mais forte. Ele não estava usando sua mão. Era a espátula. Ele continuou a bater na minha bunda enquanto empurrava em mim. A dor misturou com o prazer. Gemidos eróticos e grunhidos escaparam da minha garganta. Parecia incrível! —Você gosta disso. —Ele murmurou com um puxão deliciosamente doloroso do meu rabo de cavalo que me fez levantar a cabeça para longe do chão.

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Eu simplesmente assenti enquanto minha bucet* agarrava seu pênis quente. Ele estava batendo no meu ponto G novamente e novamente. Apertei meus olhos fechados quando meu org*smo subiu dentro de mim. Com outro puxão do meu rabo de cavalo, eu gritei e implodi. —Foda-se! —Gritou Blake enquanto sua própria libertação poderosa encontrava a minha. Ele dobrou-se em cima de mim, e depois da nossa respiração estabilizada, ele me levantou então eu estava sentada no meu calcanhar, em seus braços. Girei minha cabeça para encará-lo. Um brilho malicioso brilhou em seus olhos e um sorriso malicioso curvou seus lábios. Segurando-me em um braço, ele mergulhou um longo dedo indicador na massa e, em seguida, colocou-o em meus lábios. —Sugue. —Ele ordenou. —Mmm. —Eu gemi enquanto a minha boca sugava seu dedo e saboreava a doçura. Ele lambeu o pouco que tinha em meus lábios. —Mmm. —Ele repetiu. —Você é deliciosa o suficiente para comer. Vire-se e tire a camisa. Fiz o que ele pediu, deslizando a camisa dos meus ombros, e olhei para ele. Estudei suas feições. Essa boca enlouquecedora estava curvada e aqueles olhos azuis brilhavam com malícia. Oh sim. Sr. Bad Boy estava tramando algo. Num piscar de olhos, ele arrancou minha parte superior do biquini e prendeu-a em torno da minha cabeça como uma venda nos olhos. —Blake, eu não posso ver. —Essa é a intenção. Agora, não se mexa. —Disse ele enquanto eu o ouvi mexer seus pés. Cada músculo do meu corpo se contraiu em antecipação do que viria a seguir. Quando seu hálito quente aqueceu meu rosto, eu sabia que ele estava de volta ao chão. Uma sensação de cócegas inesperada ultrapassou os meus

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sentidos. Ele estava chuviscando um líquido quente em mim. Ele começou no meu pescoço, e, lentamente, o líquido desceu pelo meu peito e para os meus seios. O cheiro familiar doce penetrou meu nariz. Puta merda. Ele estava me encharcando com xarope de bordo. Ele circulou meus mamilos com o líquido derretido e deixou-o escorrer nas pontas. Minhas costas involuntariamente arquearam e deixei escapar um gemido. —Você gosta disso? —Ele ronronou. —Oh sim. —Eu ronronei de volta. —Você parece tão comestível. Com um hálito quente, os lábios de veludo e língua estavam em meus seios, chupando e lambendo o xarope doce. Oh Deus! Eu podia sentir meu próprio xarope escorrer entre as minhas pernas. —Esta é a melhor porra de panqueca. —Ele murmurou em meu decote após lambê-lo. —E isso só vai ficar melhor. Com a boca ainda agarrada ao meu seio, ele escorreu xarope de bordo para baixo no meu torso, sobre as minhas costelas, e, em seguida, derramou-o no meu umbigo. Ele arrastou sua língua lentamente pelo meu corpo, lambendo a calda. A ponta mergulhou em meu umbigo e acendeu a pequena lareira. Oh Deus! Eu nunca soube o quão sensível essa parte do meu corpo era. Arrepios explodiram na minha pele. —Mmm. Você é tão deliciosa. —Disse ele sem fôlego. —Café da manhã pode ser minha nova refeição favorita. Na minha mente, eu podia ver o prazer em seu rosto. Foi tão delicioso para mim quanto foi para ele. Eu gemia sem palavras. —Agora, eu quero provar a sua bucet* doce. — Ele abriu minhas pernas. Um suspiro escapou dos meus lábios. E um arrepio percorreu minha espinha enquanto o xarope de bordo escorria do meu corpo e ia direto para minha bucet*. Eu podia sentí-lo despejar uma quantidade generosa. Ele usou os

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dedos para esfregá-lo em minhas dobras sensíveis. Isso misturou com meu xarope doce que já revestia minha fenda. Eu não conseguia parar de gemer. Ainda com os olhos vendados, senti sua respiração quente entre minhas pernas, me aquecendo. —Oh, baby, você cheira tão bem. Tão doce. Eu vou te comer. Minha cabeça caiu para trás quando a ponta de sua língua encontrou meu cl*tóris. —Oh sim. —Ele gemeu. —Oh Deus, Blake. —Eu gemi. Nada tinha me preparado para o toque de sua língua quente e talentosa. O golpe macio foi seguido por voltas fervorosas. Volta após volta. Meu homem estava faminto. Voraz por mim. Louco com a luxúria. Meus dedos se enredaram em seu cabelo sedoso e úmido enquanto eu o deixava saborear a doçura entre as minhas coxas. Lambendo cada pingo doce, a pressão pulsante aumentou, levando-me ao ponto de não retorno. A venda só aumentou a sensação. Meu rosto contorceu e minha respiração ficou irregular. Ele estava me devorando. Eu pensei que fosse pular para fora da minha pele. Honestamente, eu não aguentava mais. —Você tem um gosto tão bom pra caralho. —Blake murmurou, incapaz de obter o suficiente de mim. —Faça-me gozar. —Eu gritei. —Estou quase lá. —Ele respirou em minha latejante bucet*. Ele chupou meu cl*tóris e eu gozei com um rugido gritando seu nome. Oh. Meu. Deus. Blake puxou meu corpo tremendo em seus braços e arrancou a parte superior do biquini dos meus olhos. Piscando várias vezes esquanto eles se ajustavam à luz, eu o vi todo molhado. Um sorriso triunfante presunçoso curvava em seu rosto.

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—Você já teve o suficiente de café da manhã? — Ele beijou meus lábios. Eu podia me provar nele. Todo doce e pegajoso. —Mmm. — Eu olhei para a garrafa de xarope de bordo que tinha usado no chão e, em seguida, meu olhar se desviou para sua virilha. Havia uma protuberância considerável sob o tecido de sua roupa de banho. Eu sorri timidamente e respondi à sua pergunta. —Não, Blake. Eu estou desejando um pouco daquela salsicha. Tire seu calção. Suas sobrancelhas se ergueram e ele sorriu aquele sorriso torto sexy. —Sabe, querida, eu amo uma menina com um apetite saudável que entende o meu. — Ele rapidamente fez o que eu pedi, e em algumas respirações quentes, ele estava ajoelhado diante de mim, totalmente nu com seu pau gigante apontado para mim. Seu sorriso se alargou e seus olhos brilhavam ousadamente. Ainda sentada para trás em meus calcanhares, alcancei o xarope e pinguei uma gota na sua coroa. Abaixando minha cabeça, eu a lambi com a minha língua. Seu pênis saltou. —Mmm. — Eu lambi meus lábios. Pinguei mais algumas gotas, desta vez rolando a minha língua ao redor da borda larga. —É tão bom. —Eu gemi quando ele assobiou. Na verdade, era uma combinação inebriante de doce e salgado, mas a doçura do xarope prevaleceu. Blake soltou um gemido gutural. Ergui a cabeça e encontrei seu olhar. —Blake, eu tenho que te dizer uma coisa. Suas sobrancelhas arquearam. —O que pode ser isso? —Eu sempre amei salsicha nadando em calda.

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Sorrindo, Blake me olhou com astúcia, sabendo muito bem onde o café da manhã ia chegar (sem trocadilhos). —Sim, esse é o jeito que eu gosto, muito. —Ele respondeu enquanto eu encharcava o seu comprimento monstruoso com o líquido dourado. Acabei usando o restante da garrafa. Deixando cair a cabeça de novo, eu passei meus lábios em torno de sua coroa e suguei. Tão bom. —Mmmmmm. — Eu cantarolei. Eu estava com tanta fome e excitada, que poderia comê-lo todo. Ele soltou outro gemido, este mais profundo e mais alto. —Tigresa, pegue tudo. — Eu senti sua grande mão na minha cabeça, persuadindo-me a ir para baixo sobre ele. Lentamente, eu arrastei minha boca para baixo em seu eixo rígido, saboreando o sabor de bordo ao longo do caminho. —Oh, sim. — Ele assobiou novamente, liberando minha cabeça enquanto eu fazia o caminho de volta. —Mais forte, mais profundo. —Ele gemeu. Desta vez eu trabalhei minha boca em seu comprimento grosso quente, arrastando meus dentes levemente ao longo da veia pulsante, até que eu pude sentir a ponta tocar o fundo da minha garganta. —Jesus, tigresa. Isso é tão bom, pra caralho. Seu elogio me inspirou a repetir os movimentos e pegar velocidade. Eu me ouvi cantarolando enquanto trabalhava em seu pênis rapidamente e furiosamente. Meus sons guturais harmonizavam com seus gemidos selvagens. Sua imensidão encheu as cavidades do meu rosto e, em algum momento, eu pude sentí-lo pulsando dentro da minha boca. Preparando-se para o org*smo. —Jen, baby, eu vou gozar. Você está pronta? Eu concordei e desci sobre ele mais uma vez. Enquanto eu o levava, seu órgão explodiu profundo dentro da minha boca, jorrando esperma quente na

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minha garganta. Apertei os olhos e engoli. Minha boca ficou presa em seu pênis enquanto lentamente puxei para fora. Levantando minha cabeça, eu abri meus olhos e encontrei os seus. —Foda-se, tigresa, esse foi o melhor boquete que eu já tive. Olhei para o seu pau. Ele ainda estava semiereto, brilhando com uma combinação de gozo, saliva e xarope. Ainda assim, parecia comestível. Minha língua molhou meus lábios. —Minha mãe sempre me disse para limpar meu prato. Nunca deixar sobras. —Eu disse enquanto me curvava e lambia os deliciosos restos de nossa panqueca e salsicha de café da manhã. Ele gozou novamente. Ele soltou uma respiração quente. —Sua mãe lhe ensinou bem. — Ele levantou minha cabeça pelo meu rabo de cavalo e bateu a boca na minha. ****** Depois do almoço, eu queria tomar outro banho. Nós dois estávamos tão suados e pegajosos. Blake teve uma ideia melhor. Dez minutos mais tarde, depois de descer as escadas íngremes da falésia que levava a uma praia privada, estávamos pulando ondas no oceano. Apesar de ser uma nadadora competente, eu estava com um pouco de medo do oceano. Mas Blake me segurou em seus braços fortes enquanto enfrentávamos as ondas violentas. Como sempre, ele me fez sentir segura. Beijei-o muitas vezes enquanto ondas lambiam meu cl*tóris. Depois de meia hora, Blake tirou-me do oceano e me pôs na areia quente. Eu estava toda molhada, e embora o mergulho tenha sido refrescante, eu estava um pouco gelada. Eu estava ansiosa para me enrolar em uma das grandes toalhas de praia que tínhamos trazido. Secando, não pude deixar de notar como realmente Blake parecia um deus. Ele era muito maior do que eu. Portanto, muito mais poderoso. Cada músculo finamente malhado brilhava à luz do sol e na sua pele dourada, manchas de água do mar salgado brilhavam como pó de fada. Havia algo tão sexy sobre ele, com o

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cabelo penteado para trás e seus olhos azuis focados em mim brilhando como jóias. Eu juro, eu queria pular nele. Passando a mão grande por seu cabelo escuro cintilante, ele pegou meus olhos sobre ele. —Você está olhando para mim de novo, tigresa? Eu sorri timidamente e senti-me corar. —Eu não posso me conter. Às vezes, Blake, eu não acho que você é real. Um sorriso diabólico estampou em seu rosto. —Acredite em mim, baby. Eu sou real. Senti minha toalha e biquíni caírem de mim e, ao som de uma onda quebrando, eu estava rolando na areia com ele. —Você vai me foder? — Eu ri. —Esse é o plano. —Mas você não tem um pau enrugado? — Eu li uma vez que os órgãos dos homens enrugavam na água salgada e fria. Ele sorriu enquanto tirava sua sunga. —Isso não se aplica a mim. Meus olhos se arregalaram. Não, isso não aconteceu. O pau de Blake em toda sua glória estava pronto para a ação. Eu gritei seu nome enquanto ele rolava em cima de mim e mergulhava seu pau na minha bucet*. Outra primeira vez. Eu estava sendo fodida, na praia. Em um leito de areia. —Isso. Parece. Real. Para. Você? —Ele batia em mim em cada palavra. —Sim. —Eu engasguei. Tão real. Tão bom. Tão certo. Ele continuou a bater impiedosamente em mim. Suas mãos estavam ancoradas na areia enquanto as minhas estavam cravadas em sua carne

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musculosa. O calor da areia debaixo de mim contrastava deliciosamente com a frieza de seu corpo molhado do mar acima de mim. Seus olhos brilhavam feroz com paixão e determinação. —Você quer mais forte, tigresa? —Ah sim. Ele obedeceu e grunhidos acompanharam os golpes poderosos, cada um tão profundo que atingiu o meu ponto G. Seu osso púbico esfregou contra o meu cl*tóris e os meus mamilos endureceram com o prazer erótico da fricção do seu peito. As ondas do mar quebrando soaram em meus ouvidos enquanto minhas próprias ondas gloriosas começavam a ondular dentro de mim como um tsunami. Meus gritos competiam com as gaivotas grasnando e grunhidos e gemidos de Blake. Eu estava prestes a ter um org*smo de proporções épicas. —Oh, Blake, eu vou gozar forte. — As palavras saíram sufocadas. —Espere, baby. No próximo impulso profundo e poderoso, nós atingimos o clímax juntos, com seu org*smo maciço superando o meu mar de ondas violentas. Lágrimas escorreram dos meus olhos quando ele gritou meu nome. Ele caiu com a cabeça sobre meus seios como se fossem dois travesseiros macios e respirou audivelmente contra eles. Passei meus dedos pelo cabelo sedoso e úmido e acariciei suas costas aquecidas pelo sol, apreciando as ondas quentes de seus músculos debaixo da minha mão. Lágrimas continuavam a rolar pelo meu rosto. Ah, como eu o amava, muito mesmo. Nós ficamos nesta posição por alguns minutos, com seu pau enterrado dentro de mim. A música do mar brincava na minha cabeça enquanto o seu corpo quente me protegia da brisa fresca do oceano. Eu não queria perdê-lo, e com esse pensamento, meus braços estavam firmemente em torno dele, querendo segurálo para sempre. Eu precisava ouvi-lo dizer essas três palavras novamente. Como se ele ouvisse meus pensamentos, ele levantou a cabeça e olhou nos meus olhos. Ele me disse que me amava e que eu era a sua tigresa. Meu coração derreteu quando minha insegurança apareceu. Eu tinha que parar de pensar que eu

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poderia perdê-lo ou isso iria me machucar. Ele me encheu de beijos e minhas preocupações se dissiparam. Lentamente, ele saiu de mim e rolou para fora do meu corpo. —Fique aí. —Ordenou. —Você está tão bonita. Eu quero tirar algumas fotos. Eu pulei para uma posição sentada. Meu corpo estava coberto com areia da cabeça aos pés. Eu tentei arrumar o meu rabo de cavalo cheio de areia úmida. Foi inútil. —Blake, não! Eu estou terrível. —Eu rapidamente limpei um pouco da areia e alisei meu cabelo. —Confie em mim, você está linda. —Respondeu ele quando se inclinou para pegar o seu iPhone na toalha de praia que tínhamos trazido. Ele sentou-se com as pernas cruzadas ao meu lado. —Vamos tirar alguns selfies. —Não. —Eu protestei novamente. —Eu estou uma bagunça. —Você está perfeita. — Ele me puxou para os seus braços e divertidamente beijou meus lábios enquanto segurava seu telefone. Clique. —Agora sorria. — Clique. Eu beijei-o no rosto. Clique. —Faça uma cara engraçada. — Nós dois colocamos nossas línguas para fora. Clique. Nossas línguas se encontraram. Clique. E nos beijamos novamente. Depois do beijo quente de boca aberta, Blake insistiu em tirar algumas fotos individuais de mim. —Contanto que eu não esteja nua. Apenas meu rosto. —Promessa. Palavra de escoteiro. —Com a mão livre, ele me deu o sinal de mão com três dedos e, em seguida, se agachou na minha frente. Eu atirei-lhe um olhar sujo brincalhão. —Você nunca foi um escoteiro!

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—Não. Palavra de escoteiro. —Ele riu quando clicou. Depois de uma dúzia de fotos, eu implorei para ver as fotos, só para ter certeza de que o Sr. Bad Boy não tirou nenhuma comigo nua. Antes que ele pudesse dizer uma palavra, eu peguei o telefone da mão dele e apertei o rolo da câmera. Uma quantidade de fotos instantâneas encheu a tela. Meus olhos saltaram, e meu coração deu uma cambalhota forçada no meu peito. Tremendo, eu cliquei na imagem que eu não poderia colocar meus olhos. O telefone foi silenciado, mas eu não precisava de som. Meu queixo caiu quando eu assisti a um vídeo que Blake tinha feito. O vídeo de Bradley e sua higienista, Candace, tateando um ao outro em um abraço aquecido. Perto de hiperventilar, meu coração disparou e minha respiração ficou ofegante. A voz de Blake invadiu o meu estado de choque. —Viu, baby, você pode confiar em mim. Parei o vídeo, eu não precisava vê-lo até o fim, e finalmente a minha boca se moveu. —Como você pôde? —Do que você está falando? —Você fez aquele vídeo de Bradley com sua higienista e o enviou para mim? Você é Charles Palmer Terceiro? Apertando os olhos fechados, Blake jogou a cabeça para trás e murmurou três palavras. —Porra. Porra. Porra. —Foda-se! —Lágrimas de raiva brotaram em meus olhos. —Como você pôde fazer isso comigo? Blake passou a mão pelo cabelo e sugou o ar. —Baby, eu queria te salvar. —Salvar-me? — Minha voz trêmula tinha subido uma oitava. —Salvar-me do primeiro homem que eu amei? O homem com quem eu ia casar? —Eu

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balancei minha cabeça enquanto as lágrimas escorriam pelo meu rosto. —Não, você queria destruí-lo. —Você merecia coisa melhor. Eu limpei minhas lágrimas. —Oh sim? Alguém melhor? Como algum bastardo como você? —Jennifer, eu não tive a intenção de te machucar. Honestamente. —Bem, você me machucou, seu mentiroso conivente e bastardo. — Eu me levantei para colocar o meu traje de banho novamente. —Aqui... Leve seu telefone do caralho. Eu vou sair daqui. —Ficando de pé, eu arremessei o telefone para ele. Ele conseguiu pegá-lo enquanto eu me afastava. —Espere! —Não se atreva a me seguir! —Eu gritei sem me virar para olhar para ele. Com lágrimas me cegando, eu me arrastei pela areia quente o mais rápido que pude, com meus pés afundando profundamente nos grânulos cintilantes. Pensamentos sombrios bombardearam minha mente. Que porra de doente faria algo assim? Como eu poderia me apaixonar por alguém assim? E como é que eu iria trabalhar para ele? A brisa do mar enviou um arrepio pela minha espinha enquanto lágrimas quentes queimavam meu rosto. Eu precisava sair daqui e limpar a minha cabeça. Arrumar minhas coisas e chamar um carro da Lip Service. Sim, isso é o que eu faria. Minhas pernas doíam de correr na areia, mas quanto mais cedo eu pudesse sair daqui, mais longe do bastardo, melhor. Não muito longe da íngreme escada do lado do penhasco que levava ao palácio de vidro de Jaime e Glória, uma dor aguda apunhalou meu pé direito. Gritando um alto “Ownn”, eu parei e estremeci quando a dor aguda irradiou pela minha perna. Equilíbrando na minha perna esquerda, examinei a sola do meu outro pé. Porra. Eu pisei em um pedaço de vidro, e o fragmento de três polegadas estava aparecendo no fundo do meu arco. Sem mais pensar, eu apertei meus olhos e puxei-o para fora. As lágrimas desciam pelo meu rosto enquanto eu soltava um grito alto de dor. Segurando o caco, eu examinei os danos. Fiquei com um corte profundo, irregular; sangue derramava

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enquanto a náusea subia no meu peito. Eu nunca fui boa com sangue. Abaixando meu pé na areia, eu me apoiei de modo a não deixar entrar areia na ferida. A localização do corte fez isso impossível. Tentei andar pelo meu calcanhar; mas não estava funcionando. Eu ponderei meu próximo passo enquanto o sangue embebia os grãos de areia. Quando ouvi Blake me chamando e chegando mais perto, eu peguei o meu ritmo. Eu tentei colocar meu pé no chão, mas a dor era demais. Eu quase me dobrei. Levantando o meu calcanhar para trás, eu me forcei a continuar. A hemorragia piorou, e uma sensação de tontura me atingiu. —Jen! Antes que eu pudesse dar mais um passo agonizante, duas mãos fortes agarraram meus ombros, me segurando. Blake. —Solte-me. —Eu gritei através das minhas lágrimas. Para meu alívio, ele me soltou, e eu manquei me afastando. Eu gemia a cada passo. A dor era insuportável. Blake se arrastou atrás de mim. —O que está errado? Por que você está mancando? —Eu pisei em um pedaço de vidro. —Eu soltei, sem abrandar. Minhas lágrimas estavam borrando minha visão e a perda de sangue foi tomando seu lugar. Eu era um desastre ambulante. Perdendo a resistência, eu tropecei. Pouco antes de eu ir para a areia, Blake me pegou. Seu braço forte apertou minha cintura. —Deixe-me ver o seu pé. — Relutantemente, eu levantei meu pé para mostrar-lhe o dano. —Segure-se em meu ombro por um minuto. — Movi a minha mão para seu ombro largo. Enquanto o apoiava e suprimia um gemido, ele se agachou e examinou minha ferida. —Jesus. Isso está muito profundo. —Eu olhei para o meu pé e estremeci. Ele parecia como se alguma criança tivesse derrubado um pote de pintura a dedo vermelho sobre ele. Era uma tremenda confusão sangrenta.

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—Você vai precisar levar pontos. —A única coisa que eu preciso é ficar longe de você. —Eu respondi a ele. —Eu vou te levar para casa depois de eu levá-la para uma sala de emergência. Esse corte vai ficar infectado se não for tratado adequadamente. —Deixe-me sozinha. — Eu botei para fora as palavras, com minha força física e emocional diminuindo. Eu tentei colocar pressão sobre meu pé, mas foi inútil. Olhei lamentavelmente para as assustadoras escadas laterais do penhasco à minha frente. Como eu ia subir todos aqueles degraus irregulares e íngremes? Deve haver uma centena deles. Talvez mais. —Suba nas minhas costas. —Blake ordenou, ainda de cócoras. —Ou você vai sangrar até a morte aqui. Eu ia morrer? Na minha cabeça, eu fantasiei a manchete do The

Hollywood Reporter: Aspirante à produtora p*rnô é encontrada morta na famosa residência em Malibu. Legenda: “Causa da Morte sendo investigada.” A voz de Blake me atirou de volta à realidade. —Só faça isso, porra! — Ele parecia frustrado e desesperado. Não havia nenhuma maneira de subir esses degraus. Eu não tinha escolha. Segurando-o para ter equilíbrio, eu pulei atrás dele e, então, o montei, enrolando minhas pernas em volta de sua cintura e passando os braços ao redor de seus ombros. Ele levantou-se. —Segure-se. —Ordenou ele quando começou a marchar através da areia comigo em suas costas. Aumentei meu aperto em torno dele como se minha vida dependesse disso. Porque ela dependia. Seus músculos ondulavam contra o meu peito, e eu podia sentir seu peito subir e descer a cada passo. Gotas enormes de sangue caíam na areia, deixando um rastro atrás de nós enquanto nós seguíamos em frente. Eu não sei como ele fez isso, provavelmente graças a subir todos os degraus das escadas em Santa Monica, mas ele nos levou pela lateral do penhasco

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impossível, passo a passo íngreme. Ele ainda nem estava sem fôlego quando chegamos ao topo. Ele estava, obviamente, no topo da forma de tanto malhar. Ele gentilmente me colocou em uma das cadeiras estofadas do balanço de vime na varanda. Notei pela primeira vez que eu tinha deixado sangue por todo seu calção de banho e havia vestígios dele no lado de sua perna também. Sangue rapidamente caiu sobre as pranchas de madeira. Enquanto eu silenciosamente enlouquecia, Blake agarrou a toalha que estava caída sobre o encosto da cadeira e me disse para pressioná-la contra a ferida aberta. Inclinando para frente, eu coloquei minha perna lesionada sobre o meu outro joelho, e fiz o que ele pediu. Merda. Isso estava doendo. —Espere aqui. Eu já volto. —Disse ele, correndo para dentro da casa. Acredite em mim, eu não ia a lugar nenhum. Eu não estava em condições de andar, mesmo se quisesse. A perda de sangue havia me deixado tonta. Eu me sentia fraca e estava grata por estar descansando na cadeira confortável. Lembrando que eu ainda estava segurando o pedaço de vidro na minha outra mão, eu o coloquei sobre a pequena mesa redonda ao meu lado. Pelo menos, ninguém iria pisar nele novamente. Blake estava de volta em algum momento com uma bandeja de primeiros socorros. Uma caixa de Band-Aids, uma garrafa de peróxido, e um pano limpo. Colocando tudo sobre a mesa, ele ficou de joelhos. Ele tirou a toalha manchada de sangue e examinou meu pé. O sangue escorria sobre suas coxas, mas ele parecia alheio. Suas sobrancelhas estavam franzidas. —Isso vai doer. —Ele disse suavemente enquanto embebia o pano com o peróxido. Segurando meu tornozelo, ele passou o pano umedecido sobre a laceração. Eu gritei e quase saltei da cadeira de vime. —Que porra você está fazendo? Você não me machucou o suficiente? Seus olhos ficaram focados no meu pé.

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—Eu preciso limpar isso. Tirar a areia. Mordi meu lábio inferior enquanto ele assistia o corte. A expressão em seu rosto era intensa. Depois de mais algumas pinceladas, ele jogou o pano encharcado de sangue e abriu a caixa de Band-Aid. Freneticamente, um por um, ele rasgou as ligaduras de plástico com os dentes e colocou-os sobre meu corte aberto. Eles eram brancos com pequenos corações cor de rosa no centro. Ele deve ter usado toda a caixa, porque uma montanha de embalagens estava no deck. Não havia um único deixado para o meu coração partido. Sua testa enrugou enquanto inspecionava seu trabalho. —Porra. Isso não está funcionando. Você está sangrando através de todos os Band-Aids. Não se mexa. Eu estarei de volta novamente. Ele voltou rapidamente. Desta vez com outra toalha branca seca em uma mão e um cinto de couro na outra. Um dos vestidos florais que Gloria tinha me presenteado estava estendido sobre seu antebraço esculpido. Agachado, ele apressadamente dobrou a toalha em um quadrado grosso e apertou-o com força contra a minha ferida que sangrava. Outro suspiro alto de dor escapou da minha garganta. Seu olhar encontrou meus olhos lacrimejantes. —Eu sinto muito. Eu não tive a intenção de te machucar. Eu achei amargamente irônico que ele tivesse acabado de repetir as palavras que ele disse em um contexto diferente há pouco tempo. Eu não sabia o que doía mais... A ferida na sola do meu pé ou a ferida na alma e no meu coração. De uma, sangue derramava; da outra, lágrimas. Eu vi quando ele amarrou o cinto de couro em torno da bandagem improvisada no meu pé. —O que você está fazendo? — Eu perguntei, com minha voz nada mais do que um sussurro rouco. —Fazendo um torniquete para estancar o sangramento.

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—Onde você aprendeu a fazer isso? —Escoteiros. Eu quase bufei, mas ele me entregou o vestido de verão floral antes que eu pudesse emitir um som. —Eu pensei que você pudesse querer colocar isso. Você precisa de alguma ajuda? —Seus olhos desesperados procuraram os meus. —Não. —Depois da minha resposta de uma só palavra, eu coloquei o vestido sobre minha cabeça e meus dois braços através das alças finas. Eu deslizei a saia do vestido pelas minhas coxas. Embora a temperatura estivesse amena, eu comecei a tremer. A perda de sangue estava causando estragos no meu corpo. Senti-me fria, quebrada, e vazia. Com os dentes batendo, eu cruzei os braços sobre o peito. —Nossa. Você está congelando. —Disse Blake. Sem perder um segundo, ele agarrou uma colcha dobrada sobre uma espreguiçadeira ao lado do oceano azul e envolveu-a em torno de mim. A próxima coisa que eu sabia, era que eu estava em seus braços, embalada como um bebê. —Há um centro de cuidados urgentes a algumas milhas abaixo na PCH. Nós estaremos lá em algum momento. Cansada, eu descansei minha cabeça contra seu peito enquanto nós fomos até seu carro. Eu não queria nenhuma parte dele, mas eu estava aqui toda sua.

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Capítulo 13 Blake

Demorou uma curta viagem de quinze minutos para chegar ao centro de cuidados urgentes. A viagem tinha sido tão dolorosa para mim quanto foi para ela. Fomos mergulhados em um silêncio frio, lutando com nossas emoções. Jennifer manteve o rosto pálido e afastado de mim, olhando para o mar à sua direita. Eu me perguntava o que estava acontecendo em sua mente. Com certeza, nada de bom. O que tinha começado como um glorioso fim de semana romântico tinha terminado em desastre. Eu estacionei meu carro no primeiro local disponível. Havia apenas alguns outros carros, todos estacionados em espaços reservados - obviamente, para os médicos, enfermeiros e paramédicos que trabalhavam aqui. Parecia que éramos os únicos aqui com emergência no Dia de Ano Novo. Eu pulei do carro e dei a volta para ajudar Jen a sair de seu assento e levá-la para o centro. —O que posso fazer por você? —Perguntou uma recepcionista gorda e ruiva. Alisando sua blusa com a estampa da Minnie Mouse, ela olhou para Jennifer. —Intoxicação alimentar? Houve um monte disso hoje. As pessoas devem estar comendo algum peixe ruim. —Não. Minha namor... —Eu parei a tempo. —Ela pisou em um pedaço de vidro; Eu acho que ela precisa de pontos. A recepcionista baixou os olhos para o pé de Jennifer. —Nós temos um monte disso também. Malditos vagabundos quebrando garrafas em nossas praias. Era improvável que um desses, ou qualquer um nesse nível, tivesse invadido a propriedade em frente à praia privada dos Zanders. Muito provavelmente, o vidro tinha chegado lá durante a construção de sua casa. Não ia, no entanto, valer a pena explicar a esta mulher cabeça-dura.

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—Ela precisa preencher alguns formulários. Presumo que ela tenha seguro. —Sim. —Jennifer assentiu. A recepcionista pegou uma prancheta com alguns formulários e uma caneta ligada a ela. Ela levantou-se e entregou-a à Jennifer. —Sente-se em algum lugar, e quando você terminar de preencher a papelada, eu vou chamar alguém para levá-la para ver o médico de plantão. Jennifer deu um leve sorriso. Eu nos levei à duas poltronas. Ela manteve o pé sobre a mesa de café na frente de nós enquanto ela preenchia os formulários. —Pronto. —Disse Jennifer. Obviamente, a cadela recepcionista preguiçosa não ia deixar seu trono, por isso, tomei a liberdade de entregá-los a ela. Ela olhouos rapidamente e, em seguida, pediu uma cadeira de rodas. Um atendente chegou imediatamente, empurrando uma. Ajudei Jennifer a levantar-se e situarse na cadeira. —Você quer que eu vá com você? —Perguntei. —Eu quero que você saia. — Sua voz era tão fria quanto gelo seco. Meu coração doía enquanto ela era levada para longe. Não havia nenhuma maneira de deixá-la aqui sozinha, ela gostando ou não. Eu afundei de volta na minha cadeira e tirei meu iPhone para checar meus e-mails e textos. Mas havia algo que eu precisava fazer primeiro. Excluir o vídeo. Com um aperto indignado do meu dedo, eu fiz isso desaparecer. Foda-se esse telefone! Foda-se Operação Dickwick! Como eu poderia ter sido tão estúpido para não ter apagado o vídeo? Estúpido, eu sou estúpido. Talvez o que me fez estúpido em primeiro lugar foi fazê-lo. Enviá-lo para ela sob uma falsa identidade era uma coisa de merda a se fazer. Eu não fui apenas estúpido. Eu fui um idiota estúpido de merda! Eu tinha fodido um grande momento. Eu consegui levá-la para longe de Dickwick, mas agora eu era o idiota com um preço a pagar. Eu sabia que ela nunca iria querer me ver novamente, e eu não tinha ideia de como iríamos trabalhar juntos. Ela ia dizer adeus ao seu trabalho também?

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Enquanto Jennifer estava sendo tratada, eu bati em mim mesmo. Eu não tinha solução para o dano que tinha causado. Desculpe. Eu não queria magoar você e não queria que você se cortasse. Não com alguém como Jennifer. Eu ia ser seu bastardo para sempre. Quarenta e cinco longos minutos e vinte pontos mais tarde, Jennifer ressurgiu da sala de emergência. Seu pé estava mumificado em faixas, e ela estava de muletas. Levantei-me enquanto ela mancava na minha direção. Seu rosto ainda estava pálido e aflito. —Vou levá-la para casa. —Eu disse calmamente, desejando tomá-la em meus braços, muletas e tudo. —Não há necessidade. Eu pedi a uma enfermeira para chamar o Lip Service. Um carro deve chegar a qualquer minuto. Fiquei surpreso. —Você tem certeza? Sério, não é fora do meu caminho. —Não há nada a discutir. — Sua voz ainda estava gelada. —Pelo menos me deixe pagar por isso. —Eu implorei. —Não há necessidade. —Ela repetiu. —Eu coloquei em meu cartão de crédito. Um homem de aparência estrangeira corpulento entrou pelas portas automáticas. —Srta. McCoy? —Ele perguntou, procurando os olhos desesperados de Jennifer. Obviamente, ele era o cara da Lip Service. Jennifer assentiu e o seguiu para fora, lutando com suas muletas. Meus olhos nunca a deixaram, com as muletas e as faixas sendo um lembrete de toda a dor que lhe causara. Maldição. Pela primeira vez na minha vida, eu me odiava.

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Capítulo 14 Jennifer Graças a Deus, eu tinha uma conta de um serviço de táxi Lip Service on-line como alternativa que foi rapidamente se tornando uma das melhores maneiras de me locomover em torno de L.A. se você não tiver um carro ou não for capaz de dirigir um. Meu cartão de crédito estava em seus arquivos. E eu usei esse serviço para ir para casa. —Que porra aconteceu com você? —Perguntou Libby, com os olhos arregalados, enquanto eu estava na porta da frente em minhas muletas. Era apenas um pouco depois das cinco. Foi uma coisa boa que ela estivesse em casa porque eu tinha deixado minha bolsa com a minha carteira e as chaves na casa de praia. Ela continuou a reclamar. —E por que não soube de você? Quando você voltou de Boise? Em retrospecto, eu deveria ter deixado Libby saber o que estava acontecendo. Eu não tinha falado ou mandado mensagem durante esse intervalo. Eu respirei fundo. —Eu tenho muito a dizer. —Eu murmurei enquanto eu mancava para a sala. Eu ainda não tinha aprendido o jeito de me locomover com muletas, e, além disso, fazia minhas axilas doerem. Felizmente, o médico gentil que tinha costurado meu pé disse que eu só teria que usá-las por uma semana. Até então, a dor iria estar menor e haveria pouca chance de infecção, enquanto eu mantivesse o corte bem coberto. Eu caí no sofá, inclinando minhas muletas contra o braço dele. Apoiei meu pé enfaixado na mesa de café, lembrando que o médico queria que o mantesse elevado, tanto quanto possível, pelas próximas vinte e quatro horas. Estendi a mão para uma das almofadas decorativas que enfeitavam o sofá, mas Libby chegou a ela antes de mim.

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—Aqui, deixe-me ajudá-la. —Disse ela, colocando o travesseiro sob meu calcanhar. Eu não poderia pedir uma amiga melhor do que Libby. —Qualquer outra coisa que eu possa fazer? —Um copo de vinho seria ótimo. — Eu raramente bebia antes das seis horas, mas hoje abriria uma exceção. Minha cabeça latejava com tristeza e pesar. —Isso é tudo? — Minha melhor amiga correu para fora da sala e voltou rapidamente com dois copos de vinho branco, um para ela, um para mim. Depois de entregar-me um copo, Libby afundou em sua poltrona favorita. —Agora me diga tudo. Tanta coisa tinha acontecido na última semana, eu não sabia por onde começar. Depois de um gole de vinho gelado, eu deixei as lágrimas escaparem. —Blake Burns e eu nos apaixonamos, e agora acabou. Os olhos de Libby praticamente pularam para fora das órbitas e seu queixo caiu no chão. Eu nunca a tinha visto tão atordoada. —Você está brincando comigo? Eu balancei minha cabeça. —Por que você não me contou? —Eu não sei, Lib. Eu sinto Muito. Tudo isso só aconteceu tão rápido. Ela olhou para o meu pé enfaixado. —Sexo violento? Eu balancei a cabeça novamente. —Não, fim de semana difícil. —Bem, é melhor começar a explicar. Com um suspiro pesado, eu tomei um longo gole do meu vinho e comecei desde o início. Como Blake Burns foi o homem que eu tinha beijado e me

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apaixonado quando eu joguei aquele jogo de Verdade ou Desafio com os olhos vendados, na noite da minha festa de noivado. Libby engoliu o vinho e piscou os olhos em choque. —Puta merda! Como foi que você descobriu? Eu disse a ela sobre o beijo sob o visco na festa do escritório e, em seguida, como nós tínhamos fodido nossos cérebros depois. —Puta merda! — Ela bebeu seu vinho. —Talvez eu tenha que abrir outra garrafa. Continue falando. Eu disse a ela sobre tudo o que tinha acontecido de volta para casa, sua visita surpresa, sua declaração de amor, a nossa primeira noite juntos no meu quarto, e até mesmo a nossa foda encantada na neve. Riachos de lágrimas derramavam pelo meu rosto quando contei e revivi todos esses momentos mágicos. Libby era todo ouvidos. —Uau! Eu odeio admitir isso, mas ele soa incrível. Eu não entendi. O que aconteceu? Contar tudo sobre Springer me fez voltar ao fim de semana do nosso Ano Novo em Malibu. Eu não podia mais me segurar. Eu rompi em soluços histéricos. —Libby, ele fez algo terrível. Ela olhou para o meu pé enfaixado e seus olhos se arregalaram. —Ele machucou você? Eu balancei a cabeça. —Ele me machucou. Mas não fisicamente. —Fiz uma pausa para afastar as lágrimas. —Libby, eu descobri que foi ele que fez e enviou o vídeo de Bradley e Candace. — Eu disse a ela entre lágrimas. Libby engasgou.

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—De jeito nenhum. Quer dizer, eu nunca gostei de Bradley, mas isso é totalmente assustador. Que bastardo fodido da porra! —Eu sei. Eu não podia acreditar. Eu corri o mais rápido que pude, mas pisei em um pedaço de vidro. —Eu ajustei meu pé enfaixado sobre o travesseiro. — Vinte pontos fodidos. —Coitadinha. —Consolou Libby quando ela se aproximou para enxugar minhas lágrimas com um guardanapo de papel. —Eu não posso acreditar que isso tudo aconteceu. —Lib, você tem que prometer que não vai contar a ninguém no trabalho sobre Blake e eu. —Eu prometo. —Minha amiga boca grande olhou para baixo novamente no meu pé. —Seu pé está doendo? —Neste momento, está dormente. O médico me deu alguns analgésicos. Eu provavelmente não deveria estar bebendo, mas foda-se. —O que você vai fazer sobre Blake? Mordi o lábio. —Eu não quero vê-lo novamente. —E sobre o seu trabalho? Eu soltei um suspiro. Essa era a grande questão. Como eu poderia continuar a trabalhar com o bastardo? Encará-lo todos os dias? Lidar com a dor? Passar a raiva? No entanto, eu amava o meu trabalho. E queria tanto ver o bloco de programação das mulheres que eu estava desenvolvendo, vir a ser concretizado. Foda-se, o que eu ia fazer? Eu estava muito magoada e confusa para pensar direito. Eu limpei minhas lágrimas e encolhi os ombros. —Eu não sei, Lib. O que você faria? —Eu resmunguei com minha voz rouca. —Ninguém da Nick ou da Disney vai me contratar com SIN-TV no meu currículo. Minha amiga, profundamente.

a

analista,

arqueou

as

sobrancelhas

pensando

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—Não pare. É um grande trabalho e você está fazendo grandes coisas. A empresa vai reconhecer isso. E quando o fizerem, você vai ser capaz de mover-se para onde quiser. Então, eu sei que vai ser difícil, mas aguente até lá. Eu digeri as palavras de Libby. Ela estava certa, como de costume. Só que não ia ser duro aguentar até lá. Ia ser quase impossível. Bebi mais vinho. Um alto toc-toc-toc na porta da frente nos pegou de surpresa. Intrigada, Libby levantou-se de sua cadeira e se dirigiu para ela. —Você pediu pizza? — Eu perguntei quando ela espiou pelo olho mágico. Não me respondendo, ela destrancou a porta e abaixou-se para pegar algo. Fechando a porta, ela se levantou e se virou para mim. Dois objetos familiares estavam em suas mãos: minha bolsa e minha mala. E debaixo do braço estava a tigresa branca de Blake. Minha boca se abriu e meu coração acelerou. —Ele está lá fora? Libby sacudiu a cabeça. —Eu o vi ir embora. Eu suspirei de alívio, mas um punhal de decepção foi cravado em meu intestino. Meu estômago se retorceu dolorosamente. Agarrando minhas muletas, eu me levantei do sofá. Meu pé latejava. O remédio para dor que o médico tinha me dado devia estar passando o efeito. Talvez mais tarde, Libby pudesse sair e trazer o remédio que o médico receitou para mim no hospital. Sim. Isso é o que eu precisava. Analgésicos. Eles poderiam aliviar a dor no meu pé, mas a dor no meu coração era minha para suportar. Eu pulei na direção do meu quarto. —Lib, você poderia me fazer um grande favor e trazer as minhas coisas para o meu quarto?

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—Claro. —Minha melhor amiga disse sorrindo. Levando a mala, ela me seguiu pelo corredor que levava para o meu quarto. —Onde você quer tudo? —Perguntou ela. —Em minha cama seria bom. Ela obedeceu. —Tigresa bonita. —Ela disse enquanto a apoiava contra meu travesseiro. — Um presente de Natal de seus pais? —Sim. —Eu gaguejei. Por alguma razão, eu não queria compartilhar o fato de que era de Blake. Lutando contra as lágrimas, eu olhei para o brinquedo de pelúcia melancolicamente. E então eu olhei para o meu peito. Um pequeno suspiro escapou da minha garganta. Eu estava sentindo falta do colar de pingente com o coração de turmalina que Blake tinha me dado junto com a tigresa. Devo ter perdido no oceano ou talvez a areia. Outra onda de tristeza tomou conta de mim. Ele representava tudo o que Blake era. Tudo o que nós éramos. Algo raro e bonito. E agora, foi perdido para sempre. Eu estava à beira de chorar quando a voz de Libby soou. —Quer que eu te ajude a desfazer as malas? —Obrigada, mas eu acho que consigo. — Meu quarto era pequeno, por isso não seria um grande negócio pendurar as coisas que eu tinha trazido de Boise ou guardá-las no meu armário. Mesmo de muletas. Eu provavelmente poderia simplesmente pular em um pé e usar uma única muleta para apoio se eu tivesse que fazer. Além disso, eu precisava de um tempo sozinha. —Existe alguma coisa que você precise que eu faça? — Havia uma verdadeira compaixão na voz de Libby. Com uma voz chorosa, eu perguntei se ela poderia me trazer um pouco de papel filme ou um saco de lixo plástico para que eu pudesse envolver meu pé e tomar um banho muito necessário; Eu ainda estava toda coberta com areia e sal. Eu também perguntei se ela não se importaria de ir para a farmácia para pegar minhas pílulas para dor. Eu estava descobrindo rapidamente que estar de muletas

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era ridiculamente humilhante. Para minha sorte, minha melhor amiga não poderia ser mais prestativa. Deus, eu amava Libby! Quando Libby voltou com um rolo papel filme, eu agradeci e fiz-lhe algumas perguntas sobre o seu feriado, percebendo que eu tinha sido tão egoísta e só falado sobre mim mesma. Ela me disse que tinha tido uma semana relaxante e uma explosão na festa temática Chorus Line de Ano Novo que seu irmão gêmeo Chaz tinha dado. Ansiosa para chegar à farmácia antes de estar fechada, ela me disse que me diria mais quando voltasse. Depois de um abraço, ela saiu para pegar meus remédios assim como uma comida chinesa para viagem. Não me importa que tipo de comida ela houvesse trazido. Com náuseas e terrivelmente triste, eu não tinha apetite. Eu decidi tomar um banho primeiro. Depois de garantir meu pé enfaixado com o rolo inteiro papel filme, eu manquei pelo corredor até o banheiro que compartilhávamos. Por sorte, tinha um chuveiro que era fácil para entrar, e ele ainda tinha uma barra na parede deixada para trás pelo inquilino idoso que tinha habitado esta casa antes de nós. Eu me debati se eu deveria levar minhas muletas para o chuveiro, mas finalmente deixei-as contra a porta de vidro do chuveiro. Em um pé, eu pulei no chuveiro e o liguei. Segurando a barra e com meu pé ruim levantado, eu deixei o jato de água quente cair na minha cabeça. Eu ensaboei a esponja grande e comecei a lavar as memórias de hoje. Grânulos de areia caíam no chão ladrilhado. Eu suavemente passei a esponja sobre os meus seios e, em seguida, movi para as dobras delicadas entre as minhas pernas. Eu não podia lavar o latejar nelas. Droga! Ela ainda estava comigo. A memória de tomar um banho com Blake esta manhã encheu minha cabeça. O quão sensual tinha sido, a primeira foda alucinante com seu dedo e, em seguida, me fodendo contra a parede em um nevoeiro úmido até que se desfez. Eu podia senti-lo agora. Sua boca na minha carne molhada, seu pau magnífico empurrando contra as minhas próprias paredes molhadas, minha boceta latejante. Minha respiração ficou acelerada. Eu estava me masturbando, esfregando a esponja contra o meu cl*tóris para me levar a um clímax do desespero. Lágrimas queimaram meus olhos quando eu gozei.

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Apressadamente, eu lavei o cabelo. O cheiro do shampoo despertou ainda mais memórias. O shampoo de baunilha e cereja da Gloria´s Secrets. Um pouco caiu em meus olhos. Doeu como as memórias que o shampoo trouxe de volta. Sem me incomodar em condicionar o meu cabelo, eu cuidadosamente pulei para fora do chuveiro. Após me secar com a toalha, eu me enrolei no roupão macio que sempre mantinha em um gancho nas proximidades, e, em seguida, espalmei a porta do chuveiro para me equilibrar enquanto eu removia o envoltório de papel filme do meu pé ferido. Sucesso. O curativo tinha permanecido seco. Mas o pulsar no meu pé se intensificou. Eu esperava que Libby se apressasse com meus remédios. Peguei minhas muletas e manquei até a pia. Olhei para mim mesma no espelho. Meu reflexo me chocou. Mesmo após o banho, eu parecia desgrenhada e drenada. Meus olhos estavam inchados e vermelhos e os lábios inchados, tudo de tanto chorar. Foda-se esse homem! Ele tinha me transformado em uma bagunça inconsolável. Com mais lágrimas ameaçando cair, eu rapidamente escovei os cabelos e os dentes e voltei para o meu quarto. Estava vencida, física e emocionalmente. E meu pé doía como o inferno do caralho. Mas eu estava determinada a desfazer as malas. Pôr de lado as memórias de hoje de uma vez por todas. Abaixei-me para a minha cama, inclinando as muletas contra ela, e abri minha mala. Meus olhos se arregalaram e meu coração gaguejou. Embalados ordenadamente em cima dos meus pertences estavam todos os lingeries de Gloria que eu tinha usado com Blake. E havia algo mais: a camisa com colarinho de Blake. Estendi a mão para a camisa e a coloquei no meu nariz. Cheirava a ele. Cheirava a mim. Cheirava a nós. Exceto que não havia mais nós. Joguei a camisa no chão como se fosse tóxica. Foda-se esse homem! Foda-se esse belo bastardo! Ele só estava tentando chegar até mim. Raiva me consumiu. Com toda a força que eu poderia reunir, eu atirei a mala para fora da cama. O conteúdo se espalhou por todo o chão. Meu quarto parecia como se tivesse sido saqueado por um assaltante. A verdade era que eu tinha sido roubada. Roubaram meu coração. Envolta em meu roupão, eu me enrolei na minha cama e comecei a soluçar. Eu estava quase feliz por não ter meus remédios, porque a dor intensa no meu pé era a

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única coisa que mantinha a dor no meu coração em segundo lugar. Agarrando a tigresa de pelúcia macia e branca, chorei até dormir.

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Capítulo 15 Blake Eu não esperava que Jennifer aparecesse no escritório. Na verdade, fiquei surpreso que eu apareci. Depois de largar as malas na noite passada, eu tinha ido a um decadente bar em Hollywood, onde ninguém me conhecia e bebi até o esquecimento, enquanto algum magro e desgrenhado músico cantava “Let Her Go” de Passenger. Após o terceiro uísque, eu tinha parado de contar. Eu não sei como cheguei em casa. Eu não conseguia me lembrar. Surpreendentemente, não fui parado por um policial e não tinha entrado em alguma colisão frontal. No minuto em que cheguei em casa, eu vomitei minhas tripas. Eu tive sorte de ter chegado ao banheiro a tempo. Vagamente, lembrei-me de desmaiar em minha cama sem me despir. Esta manhã eu estava pagando o preço da minha bebedeira fodida. Eu tinha uma dor de cabeça furiosa; ondas de náusea ainda invadiam meu peito, eu parecia uma merda, olhos vermelhos, cabelos desgrenhados, rosto mal barbeado. E pior, eu me sentia como um idiota. Um fodido idiota. Um bastardo estúpido. Um idiota maldito. Eu era o Dickwick, não Bradley Wick, DDS. Nenhuma garota jamais se afastou de mim. Eu era um jogador. Eu era o único que as deixava. Mas Jennifer McCoy não era uma garota normal. Ela me fez sentir coisas que eu nunca tinha sentido antes. Ela me mostrou que o meu coração não era apenas um órgão de bombear sangue para o meu pau. Era algo mais, uma casa. Uma casa para o amor. Mas agora, meu coração estava vazio. As luzes estavam apagadas. Eu tinha me apaixonado perdidamente por Jennifer e eu estupidamente, egoisticamente estraguei tudo. Em todos os meus quase trinta anos, eu nunca antes tive um momento de auto-aversão. Eu tinha conseguido tudo o que eu queria. Feito tudo o que eu queria fazer. Nunca tive um arrependimento. Mas agora, auto-aversão era profunda em minhas veias, escurecendo o meu coração já preto. Porra, eu me odiava pelo que eu tinha feito.

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Cuidando da minha dor de cabeça, eu bebia café preto em minha mesa e estava prestes a ligar meu computador quando Jennifer entrou mancando em meu escritório, ainda em suas muletas e usando a mochila que seus pais havia lhe dado. Ela parecia sombria, em uma saia preta comprida, uma camiseta preta simples, e um par, ou melhor, uma única sapatilha em seu pé bom. Seus olhos estavam inchados e vermelhos por trás da armação de seus óculos e sua pele estava mais pálida do que o habitual. Uma nova onda de náusea inchou dentro do meu peito. Seu estado frágil me fez sentir ainda mais doente do meu estômago. —Sente-se. —Eu consegui dizer, colocando meu café na mesa. —Não há necessidade. Eu não vou ficar muito tempo. Meu coração gaguejou. —Você veio aqui para se demitir? Ela ajustou suas muletas e encontrou meu olhar. —Eu vim aqui para fazer o meu trabalho. Eu vou trabalhar o dia todo na minha apresentação no PowerPoint para a Gloria´s Secrets. Eu ponderei minhas palavras. —Como está o seu pé? Seus olhos cortaram em mim como lâminas de barbear. —Dói. —Com isso, ela saiu mancando do meu escritório, deixando-me como um idiota estúpido que eu era. Passei o resto da manhã respondendo e-mails e assistindo diários de um novo filme p*rnô que estávamos filmando, que foi agendado para ir ao ar no Outono. Normalmente, eu tinha um tesão assistindo algum cara massagear seus vinte centímetros de pau entre as tetas do tamanho do planeta de alguma loira, mas hoje, eu não tive. Eu mal podia me concentrar. E meu pau estava em coma. Minha mente estava totalmente consumida por Jennifer. Eu tinha o desejo ardente de invadir seu escritório, arrancá-la do chão e regá-la com beijos. O fato de que ela não poderia ir embora tornou ainda mais tentador.

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Assim que o clipe do filme p*rnô terminou, meu celular tocou. Eu olhei para a tela de identificação da chamada. Era Jaime Zander. Porra. Eu ainda não tinha chamado ou mandado e-mail para ele para agradecer por me deixar usar sua casa de praia. Eu tinha que admitir isso. Eu era um idiota de proporções épicas. —E aí, Blake, como foi? —Eu fodi tudo. —O que você quer dizer? Eu disse a ele sobre o vídeo. Então, eu disse a ele o que tinha acontecido. —Jesus. Você realmente se fodeu. —Jay-Z, por que você não me encontra para almoçar no Factor? Eu poderia precisar de alguma animação. —Cara, eu não posso. Eu ainda estou no Hawaii. Eu não vou estar de volta até o fim da semana. Estou voando para a Ásia amanhã para um negócio. Porra. No fundo, eu podia ouvir um dos bebês chorando. —O que eu devo fazer? —Não desistir dela. Eu digeri suas palavras. Jaime tinha enganado Gloria para seu próprio bem, também, e a tinha quase perdido. E então ele veio em seu socorro. Mas isso era diferente. O choro no fundo ficou mais alto. Eu podia ouvir Gloria dizendo ao meu melhor amigo para desligar o telefone. —Escute, eu tenho que ir. Chame-me se você precisa conversar, amigo. Boa sorte. Nós terminamos a chamada. Eu ia precisar de toda a sorte do mundo para reconquistar minha tigresa ferida.

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Capítulo 16 Jennifer O beijo. Essa foi a primeira coisa que eu vi quando entrei mancando em meu escritório, a pintura magnífica que Blake tinha me dado no Natal. Antes de sair para Boise, eu pedi a alguém da manutenção para pendurá-lo na parede. Debilitada assim, eu não estava preparada para a minha reação. Meu coração dolorido quase teve uma parada cardíaca e minha perna boa ficou fraca. Tudo de uma vez, cada memória associada a essa pintura bombardeou meu cérebro. Cada uma mais bonita e angustiante do que a anterior. Lágrimas indesejadas caíram dos meus olhos. Eu não chorei o suficiente? Deus, caralho, porra. Blake estava de volta na minha corrente sanguínea e batendo em meu coração. Lugares aos quais que ele já não pertencia. Eu me firmei em minhas muletas e tentei impossivelmente fazê-lo ir embora. Ele era tóxico. Eu fui golpeada por seu veneno. Quando finalmente consegui me estabelecer na minha mesa, eu compus um e-mail para a manutenção, pedindo a alguém para vir e tirar a pintura. O que eu ia fazer com ela? Lágrimas caíram no meu teclado enquanto eu estupidamente digitava. Prestes a bater “enviar”, eu o excluí. Soluços sacudiram meu corpo. Graças a Deus, a porta do meu escritório estava fechada. Eu estava confusa, atormentada e chorando. Eu seriamente não sei como eu fiz isso pelos próximos dois dias. Acordei, fui trabalhar, voltei para casa, fiz mais trabalho e depois chorei até dormir. Meus pais, é claro, me chamaram de imediato, ansiosos para ouvirem como as coisas estavam indo com Blake. Apenas a menção de seu nome fez meus olhos encherem de lágrimas. Lutando contra o sistema hidráulico, eu menti e disse que o Ano Novo foi divertido e tudo estava “simplesmente ótimo”. Eu sabia que se eu lhes dissesse o que tinha acontecido, eles enlouqueceriam e estariam no primeiro avião para L.A. Por mais que eu quisesse um abraço da minha mãe e outro do meu pai, eu precisava de tempo para resolver minhas emoções e ganhar algum tipo de compostura.

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—Querida, você não soa como se estivesse bem. —Comentou minha mãe perceptiva, superprotetora. —Eu só estou cansada, mãe. —Eu respondi. —Eu estou trabalhando muito duro em uma apresentação. Se você não ouvir nada de mim esta semana, é por isso. —Com uma troca de “eu te amo” eu terminei a chamada. As lágrimas estavam ameaçando escorrer pelo meu rosto. Blake tinha prometido ao meu pai que ele não iria me machucar, mas ele tinha. Eu não podia sair dessa minha depressão. Eu tinha noites agitadas e mal comia qualquer coisa. Na quarta-feira, notei que minhas saias estavam mais soltas em mim. Eu estava perdendo peso, algo que eu não tinha necessidade de fazer. Libby estava preocupada com meu bem-estar e se ofereceu para me levar para jantar com Chaz noite após noite. Eu recusei, dizendo-lhe que eu tinha muito trabalho. Isso foi, em parte, verdade, mas havia mais. Eu só não podia. Eu não estava de bom humor e eu seria uma companhia terrível. Que maneira de merda para iniciar o Ano Novo. Eu estava miserável. Estar de muletas não ajudava. Tudo era um desafio, mesmo as coisas menores. A única coisa boa sobre isso era que todos estavam sendo tão bons para mim. No escritório, colegas de trabalho abriam as portas para mim, assim como ofereciam para me trazer o almoço e até mesmo me levar e trazer de casa para o trabalho. Felizmente, Libby foi capaz de fazer o último. Ela era uma santa total. Eu mergulhei no meu trabalho, evitando Blake, tanto quanto possível. Passei tanto tempo quanto possível no meu escritório, atrás de uma porta fechada, desenvolvendo meu bloco diurno erótico e trabalhando em minha apresentação no PowerPoint para o meu próximo encontro com Gloria Zander. Eu realmente queria conquistá-la e colocar a Gloria´s Secrets a bordo. Eu não poderia estar mais animada. Sempre que eu podia, eu mandava e-mail à Blake, então eu não tinha que vê-lo. Quando fui chamada ao seu escritório, eu fiquei sentada no sofá longe dele. Nós dois evitamos fazer contato com os olhos, bem como chamar um ao outro pelo nosso primeiro nome. Eu era Srta. McCoy; ele, Sr. Burns. Eu disse tão pouco quanto possível, respondendo às suas perguntas sobre os meus projetos com poucas palavras monótonas. Sempre que eu entrei em seu escritório ou passei

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por ele no corredor, a temperatura no ar caía e meu estômago torcia em um nó doloroso. Ele me evitava tanto quanto eu o evitava. Na quarta-feira à tarde, eu consegui sair do escritório na hora do almoço. Libby me deu uma carona à Century City, aonde eu ia para Bloomingdale, enquanto ela se encontrava com um fornecedor de pesquisa. Não importa o que tinha acontecido na casa dela, eu ainda queria levar à Gloria Zander um presente para agradecer-lhe por sua generosidade antes da nossa reunião. De repente, voraz por não ter comido muito durante toda a semana, eu fui primeiro à praça de alimentação para uma refeição rápida. Eu ansiava por algo reconfortante como sopa de frango, mas terminei com uma tigela de sopa quente da Panda Express. Um dos trabalhadores levou a minha bandeja para uma mesa. Nunca deixou de me surpreender o quanto de boa vontade eu tinha descoberto para deficientes em muletas. A sopa bem quente estava saborosa. Tanto o meu estômago e coração estavam gratos por um pouco de alimento. Como eu ergui outra colher à boca, uma voz familiar soou no meu ouvido. —Bubala! Eu olhei para cima. Era a avó de cabelos prateados de Blake. Ela energicamente veio na minha direção. Ela estava usando uma roupa macia de corrida azul e estava em forma surpreendente para uma mulher na sua idade. Ela caiu na cadeira vazia na minha frente. Seus olhos ficaram fixos em minhas muletas, que estavam encostadas à mesa. —Oh! O que aconteceu? —Apenas um pequeno acidente. —Eu disse, hesitante. Um sorriso malicioso, que me lembrou muito de Blake, espalhou por seu rosto enrugado. —Esquiando com o meu Blakela? — Ela piscou. —Ou um pouco de exercício áspero? Eu me encolhi. Ela sabia sobre Blake e eu.

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—Blakela é meshuganah sobre você. Eu coloquei um sorriso falso no rosto. Eu não tinha certeza do que significava meshuganah. —Eu me sinto da mesma maneira. —Eu disse timidamente. Ela soprou um beijo do ar. —Finalmente, meu neto lindo encontrou uma menina bonita hamishah para se casar. Por mais que eu adorasse a avó teatral de Blake, eu estava caindo aos pedaços. Eu precisava ficar longe dela. Mas ela não me deixou. Ela pressionou a mão ossuda na minha, me segurando firme. Eu não poderia romper e ferir os sentimentos da mulher doce. Ela continuou a falar sobre Blake. —Um menino tão bom! E que shmekel! Cada nervo do meu corpo zumbiu. Desesperada por palavras, eu me perguntei o que ela estava fazendo aqui. —Eu me encontro aqui com todos os Veek do meu clube de livro erótico. Alvays, eles estão atrasados. Muito shmotox Botox! Apesar da minha ansiedade, eu tive que abafar uma risadinha. A avó de Blake adorava ler romances eróticos e foi uma das primeiras a apoiar a minha ideia de criar um bloco na TV SIN com uma programação dirigida às mulheres tornando os romances quentes mais vendidos em telenovelas convincentes. —Então, Bubala, estamos ficando sem livros. Você pode recomendar alguma coisa? Pensei por um momento. —Obsessão Cega de Ella Frank. É muito bem escrito e altamente erótico. Seus olhos azuis acinzentados se iluminaram. —Então, ele tem um monte de shmexy sexy?

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—Sim. —Eu assenti. Eu só não disse a ela que era muito triste. Nem todas as histórias terminavam com felizes para sempre. Senti meus olhos lacrimejarem. —Bom te ver. Eu tenho que executar uma missão. Ela se levantou e deu a volta na mesa para me dar um abraço caloroso. —Então, boobie, eu vou vê-la sexta à noite no Shabat? —S-sim. —Não. Nem agora. Nem nunca. Cada momento vívido daquela primeira noite com Blake dançou na minha cabeça. Quando ele me segurou em seus braços enquanto eu ansiosamente acendia as velas. Quando eu tinha acidentalmente o encontrado se masturbando. Como eu quase fiz xixi nas calças quando vi seu pênis pela primeira vez. Quando eu imaginei passando os lábios em torno de suas bolas suculentas quando eu coloquei aquela bolinha de matzo à minha boca. Quando eu senti seu calor sentada ao lado dele. E a minha própria ascensão entre as minhas pernas. Não havia como negar isso. Eu já estava apaixonada por ele. Agarrando minhas muletas, dei à avó adeus e manquei para longe antes que as lágrimas me traíssem. ****** O departamento de utensílios domésticos da Bloomingdale, localizado no piso superior da loja, estava moderadamente ocupado. Notei certo número de mulheres jovens andando por aí, com seus iPhones ou iPads, tirando fotos de porcelana, cristais, e outros materiais domésticos. Definitivamente futuras noivas escolhendo para suas listas. Uma pontada de tristeza atingiu meu coração. Talvez, se Blake não tivesse feito esse vídeo insípido, eu poderia estar entre elas. Uma quase noiva. Era eu. Que nome perfeito para um filme. Eu passei pelas prateleiras em exposição em busca do presente perfeito para Gloria. Nada se destacou. —Posso ajudá-la? —Veio uma voz rouca atrás de mim enquanto eu admirava uma moldura de prata que estava fora da minha faixa de preço. A

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vendedora de cinquenta e poucos anos, que parecia usar cada centavo de suas comissões de vendas em tintura de cabelo e enchimentos, caminhou até mim. Eu lhe dei um pequeno sorriso enquanto olhava meu pé enfaixado. Eu esperava que ela não me perguntasse o que aconteceu. Felizmente, ela não o fez. —Sim, eu estou procurando um presente de agradecimento. De preferência algo com uma aparência náutica ou marítima nele. —Quanto deseja gastar? Eu disse a ela que a minha faixa de preço era entre trinta e cinquenta dólares. Ela piscou e levantou o dedo indicador. —Eu conheço o item perfeito. Olhando para baixo no meu pé de novo, ela me disse para ficar parada. Ela se afastou, e em poucos minutos, voltou com uma pequena caixa na mão. Ela levantou a tampa. Dentro havia um lindo quadro para foto banhado em prata que era gravado com conchas e estrelas do mar. A foto abaixo do vidro enviou uma onda de tristeza em mim. Parecia com a praia, onde Blake e eu tínhamos feito amor apaixonado. —Eles são muito populares e estão à venda. Metade do preço. Vinte e cinco dólares, e tinha o preço original de cinquenta. —É perfeito. —Eu murmurei. —Maravilhoso. —A vendedora sorriu triunfante. —Eu preciso tê-lo embrulhado para presente e enviado. —Sem problemas. Siga-me e vamos ter tudo resolvido. Eu segui a mulher esguia até um caixa nas proximidades. Eu paguei pelo quadro com o meu cartão de crédito e, em seguida, preenchi um formulário com o endereço da sede corporativa da Gloria´s Secret, em Culver City. Eu não podia me lembrar do seu endereço da casa, e não havia nenhuma maneira de eu perguntar a Blake isso.

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—Você gostaria de incluir um cartão de presente? —Perguntou a vendedora, entregando-me o meu cartão de crédito. —Sim, definitivamente. A mulher entregou-me um pequeno cartão, com a assinatura “B” da Bloomingdale do lado de fora e uma caneta. Abri-o e ordenadamente escrevi: Cara Gloria, Obrigada por compartilhar sua casa de praia magnífica. E por todos os belos lingeries e roupas. Eu tive um belo fim de semana. Com a minha mais profunda apreciação, Jennifer McCoy

Quando assinei meu nome, meus olhos se aguaram. Uma lágrima pingou sobre a tinta preta, manchando-a. Um belo fim de semana. Ele terminou sendo o mais feio e triste fim de semana da minha vida. Enxugando minhas lágrimas, eu pedi outro cartão de presente e reescrevi as minhas palavras rapidamente, antes que outra rodada entrasse em erupção. Eu entreguei o cartão para a mulher. Ela arqueou um sorriso. Mais uma vez, eu estava grata por ela não ser muito intrometida. —Ela vai receber antes do final da semana. Eu devolvi um sorriso fraco. —Isso é ótimo. Obrigada. Enquanto ela saía com o quadro e o cartão para ajudar outro cliente, eu coloquei meu cartão de crédito de volta na minha carteira e ajustei a minha mochila nova, que veio a ser muito útil com as muletas. Assim que eu estava prestes a sair da loja, uma voz familiar encheu meus ouvidos. —Jennifer?

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Agarrando minhas muletas, eu girei. Meu coração caiu para o meu estômago e cada músculo travou. Era Bradley. —Oi. —Eu gaguejei. Tire-me daqui. —O que aconteceu com seu pé? —Ele perguntou, me olhando da cabeça aos pés. —Nada. O que você está fazendo aqui? —Minha voz tremeu. Antes de Bradley poder responder, uma voz açucarada familiar soou no meu ouvido. —Docinho, olha o que eu achei. Não é lindo esse padrão? Em um sopro de dor, ela estava na minha cara. Candace, a higienista de Bradley, vestindo jeans apertado, estiletos que a deixavam mais alta, e um suéter com gola em V apertado expondo seus seios tamanho melão. Em sua mão havia um grande prato de jantar com pequenos corações cor de rosa que pontilhavam o aro. —Oh oi, Jennifer. —Ela falou em sua voz monótona antes de colocar o prato no balcão de vidro. —Oi. —Eu queria arrancar sua laringe e pisar nela. Ela colocou sua mão esquerda em sua juba de cabelos loiros e então eu vi. Meu queixo caiu. Meu anel de noivado! Em seu quarto dedo. Bradley corou e, em seguida, mostrou seus dentes brancos perolados tamanho mega. —Jen... — Não foi possível concluir seu pensamento, e ele ansiosamente virou-se para Candace. —Este lugar é horrível. Vamos para a K-Mart e... Candace bruscamente o cortou.

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—Oh, Braddie Waddie lhe disse estamos noivos? —Seus olhos possessivos, predatórios enviaram adagas na minha direção. —Vamos nos casar em maio. Nós estamos começamos a escolher a nossa lista. Registrei suas palavras. Um sentimento inesperado, repugnante me encheu. Meu pulso acelerou e então eu sucumbi á dormência. —Parabéns para os dois. —Balbuciei enquanto eles discutiam sobre o prato. Eu manquei o mais rápido que minhas muletas me deixaram. Isso tudo era demais para mim. Eu estava tremendo toda. Eu tinha que sair daqui. ****** Quando voltei para o meu escritório, minhas emoções já misturadas estavam em uma pirueta. Meus desentendimentos no almoço tinham me deixado totalmente desgastada. Sim, me casar com Bradley teria sido o maior erro da minha vida. Mas eu estava tendo dúvidas. Talvez eu já tivesse feito o maior erro, romper com Blake. Eu tinha exagerado sobre o vídeo? Sabendo agora sobre o noivado de Bradley e Candace, talvez eu devesse ter sido grata. Agradecer-lhe por ter me poupado de um destino inevitável. No meu caminho de volta para o escritório com Libby, eu não compartilhei o que tinha acontecido ou o que passava pela minha mente caótica. Eu precisava de tempo para pensar nas coisas. Classificá-las completamente. Tirar minhas próprias conclusões. De volta ao meu escritório, eu não fiz nada além de olhar para a pintura na parede. O beijo. Todas as emoções borbulharam dentro de mim, e lágrimas mais uma vez rolaram dos meus olhos. Havia uma razão para que eu não pudesse suportar tirá-lo. Jen, encare a verdade. Estava alto e claro. Por mais que ele tivesse me enganado, eu ainda estava loucamente apaixonada por Blake Burns. Era tarde demais para fazer as pazes? Eu evitei, o empurrei. Eu poderia pedir perdão? Incerteza rasgou através de mim. Um ping súbito no meu computador me tirou do meu estado de desespero. Pouco antes de uma corrida de lágrimas. Era um e-mail de Blake marcado como “urgente” na linha de assunto. Meu coração batia acelerado. Hesitei antes de abrir – meio que esperando que ele fosse dizer algo como:

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Venha ao meu escritório imediatamente. Quero transar com você sobre minha mesa. Amor, Blake.

Abrindo, eu empurrei meus óculos em cima da minha cabeça. Eu o li rapidamente. Meu coração afundou. Gloria Zander precisa mudar a nossa reunião para esta próxima sexta-feira, pois ela vai estar fora da cidade na data inicialmente prevista. Ela estará aqui às 16h00minhs e está ansiosa para ouvir sobre o seu bloco diurno de romance erótico. Por favor, tenha a sua apresentação em PowerPoint pronta.

Estremeci. A frieza de Blake enviou um arrepio pela minha espinha. Nem mesmo um “oi” ou “obrigado”. Eu tinha apenas 48 horas para terminar a apresentação. E Blake havia terminado tudo. A barragem de água se rompeu. ****** As próximas quarenta e oito horas foram um verdadeiro inferno. Uma tristeza insuportável caiu sobre mim. Blake Burns me ignorou por completo, exceto para parar algumas vezes para saber como a minha apresentação no PowerPoint estava progredindo. Sua presença doeu meu coração, e eu lutei contra as lágrimas cada vez que eu disse a ele que estava indo bem, meus olhos nunca deixando a tela do meu computador. Eu não conseguia olhar para ele, porque eu sabia que iria desmoronar. A verdade: a apresentação estava progredindo lentamente. Enquanto eu tinha conseguido mais do mesmo feito antes da pausa para as férias, eu ainda tinha alguns slides para preparar e precisava enfeitá-lo. Eu tinha dificuldades em me concentrar. Blake Burns consumia minha mente em todos os minutos, literalmente, eu passava a noite em claro, algo que eu não tinha feito desde a faculdade. Eu sentia falta dele terrivelmente, mas tudo estava acabado. Eu tentei sem sucesso convencer a mim mesma que era o melhor.

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Eu finalizei o PowerPoint à meia-noite de quinta-feira. Minha realização me tirou da minha desgraça e tristeza por um momento fugaz. Fiquei satisfeita com ele. Baseada em meus instintos e pesquisa do grupo focal de Libby, eu tinha uma história convincente para contar. Mulheres de 18-49 amavam romance erótico, e no quesito televisão, essa programação estava em falta. A SIN-TV tinha a chance de criar um bloco de programação que iria atrair um novo público e anunciantes. Gloria´s Secret era um ajuste perfeito. Com os olhos turvos, eu coloquei meu pijama do Bob Esponja e me arrastei para a cama, levando comigo a mais recente Hollywood Reporter que eu não tinha tido a oportunidade de ler. Era importante ficar atualizada sobre o que estava acontecendo na indústria do entretenimento. Eu rapidamente li a parte comercial da revista. Quando cheguei à última página, que era uma página de fofocas cheia de fotos de produtores e celebridades de Hollywood, meu corpo se agitou. Encarando-me na página estava uma foto de Blake com uma de suas loiras em cima dele. Nada menos que Kitty-Kat. Ela foi tirada na noite passada em um evento de gala no The Beverly Hills Hotel. Enquanto eu estava escravizada no meu PowerPoint, Blake estava lá fora em festas. Blake não só me esqueceu como ele tinha mudado. Ele voltou a ser um jogador. Lágrimas me bombardearam. Rasguei a revista e solucei até dormir.

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Capítulo 17 Blake Eu era um caso perdido. Um caso perdido da porra. Era foda ser eu. Por que o amor não poderia ser uma porta aberta? Jennifer McCoy estava me afastando de sua vida. Emocionalmente e fisicamente. Ela estava me evitando como uma praga. As poucas vezes que nos encontrávamos, ela era fria comigo e se afastava o mais rápido que podia. E ela manteve a porta do escritório fechada. Eu tinha que bater para vê-la. Colada à sua tela de computador, ela nunca fez contato visual comigo. Ela parecia à beira das lágrimas. A quantidade de dor que eu lhe causara era imensurável. A quantidade de ódio que sentia por mim era incompreensível. Eu queria desesperadamente dizer a ela novamente quanto eu sentia e pedir perdão. E dizer a ela o quanto eu a amava. E depois segurá-la em meus braços e sufocá-la com beijos. Mas seu comportamento me fez sentir como se eu fosse uma persona non-grata. Era puro e simples. Ela tinha terminado comigo. Na segunda e terça-feira, eu saí do trabalho mais cedo. Minha linda tigresa tinha me consumido. Corroía meu coração e me rasgava essa indiferença. Incapaz de me concentrar, eu fui para casa e afoguei minhas tristezas com um par de cervejas, depois me arrastei para debaixo das cobertas. Normalmente com sono leve, eu revirava na cama. Tentando adormecer, eu até me masturbei pensando nela. Mas uma punheta não ajudou. Isso só tornou as coisas piores. As palavras de Jaime giravam na minha cabeça: Não desista dela. Mas como é que eu ia fazer isso quando ela tinha desistido de mim? Quarta-feira no trabalho não foi melhor. Na verdade, foi pior. Mais desanimador. Eu ia chamar Jennifer para o almoço sob o pretexto de discutir negócios, mas quando eu apareci em seu escritório, ela já tinha saído. Quando voltou, ela parecia ainda mais chorosa e mais inacessível. Ela friamente me disse que estava trabalhando na apresentação de Gloria´s Secrets e que estaria pronta a tempo para a reunião de sexta-feira. Antes que eu pudesse dizer outra palavra,

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ela me pediu para sair para que ela pudesse continuar a trabalhar. Quando me arrastei para a porta de seu escritório, olhei para O Beijo. Surpreendeu-me que a pintura ainda estivesse pendurada na parede, eu supunha que era apenas uma questão de tempo antes que ela desaparecesse. Até que cada memória de mim se fosse. A visão disso me deixou cansado. Por que diabos eu não a agarrava? A pegava em meus braços e lhe dava um beijo que iria fazê-la desmoronar? E se apaixonasse de novo por mim? Ela pode ter estado uma tigresa ferida, mas era valente. Quanto a mim, o ex-rei da selva, eu estava reduzido a ser um leão covarde. Meu coração rugiu de dor. Eu teria ido para casa mais cedo e me arrastado para a cama de novo se eu não tivesse a porra de um evento para participar. Era um evento para a caridade de crianças autista que minha mãe apoiava. Ainda em férias em Aruba, meus pais tinham me ligado e me pedido para representá-los na mesa de dez mil dólares que tinham comprado. Por mais que eu não estivesse com vontade de ir, eu não podia dizer não. Às seis horas, eu fui para o Beverly Hills Hotel, onde o evento estava ocorrendo. No meu caminho para a saída do escritório, passei pelo escritório de Jennifer. A porta estava fechada. Eu tinha ido a centenas destes tipos de eventos. Eles eram sempre os mesmos. A hora do coquetel era seguida por um longo e chato jantar com comida ruim, seguido por discursos e entretenimento medíocre. Este era um evento da alta sociedade e paparazzis invadiam o salão de co*cktails. Eu reconheci muitos dos amigos próximos aos meus pais. A maioria deles bilionários, muitos deles celebridades. Bebendo champanhe, eu educadamente fiz uma pequena conversa com alguns, mas fiquei distante. Eu queria ir embora. Um homem de boa aparência perto da minha idade veio até mim. Havia uma ligeira agitação em sua caminhada. Ele estava usando um desses novos ternos masculinos da moda que eu nunca usaria e estava mastigando algum aperitivo. Ele parecia vagamente familiar para mim, na verdade, eu tinha certeza de já tê-lo visto na galeria de arte da festa de Jaime, bem como na Noite de Natal da Broadcasting Conquest. Eu me concentrei em sua gravata. Era uma Burberry xadrez, exatamente igual à que Jennifer tinha usado como uma venda naquele jogo de Verdade ou Desafio.

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—Oi. —Ele disse com um estalo de sua mão livre. —Você é Blake Burns, certo? — Eu poderia dizer que a partir do tom de sua voz e a maneira de vestir que ele era gay. —Sim. Quem é Você? —Chaz Clearfield. O irmão de Libby. Eu dei um sorriso fraco. —Prazer em conhecê-lo. —Eu não estava com disposição para uma conversa, especialmente com o irmão flamboyant daquela pesquisadora irritante. —Então, eu ouvi que você e a minha Jen... Antes que ele pudesse terminar a frase, tínhamos companhia. —Bem, se não é Blake Burns. Era Kitty-Kat, um das minhas ex-fodas, toda produzida em um vertido curto e apertado verde claro. Segurando uma taça de champanhe, ela se meteu entre Chaz e eu. Ela estava bem na minha frente. —Nós não somos rudes? —Riu Chaz. Ela zombou. —Olá, Kitty. —Gaguejei. —Como tem passado? —A última vez que a vi foi na galeria de arte na abertura de Jaime Zander. Ela tinha me perseguido. —Ótima. —Ela ronronou, pressionando os seios grandes de plástico contra mim. —Eu tenho saudades de voce. Onde você esteve? —Eu estive ocupado. —Eu queria que ela fosse embora. —Blake Burns, podemos tirar sua foto? — Outra voz gritou. Era um dos muitos paparazzi que flutuavam entre a multidão. Antes que eu pudesse fugir dele, Kitty-Kat me puxou para o lado e colocou os braços em volta do meu pescoço.

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—Sorria. —Disse ela e, em seguida, bateu os lábios injetados de botox contra os meus. FLASH! FLASH! FLASH! Merda. O fotógrafo tinha conseguido esse beijo antes que eu fosse capaz de escapar. Quando sua câmera me cegou, um arrepio percorreu minha espinha. Quem sabia onde essas fotos apareceriam? Eu já tinha tido o suficiente deste evento. Chega de Kitty. Eu me afastei dela. Ela ficou ofendida. —Onde diabos você pensa que vai, Blake? —Ela assobiou. —Casa. —Eu disse adeus a Chaz, que tinha testemunhado toda a cena miserável. Um curto quinze minutos mais tarde, eu estava no meu condomínio. Tomei um banho quente e me masturbei. Havia apenas uma garota a quem eu pertencia. A que eu não podia ter. Jennifer McCoy. ****** Quinta-feira foi para mais do mesmo. Não havia esperança para Jennifer e eu. Até que eu recebi um telefonema no final do dia da minha avó. —Blakela, eu encontrei sua namorada ontem. Ela me disse que é meshuganah sobre você. —Ela disse? —Eu já brinquei com você? Não. A minha avó louca super-sexuada de oitenta e cinco anos de idade era uma atiradora em linha reta. —Finalmente, você me deu algo para viver. —Ela gemeu. E vice versa. Disse à minha avó que eu a amava, e desliguei o telefone. Pela primeira vez em quase uma semana, um lampejo de esperança iluminou meu coração. E meu pau estremeceu.

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Capítulo 18 Jennifer A sala de conferências era espelhada como o resto do SIN-TV. Elegante com lotes de metal polido e couro preto. Cartazes e quadros das séries atuais estavam pendurados na parede junto com a divisão da SIN-TV criada pela agência de publicidade de Jaime Zander, a ZAP! “Televisão tão quente que sua tela vai chiar.” E, claro, uma enorme tela de plasma foi incorporada na parede frontal. Eu mancando entrei na sala. Blake já estava lá, sentado à cabeceira da mesa grande da sala de conferência. Sua presença enviou um arrepio em mim. Hibernando em meu escritório ao longo dos últimos dias, eu quase não o vi. A maioria da nossa comunicação era via e-mail. Esta manhã, eu tinha enviado a minha apresentação para rever e ele aprovou. A foto dele e Kitty se beijando tinha me prejudicado emocionalmente. Eu mal podia olhá-lo nos olhos. Eu não esperava que isso me causasse tanta dor. Apesar do fato de que era sexta-feira casual, ele estava usando um de seus elegantes ternos escuros sob medida com uma camisa branca e uma gravata elegante. Isso teve um efeito inesperado e irritante em mim. Ele também parecia descansado e tinha se barbeado. Seu cabelo que voltou a ser estilizado e parecia pós foda. Meu estômago se agitou. Claro, ele tinha fodido Kitty. E isso foi, provavelmente, só para começar. Cada nervo do meu corpo chiou. Seus penetrantes olhos azuis encontraram os meus, e eu sabia que ele sabia que ele estava me afetando. Ele esboçou um sorriso. Por que ele estava agindo como se nada tivesse acontecido entre nós? Por que ele estava me provocando? Eu era um cubo de gelo em chamas. —Sente-se ao meu lado, por favor. —Sua voz era autoritária e sedutora. Apontando o dedo indicador, ele indicou para eu tomar o assento à direita dele. Por mais que eu não quisesse sentar-me perto dele, ele ainda era meu chefe e eu não tinha escolha. Respirando calmante, eu me abaixei para a cadeira e

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coloquei minhas muletas ao meu lado na mesa. Blake levantou-se, juntou minhas muletas, e depois desfilou para o outro lado da sala onde ele as colocou no canto direito. Ele voltou ao seu lugar, e o calor de seu corpo radiante me incitou. Buscando uma distração, olhei para o meu laptop no meio da mesa. Com a ajuda da Sra. Cho e nossa equipe de tecnologia, eu o configurei no início da tarde para conectar-se com a TV de tela grande. Usando um controle remoto, eu seria capaz de projetar o meu PowerPoint na tela grande. Virei-me para enfrentar Blake. —Tem certeza de que quer que eu faça a apresentação? —Minha voz trêmula ressaltou minha insegurança. Esta era a minha primeira grande apresentação e eu... Nós... Tínhamos muito em jogo. Blake não vacilou. Seus hipnóticos olhos azuis encontraram os meus. Tireos de mim! —Sim. Este é o seu bebê. Seu campo. Ninguém pode vender sua ideia melhor do que você. Lembre-se das três cerejas... Coloque-as alinhadas. A ideia certa. A hora certa. A pessoa certa. Lição de Blake em Vegas – o credo de seu pai. Eu tinha duas das três cerejas no lugar. A ideia certa e na hora certa. Eu só precisava convencer Gloria. Uma pontada de tristeza me apunhalou. Quando se tratava de Blake e minha própria vida pessoal, nada estava alinhado. Tudo estava destruído. Eu lutei muito para colocar o que tinha acontecido entre nós na parte de trás da minha mente, com medo de que as lágrimas pudessem entrar em erupção. Não foi fácil. A tempo, exatamente quatro horas, Gloria entrou na sala com um homem elegantemente vestido, de cabelos espetados que parecia ser da mesma idade. Trinta e poucos. Gloria era ainda mais impressionante pessoalmente do que nas fotos que eu tinha visto tanto online quanto em sua casa. Alta e escultural, ela usava um terninho Chanel preto e branco (assim eu pensava) com um colar de pérolas envolto ao redor de seu pescoço. Batom vermelho brilhante destacava-se contra sua pele de porcelana, e sua cabeleira loira platinada caía em uma grossa trança

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solta sobre os ombros. Ela chegava a passar de sua cintura. Ela era descrita em uma palavra, intimidadora. Uma magnífica e poderosa mulher. Seu companheiro, gay descaradamente, aliviou a minha angústia. Vestido com calças justas de couro, um cardigã vintage, uma gravata borboleta e tênis vermelho, ele sorriu calorosamente para mim. Ele me lembrou muito do irmão de Libby, Chaz. Os olhos de Gloria, um extraordinariamente azul, o outro marrom, foram para o canto da sala onde minhas muletas estavam empilhadas. Seus olhos se voltaram para mim. Eu não tinha ideia se ela sabia o que havia acontecido em sua casa de praia. Eu me perguntei se Blake tinha dito ao seu melhor amigo Jaime? Antes que eu pudesse me afastar para longe da mesa de aço polido para me levantar, ela veio para apertar minha mão e apresentou seu companheiro, Kevin Riley, seu parceiro, diretor de marketing e relações públicas. Sua voz era de comando, mas quente. Eu imediatamente gostei dela. —Onde está Jaime? —Perguntou Blake enquanto ela e Kevin sentavam-se à mesa na minha frente. Avistei seu anel de casamento magnífico com os seus diamantes em forma de coração entrelaçados enquanto ela respondia. —Ele ainda está no Japão. Uma crise com um cliente. Blake revirou os olhos para ela. —Ah, então ele colocou as outras necessidades do cliente antes de vocês? — Blake tinha me dito, antes da reunião, que a agência de publicidade de seu marido ZAP! gerenciava a publicidade da Gloria´s Secrets. —Sim. —Um sorriso sexy apareceu em seu rosto. —Ele vai pagar. —Oh será? —Opinou Kevin. Gloria deu a Kevin um olhar irônico e, em seguida, voltou sua atenção para mim. —Obrigada pela linda moldura, Jennifer. Eu já coloquei uma foto de família nela e a coloquei no piano.

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Fiquei surpresa, mas aliviada que ela conseguiu tão rapidamente. —De nada. —Gaguejei, tentando acabar com ambas as lembranças deliciosas e turbulentas do fim de semana em sua casa. —Não podemos ir direto ao assunto? —Disse Blake, com suas palavras apressadas. Não havia nenhuma dúvida em minha mente que ele precisava para seguir em frente, tanto quanto eu. Meu peito apertou. Blake se virou para mim e me entregou o controle remoto. —Jennifer... —Sua voz sumiu. Respirando fundo, eu peguei o controle remoto e iniciei o PowerPoint. Cada slide falava sobre o poder dos livros de romance erótico que eu queria que se transformassem em telenovelas e a pesquisa que apoiou o meu bloco da TV SIN para a programação diurna. Eu consegui roubar alguns olhares de Gloria durante a minha apresentação. Ela sentou-se à mesa de conferência com cara de poker, as mãos, com as unhas vermelhas perfeitamente cuidadas, dobradas estoicamente em frente a ela, com os olhos intensos colados à TV de tela grande. Eu também olhei ocasionalmente em Blake. Ele estava intermitentemente acenando com aprovação e monitorando a reação de Gloria à apresentação. Lutando contra os meus nervos, eu me forcei a seguir em frente até que eu terminei a apresentação com um clipe com alguns depoimentos de grupos focais. “Uma imagem vale mais que mil palavras” meu pai, o perito em palavras, ironicamente pregava. Eu aproveitei. —Então, com base na popularidade destes livros e nossos resultados de pesquisa, eu acredito que há um enorme mercado para a programação erótica dirigida às mulheres. Estou timidamente chamando o bloco de “Minha SIN-TV”. Pronto. Com um suspiro interno de alívio, eu virei meu computador e ansiosamente aguardei uma resposta de Gloria ou Kevin. Silêncio. Gloria franziu os lábios cheios e vermelhos envernizados e, em seguida, virou-se para seu companheiro. —Kev, o que você acha? Prendi a respiração. —Eu acho que a ideia de Jennifer é fan-porra-tástica.

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Gloria assentiu, com um sorriso largo nos lábios. —Eu também. Eu amo todos esses livros, assim como os clientes da Gloria´s Secrets. Eu acho que isso é uma combinação perfeita. Eu gostaria de patrocinar o bloco inteiro em troca de colocação de produtos. Em estado de choque, eu atirei um olhar para Blake. Seus olhos brilhavam e um sorriso deslumbrante explodiu em seu rosto. Gloria continuou. —Jennifer, você já pensou em um componente on-line? —Ainda não. —Eu gaguejei, tentando manter minha compostura. Puta merda! Gloria Zander, a dona da Gloria´s Secrets, a maior varejista de lingerie feminina do mundo, tinha acabado de comprar meu bloco de programação. Graças a Deus, eu não podia andar, porque eu teria me levantado e feito uma dança feliz. Blake, para minha surpresa, não disse nada até que Gloria falou diretamente com ele. —Blake, o que eu gostaria de propor é que fizéssemos um empreendimento em conjunto online. Nós reproduziremos os episódios das telenovelas no nosso site e ofereceremos às mulheres um ponto e a oportunidade de clicar e comprar todos os produtos da Gloria´s Secrets em destaque. Vamos dividir os lucros. Vai ser um ganha-ganha para nós dois. Kevin abanou-se. —Oh, Gloriosa, isso é brilhante. Blake assentiu. —Eu concordo. Essa é uma ótima ideia. Sem perder tempo, Gloria levantou-se da cadeira e recolheu sua monstruosa bolsa Chanel. Kevin seguiu o exemplo.

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—Blake, por favor, faça seu pessoal chamar o meu. Eu quero colocar isso no caminho certo. —Eu irei. —Disse ele alegremente enquanto Gloria e Kevin vinham ao redor da mesa para apertar nossas mãos. O acordo foi selado. Os olhos de duas cores de Gloria encontraram os meus. Ao invés de me intimidar como fizeram quando ela chegou pela primeira vez, eles brilhavam com o calor. Ela sorriu. —Oh, eu quase esqueci. —Ela enfiou a mão em sua bolsa em busca de algo. Ela puxou-o para fora. Meu coração pulou uma batida. Pendurado na palma da mão de Gloria estava o belo colar de Blake com o coração de turmalina rosa que eu pensei que tinha perdido. —Eu encontrei isso na casa de praia. Não é meu, então eu pensei que pudesse ser seu, Jennifer. —N-não, não é meu. —Balbuciei com lágrimas enchendo a parte de trás dos meus olhos. —Ele pertence a mim. —Blake disse friamente. Ele pegou o colar de Gloria e colocou-o no bolso do casaco. Gloria fechou o zíper de sua bolsa. —Jennifer, você e Blake fazem uma grande equipe. Faça funcionar. Ele precisa de você. Com uma piscadela, ela e Kevin desapareceram. Enquanto eu tinha ganhado de Gloria um grande momento, a minha vitória foi fugaz. Minha euforia tinha dado lugar à ansiedade. Estar sozinha com Blake fez a minha barriga torcer e meu coração acelerar. Preenchida com a necessidade desesperada de ficar longe dele, eu me afastei da mesa. —Não vá. —Sua voz era um comando direto.

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Eu congelei. —Nós precisamos conversar. —Sobre a apresentação? —Não. Sobre nós. Cada músculo do meu corpo endureceu. —Não há nada para falar. —Não me cale, Jen. Eu segurei as lágrimas. A porta do meu coração estava trancada. E isso ia ficar assim por um longo tempo. Eu tive desgosto suficiente em um mês para durar uma vida. —Você poderia, por favor, me dar minhas muletas? —Minha voz estava trêmula. —Você não vai a lugar nenhum até que falemos. —Por favor. —Eu implorei. —Se você não se abrir, eu vou te foder aqui nessa mesa. —Como é? —Você me ouviu direito. Eu tremi com o pensamento. —Minhas muletas, por favor. —Minha voz ficou mais desesperada. Eu tinha que ficar longe dele. —Fale comigo, Jennifer. —É Srta. McCoy. E se você não vai pegá-las para mim, eu vou pegá-las eu mesma. —Espere...

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Nada de esperar. Eu me afastei da mesa novamente e me levantei. Pulando em um pé, eu fui em direção ao canto onde minhas muletas estavam empilhadas. Blake veio atrás de mim. —Droga, Jen. Deixe-me entrar. Ah, então agora ele estava citando as frases do filme Frozen. —Fique longe de mim. —Eu implorei e pulei mais rápido. As lágrimas agora caíam dos meus olhos. Eu estava desgastada e cega. No meio da sala, eu perdi o equilíbrio e tropecei. Porra. Eu ia cair de cara no chão. Em cima da hora, Blake apertou minha cintura, me impedindo de fazer uma queda embaraçosa e potencialmente dolorosa. —Segure-se em mim e eu vou ajudá-la a pegar suas muletas. —O tom de sua voz era suave e arrependido. Relutantemente, eu envolvi um braço em torno de seu ombro largo para me apoiar e pulei até minhas muletas, com seu corpo duro contra o meu. Um calafrio seguido pelo calor indesejado das feridas me atingiu. Quando eu coloquei minhas muletas debaixo dos meus braços, ele me encurralou, apoiando as palmas das mãos contra as paredes. Ele se inclinou para perto de mim, mantendo-me prisioneira. Eu podia ouvir seu coração batendo forte e senti seu calor. —Jen, me desculpe pelo que fiz. Eu me sinto como um idiota. Eu bufei em lágrimas. —Você é um idiota. Um babaca. Ele baixou a cabeça. —Eu sei. —Agora, por favor, deixe-me ir. —Meu tom era mais cansado do que duro. —Não, Jennifer. Não até que você me diga que tipo de jogo você está jogando.

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—O que você quer dizer? —Minha avó me disse que te encontrou no outro dia, e você disse a ela que você está meshugunah por mim. —Eu nem sei o que isso significa. —Significa que você é louca por mim. Da mesma forma que sou louco por você. Apertei os olhos lacrimejando. —Eu era louca por você. E sabe de uma coisa? Eu até ia perdoá-lo por me enviar esse vídeo desprezível até que eu vi a foto. —Do que você está falando? —Essa foto de você e sua Kitty-Kat no The Hollywood Reporter. —Foda-se. —Ele mordeu seu lábio inferior e deu um tapa na testa. —Isto... Eu o interrompi, com minha voz venenosa. —Estamos separados por nem sequer uma semana e você está de volta aos seus velhos hábitos. Eu acho que uma vez um jogador, sempre um jogador. —Juro por Deus, Jen, não foi assim. Você tem que acreditar em mim. Lágrimas ardiam meus olhos. —Eu não sei mais em que acreditar, Blake, exceto que você me enganou e partiu meu coração. —Jesus, Jen. Você está me matando. Você é a única. Eu te amo de corpo e alma. —Ele se moveu para me beijar. Nossos lábios se tocaram brevemente antes de eu me afastar. —Isso é assédio. Me. Deixe. Ir. —Minha voz estava chorosa. Xingando baixinho, ele se separou e me libertou. Com pouca satisfação, eu manquei para fora da sala.

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Capítulo 19 Blake De volta ao meu escritório, eu estava entorpecido. Jennifer tinha absolutamente impressionado a impossivelmente difícil de agradar, Gloria, com sua apresentação. Ela tinha feito exatamente o que meu pai pregava. Tinha alinhado as três cerejas, a idéia certa, no momento certo, a pessoa certa. Ela tinha feito um grande trabalho e eu não a tinha elogiado. Nem lhe havia dito que durante a maior parte de sua apresentação, eu estava fantasiando sobre puxá-la em meus braços e estendê-la sobre a mesa da sala de conferências e transar com ela até que ela admitisse que me perdoava e pedisse mais. Sexo de reconciliação. Olhei para o pequeno globo de neve que ela tinha me dado no Natal. Ele estava na minha mesa bem próximo ao Hollywood Reporter. Joguei a revista maldita em minha lata de lixo e peguei o globo. Eu dei-lhe uma agitação e observei as manchas brilhantes de neve dançando em torno da bola dourada. Jennifer McCoy tinha derretido meu coração, mas agora ele estava congelado. Isso doía como o inferno. Ela havia deixado claro para mim que o perdão não estava em minhas estrelas. Droga. Por que não podia ser mais como seu herói animado Bob Esponja e aceitar-me com os meus defeitos? Por que não podia confiar em mim? Acreditar em mim? Sim, eu era gravemente falho, mas isso não me impediu de querê-la e amá-la. Coloquei o globo de neve na mesa, apoiei meus cotovelos sobre ela e afundei a cabeça latejante em minhas palmas. —Filho, você está bem? Meus olhos dispararam para a porta do meu escritório. Era meu pai, de volta de sua viagem com a minha mãe para Aruba. Ele estava vestindo um de seus ternos cinza impecavelmente adaptado e ostentava um rico bronzeado. —Oi, pai. —Eu murmurei enquanto ele caminhava em minha direção.

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—Você não está doente de novo, está? —Ele perguntou, observando meus olhos febris e cabelo amarrotado. Eu balancei a cabeça e afrouxei a gravata em volta do meu pescoço. —Pai, eu preciso falar com você sobre algo. —Vamos lá fora. Vamos tomar um brandy. Trouxe um charuto cubano. Uma dose de conhaque e um charuto fumado meia hora mais tarde, eu tinha descarregado a minha relação com Jennifer para o meu pai. Ele tinha o direito de saber que isso poderia afetar os negócios da Conquest Broadcasting. Ele me ouviu atentamente com poucas interrupções. Ele soprou uma onda de fumaça no ar quando eu cheguei ao final da minha confissão. —Então, eu fodi tudo. —Não é a primeira vez. Será que ela vai sair? —Não. Ela deixou claro que quer continuar seu trabalho. Sua apresentação para Gloria Zander foi excelente. A Gloria´s Secrets vai patrocinar o bloco de romance erótico que ela está desenvolvendo, e Gloria quer mesmo fazer parceria conosco em uma empresa on-line potencialmente lucrativa. Meu pai sorriu. —Eu sabia que ela era uma vencedora. Eu caí na minha cadeira. —Eu sou o perdedor. —Olhe para mim, Blake. —Meu olhar encontrou as sobrancelhas corpulentas. —Eu não criei você ou sua irmã para serem perdedores. Reconquiste-a. Ela é a melhor coisa que já aconteceu com você. —Mas como? Ela está totalmente me afastando. —Eu tomei outro gole do brandy.

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—Deixe-me lhe contar uma história sobre sua mãe e eu. Meus pais tinham um casamento perfeito. Ele desafiou as expectativas de Hollywood. Depois de mais de quarenta anos gloriosos, eles ainda se amavam loucamente. —Bem, não foi sempre perfeito entre nós dois. Meu coração deu um pequeno salto. —O que você quer dizer? —Bem, antigamente, eu era considerado um jogador também. Só que eles me chamavam de “mulherengo”. Eu era todo ouvidos enquanto meu pai contava sobre o tempo em que ele teve que perseguir a minha mãe, uma jovem estrela, mais para rainha do drama, todo o caminho até Nova York para provar que ele estava apaixonado por ela. Ela tinha corrido de volta para casa depois de pegá-lo com outra mulher. Um raro momento de fraqueza. Ele praticamente comprou-lhe uma loja de flores e ficou do lado de fora da varanda da casa de seus pais na chuva por dois dias, batendo na porta até que ela cedeu. Ela deixou-o entrar. Com as flores encharcadas e tudo. Meu pobre pai ficou com pneumonia. Mamãe cuidou dele, até que ele se recuperou. E, desde então, eles nunca estiveram separados ou parado de se preocupar um com o outro. Eu estava em êxtase. Eu nunca soube disso. O ponto da história: Você tem que ir atrás do que você quer. Ele deu outra tragada em seu charuto. —Meu velho amigo George Carlin disse uma vez, “Os homens são estúpidos; mulheres são loucas. E as mulheres são loucas porque os homens são estúpidos.” Palavras de sabedoria com certeza. —As mulheres gostam de fechar as portas na nossa cara. Elas também gostam que nós as derrubemos para abrí-las.

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Tomando um gole de conhaque, absorvi suas palavras. —Vá ao Shabat hoje à noite e seja inteligente. Compre-lhe uma dúzia de rosas e vá derrubar sua porta. E com isso, eu sabia por que eu amava tanto meu pai. Eu fiz algo que não tinha feito em um tempo muito longo. Dei-lhe um abraço.

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Capítulo 20 Jennifer TGIF1. Graças a Deus, era sexta-feira. Finalmente, o fim do dia chegou. Tinha sido uma das semanas mais emocionalmente e fisicamente desafiadoras da minha vida. Uma montanha-russa. Muito perto da semana seguinte ao meu quase estupro na faculdade. Entre ficar de muletas, a apresentação para Gloria, e lidar com um coração partido que não mostrava sinais de cura, eu sinceramente não tinha certeza de como eu tinha feito isso. Na verdade, eu me senti mais quebrada do que eu estive na segunda-feira. Eu deveria ter ficado emocionada que eu tinha conquistado Gloria e que a Gloria´s Secrets iria patrocinar o meu bloco de programação e isso era só para começar. Mas a verdade: a vitória foi de curta duração. O simples toque dos lábios de Blake nos meus deixou o meu coração em chamas. Meu corpo inteiro estava em chamas como um rastilho de pólvora feio que não poderia ser apagado. Que manteve destruindo tudo em seu caminho. Eu estava carbonizada e desfigurada. Lágrimas queimavam meus olhos enquanto eu escrevia um resumo do nosso encontro, a última coisa que eu tinha que fazer antes de ir para casa. Libby estava voando para Chicago direto do trabalho para fazer grupos de foco lá, então eu ia ter a casa só para mim. Eu tinha pouca coisa para fazer, exceto tirar meus pontos no sábado. Eu seria capaz de andar novamente em meus próprios dois pés e retornar a algum tipo de normalidade. Com a forma como o meu coração doído pesava contra o meu peito, eu só não sabia o que minha nova normalidade seria. Um pouco depois das seis horas, eu arrumei minhas malas. Eu estava sentindo falta de uma coisa. Meus óculos. Meus olhos dispararam ao redor do escritório. Eu freneticamente verifiquei sob a minha papelada e, em seguida, debaixo da minha mesa. Eu, então, abri e fechei algumas gavetas. Eles estavam longe de serem encontrados. E não ser capaz de ver muito bem sem eles não ajudava nada. Droga. Onde diabos eu tinha os deixado? Na cafeteria? Na sala de 1

TGIF – Abreviação de Thank God, it was Friday - Graças a Deus, era sexta-feira.

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conferências? No banheiro das mulheres? Eles poderiam estar em qualquer lugar. Desistindo, eu peguei minha mochila, que era espaçosa o suficiente para manter o meu laptop, e manquei para fora do meu escritório em minhas muletas. Embora eu tivesse me acostumado a elas, eu estava tão ansiosa para dizer adeus a elas amanhã. Os colegas de trabalho que passaram por mim no meu caminho me ofereceram boa noite e me desejaram um ótimo fim de semana, sim, certo. Quando me aproximei do lobby, ouvi passos correndo até mim por trás. —Jen, espere. Porra. Blake. Eu manquei mais rápido. Passos de gigante. Eu tinha começado bem com essas muletas. Ele me alcançou e me parou. —Você deixou isso na sala de conferência. —Disse ele sem fôlego quando colocou os óculos no topo da minha cabeça. Seus polegares roçaram minhas têmporas e isso fez a minha pele formigar. —Obrigada. —Minha voz era glacial. Ele tirou uma mecha de cabelo que tinha caído na minha testa. Agarrei minhas muletas para me equilibrar. Meu corpo estava uma bagunça. —E você deixou isso. —Ele enfiou a mão dentro do bolso de sua jaqueta. Meu coração disparou, sabendo o que estava por vir. —Isto é seu. —Disse suavemente, segurando o colar de turmalina em forma de coração na palma da mão. Levou tudo que eu tinha para não explodir em lágrimas. —Eu não quero seu coração, Blake. Seus olhos perfuraram os meus. —Mas ele pertence a você. —Não, Blake. Seu coração não pertence a ninguém.

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Ele beliscou seus lábios finos. —Apenas deixe-me colocá-lo em você. —Não. Me. Toque. Derrotado e abatido, ele colocou o colar de volta no bolso. Lágrimas estavam ameaçando cair; Eu precisava ficar longe dele. —Desculpe-me, por favor, mas eu tenho que ir. —Posso, pelo menos, dar-lhe uma carona para casa? — Seu olhar me segurou cativa. —Não há necessidade. — Eu fechei meu coração dolorido. Sem dizer boa noite, eu pulei o mais rápido que pude para a entrada do edifício. Felizmente, Chaz estava me esperando do lado de fora com seu Jeep. Libby tinha arranjado para seu irmão me levar para casa em sua ausência. Eu sempre podia contar com Libby. Não havia como fugir de Blake; ele correu atrás de mim. —Jen... — Ele me segurou. Eu me afastei e quase tropecei. —Por favor... —Ele parecia desesperado. —Vá se foder. —Eu gritei quando empurrei a porta com o meu pé bom e fiz a minha fuga. Pensei que iria me sentir bem em dizer as três palavras que eu desejava dizer o dia todo. Isso não aconteceu. Isso machucou. Muito.

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Capítulo 21 Jennifer Graças a Deus, Chaz estava esperando por mim na frente do edifício. Ele me ajudou a entrar no jipe e colocou minhas muletas no banco de trás. Vindo direto de seu estúdio, ele estava vestido com uma camiseta apertada e calças de brim com pregas. O designer de moda sempre parecia na moda. Depois de prender o cinto de segurança, olhei pela minha janela, meio esperando que Blake ainda estivesse na entrada me observando. Ele não estava. Meu coração afundou enquanto nós nos afastávamos. Eu não tinha visto Chaz desde a noite de Natal da Broadcasting Conquest. Esperava que ele me perguntasse como tinha sido meu feriado, mas em vez disso, ele virou para mim e perguntou. —Jenny-Poo, você vai surtar? —O que isso significa? —Você parece suicida. À medida que saímos do estacionamento, a barragem segurando as lágrimas estourou. —Oh, Chaz, eu estou uma bagunça. — Eu soluçava. —Por causa desse homem. —Ele me entregou uma caixa de lenços do painel de instrumentos e eu limpei meu rosto. —Você sabe sobre Blake? —Eu sei sobre tudo nesta cidade. Libster me disse o que está acontecendo. Eu tinha feito Libby jurar que ela não diria a ninguém no trabalho sobre Blake e eu, mas eu não ia conseguir que ela não compartilhasse o nosso relacionamento com o irmão.

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—Chaz, ele quebrou meu coração. —Por causa daquele vídeo? Essa era apenas parcialmente a verdade, então eu assenti. —Poooor favor. Isso foi tão brilhante. —Como você pôde dizer isso? —Ele salvou você de se tornar a Sra. Idiota. —Mas a forma como ele lidou com isso foi tão enganoso. —O que você esperava que ele fizesse? Batesse em sua porta para dizer: “Ah, a propósito, querida, eu vi seu noivo fodendo com a sua higienista?” Eu limpei o meu nariz escorrendo. Ele tinha um ponto. —Jenny-Poo, caia na real. Esse homem é a melhor coisa que já aconteceu com você. Ele é o sexo sobre duas pernas. Ele poderia fazer uma lésbica querer um pau. Se eu pudesse, eu transaria com ele em um minuto de Nova York. Apesar do meu estado lamentável, eu quase ri. —E ele está louco de amor por você. —Como você sabe? — Funguei. —Querida, eu vi o jeito que ele te beijou na festa de Natal. Nenhum homem beija alguém assim, a menos que ele esteja loucamente apaixonado. Ele era feroz. E eu vi a maneira como ele olhou para você naquela galeria de arte. As memórias daqueles dois eventos inundaram minha cabeça. Outra torrente de lágrimas pousou no meu rosto. —Mas, Chaz, ele não está apaixonado por mim. Ele totalmente já me esqueceu. —Como você sabe disso?

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—Eu vi uma foto dele beijando uma de suas amigas de foda em algum grande evento na outra noite. Ele estava em cima dela. —Cale-se. Isso não é verdade. Eu estava lá. Essa cadela estava toda sobre ele. Eu deveria tê-la esbofeteado. Cada músculo do meu corpo se apertou. Oh Deus. Eu tinha feito um erro terrível. Eu deveria ter confiado nele. Acreditado nele. Mas agora era tarde demais. —Chaz, eu totalmente fodi tudo. Eu tenho sido tão implacável e cruel. Eu não acreditei nele e disse-lhe para se foder. Ele não vai me querer mais. —Querida, isso não acontece dessa forma. Ele vai. —Oh, Chaz, o que devo fazer? —Chame-o agora e diga que você sabe o que aconteceu. E diga a ele que você o ama. Eu amava Chaz. Ele me deu um vislumbre de esperança. Eu imediatamente puxei o meu telefone para fora da minha mochila e disquei o número do escritório de Blake rapidamente. O telefone foi imediatamente para a sua mensagem de voz. A voz acentuada da Sra. Cho soou no meu ouvido. Em vez de deixar uma mensagem, eu simplesmente desliguei. —Ele não está no escritório. —Eu disse com tristeza para Chaz. —Menina, o que você está esperando? Ligue para o seu celular. Blake sempre tinha seu iPhone com ele. Às vezes, nos lugares errados e na hora errada. Mas eu estava feliz com isso agora. Sem perder um segundo, eu digitei esse número. Seu telefone tocou e tocou e tocou. Por favor, por favor, por favor, atenda, Blake.

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Meu coração afundou ao meu estômago. Ele estava me ignorando. Ele não queria falar comigo. Eu tinha razão; estava tudo acabado. Finalmente, a chamada foi para o seu correio de voz. O som de sua voz aveludada e viril enviou um arrepio na base da minha espinha. O telefone sacudiu na minha mão, enquanto as lágrimas desciam da tela. No final de sua mensagem, eu forcei minha voz a atravessar o nódulo doloroso na minha garganta. —Por favor... Minha mensagem cortou antes que eu pudesse dizer o nome dele. Meu telefone tinha morrido. Merda. Tinha descarregado a bateria. —Chaz, meu telefone morreu. —Talvez não fosse para ser. —Use o meu. —Não, está tudo bem. Estamos quase em casa. Vou carregá-lo e chamá-lo de lá. —Você promete? —Sim. Eu vou ligar pra ele. —E então você vai me ligar imediatamente e me dizer tudo. —Eu vou. —Tremendo, eu coloquei meu celular de volta na minha mochila e tirei minhas chaves da casa. Cinco minutos mais tarde, nós paramos na casa de campo espanhola que eu compartilhava com Libby. As luzes estavam apagadas. Chaz me ajudou a sair do carro e me entregou minhas muletas. Ele me acompanhou até a porta da frente. A temperatura caiu. Uma nuvem espessa envolvia a lua cheia, fazendo o céu ficar escuro. Um arrepio percorreu-me. Estava exatamente como na noite do meu segundo ano, a noite em que quase fui estuprada. Limpei a memória dolorosa, assim que inseri a chave na fechadura. —Você quer comer sushi comigo mais tarde? — Chaz perguntou enquanto eu abria a porta, balançando em minhas muletas. —Eu tenho um Groupon para Roku.

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Chaz sabia o quanto eu amava sushi, algo que eu nunca tinha comido em Boise. Mas esta noite, eu não estava no estado de espírito para sair para um restaurante elegante, frequentado por celebridades, aonde as pessoas iam para verem e serem vistas. E talvez, apenas talvez, eu veria Blake esta noite. —Vou passar desta vez. —Combinado. Quando Libster voltar, vamos todos sair, incluindo o lover 2

boy . —Claro. —Eu arqueei um pequeno sorriso, encobrindo minhas dúvidas sobre Blake. Eu deixei Chaz me abraçar dando boa noite antes de entrar na casa. A primeira coisa que fiz quando entrei foi acender as luzes. Uma sala cheia de achados do mercado de pulgas chique gasto entrou em visão e me aqueceu. Era bom estar em casa. Longe do escritório. Eu fui até o sofá onde eu joguei a minha mochila pesada. Peguei meu celular e coloquei-o no bolso. Muletas faziam até mesmo as menores coisas impossíveis. Meu estômago roncou. Eu estava com fome. Eu mal tinha comido uma coisa durante todo o dia. Eu manquei para a cozinha. Eram incomuns correntes de ar. Acendi a luz e percebi que tinha acidentalmente deixado a janela aberta. Fechando, eu fui para o balcão onde eu liguei meu celular no carregador, ligado a uma tomada. Levaria cerca de cinco minutos para um sinal aparecer. Minha próxima parada: a geladeira. Equilibrando-me sobre minhas muletas e com as mãos-livres, eu abri a porta. Não havia nada de alimentos, mas, pelo menos, havia uma garrafa meio vazia de Two Buck Chuck. Isso teria que bastar. Talvez um pouco de vinho fosse me ajudar a relaxar e me dar a coragem para chamar Blake novamente. Fechei a geladeira e passei meus dedos em torno do vidro verde suave. Quando eu o tirei da prateleira, uma mão poderosa apertou meu pescoço. Engoli em seco. A garrafa escorregou da minha mão e caiu no chão de azulejos. O som de vidro quebrando explodiu em meus ouvidos. Mas eu não podia olhar para baixo. Uma realidade terrível me assaltou. Alguém estava me atacando. Um intruso. Meu coração batia forte e eu mal podia respirar enquanto seu aperto no meu pescoço aumentou dolorosamente. Terror preencheu todos os cantos do meu corpo.

2

Garoto Amante.

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Eu queria gritar, mas minhas cordas vocais estavam paralisadas. O que importava? Ninguém iria ouvir meu grito de qualquer maneira. Chaz estava muito longe. E a nossa casa estava imprensado entre um estacionamento deserto e um lote vazio. Ninguém nem mesmo passeava com seus cães por ali. Tremendo toda, senti meu intruso puxar meu rabo de cavalo com tanta força que gritei de dor. Ele soprou no meu ouvido. —Você vai finalmente pagar pelo que você fez, sua puta fodida. Eu imediatamente reconheci a voz. —Você se lembra disto? Uma mecha de cabelo escuro e sedoso roçou meus lábios. Meu cabelo. Oh Deus, não. Era ele!

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Capítulo 22 Blake Parei em uma loja de flores no meu caminho para a casa de Jennifer. Não muito longe do meu escritório, que era uma das favoritas de minha mãe. Eu tinha feito a minha encomenda. Uma dúzia das mais belas rosas cor de rosa com cabo longo que eles tinham. E para minha surpresa, eles tinham até o balão em estoque que eu queria. Um balão grande do Bob Esponja com “EU TE AMO!” escrito nele. Enquanto o florista Jovial artisticamente dispunha as rosas em um grande vaso de cristal, eu escrevi uma nota. Eu tinha pensado sobre o que escrever no carro e sabia que isso ia deixar a minha tigresa de boca aberta. Minha bela Tigresa, Era uma vez um jogador chamado Blake, Que encontrou o amor verdadeiro durante as férias de Natal. Mas quando o menino estúpido fodeu tudo, A garota que ele amava simplesmente superou E deixou o pobre jogador com um importante caso de dor de cabeça. Seja como o seu herói, Bob Esponja, e me aceite com todos os meus defeitos. Ame-me com o seu coração da maneira que eu te amo. Somente seu. Blake Esponja Sem calças

Abaixo da minha nota, eu desenhei uma imagem do sósia do Bob Esponja. Blake Esponja. Em vez de usar aquele short estúpido, ele ostentava um grande pau. Rabisquei mais alguns corações em torno do meu desenho e, em seguida, admirei minha criação. Você sabe o que? Talvez eu não fosse um Picasso ou um poeta, mas eu tinha talento. Eu não podia esperar para ter a minha tigresa em meus braços.

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A florista colocou minha nota em um suporte de cartão de plástico e o inseriu no vaso. O balão do Bob Esponja, amarrado em um peso, subia no ar, quase tocando o teto. Ansiosamente, eu coloquei minha mão no meu bolso da calça onde eu sempre mantive meu cartão de crédito e iPhone. Meu pulso acelerou. O cartão de crédito estava lá, tudo bem, mas o meu telefone não estava. Droga. Devo ter deixado no meu escritório. Eu rapidamente paguei pelas flores e, em seguida, corri para fora da loja com o vaso na minha mão. Eu não poderia estar sem meu telefone celular no fim de semana. Colocando cuidadosamente o vaso no chão por baixo do banco do passageiro, eu coloquei o meu Porsche em marcha e me dirigi de volta ao meu escritório nas proximidades. Voando baixo pela Olympic Boulevard sem trânsito, cheguei lá algum momento depois. Com certeza, o telefone estava na minha mesa. Eu rapidamente verifiquei minhas mensagens. Havia uma dúzia de novos e-mails e textos. Todos eles da minha gerente da filial em Vegas, Vera Nichols. E todos eles marcados como URGENTE, pedindo-me para ligar para ela. Perplexo, eu imediatamente disquei o número dela. Ela atendeu ao primeiro toque. Sua voz soou em pânico. —Oh, graças a Deus, você me chamou, Blake. Eu estive tentando falar com você pela última meia hora. —E aí? —Don Springer escapou da prisão esta tarde. Eu acabei de descobri. Meu coração bateu forte contra meu peito. —Porra. —Há uma caçada humana por ele. —Será que eles têm alguma ideia de onde ele está? —Não. Ele roubou um carro, e ele pode estar armado e perigoso. —Vera, quero que você e sua família vão para um hotel imediatamente. Não se preocupe com o custo. Eu cuidarei disso.

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—Obrigada, Blake. —Onde está Eddie? —Ele ainda está no hospital. —Chame o hospital e diga-lhes o que está acontecendo. Chame a segurança. E cuide de seu ex, se ele ainda estiver lá. —Eu vou. —Ela fez uma pausa. —Blake, ele poderia estar em qualquer lugar. Seja cuidadoso. —Eu vou. —E, em seguida, um alarme disparou dentro de mim. —Chame-me se você ouvir qualquer coisa. —Eu terminei a chamada e imediatamente liguei para Jennifer. Ela precisava saber. E eu precisava saber que ela estava bem. Seu telefone tocou e tocou. Nenhuma resposta. Porra. Ela estava me ignorando. Ou talvez, apenas talvez, ela tinha perdido o seu telefone celular como eu. Ou ele foi desligado. Eu não podia culpá-la. Ela pensou que eu era um idiota. Quando eu desapontado coloquei meu celular no bolso da calça, um pensamento de horror cruzou minha mente. Meu coração acelerou. Jesus Cristo. E se ele tivesse chegado a ela? Corri para fora do meu escritório até o meu carro.

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Capítulo 23 Jennifer Sua língua repulsiva lambeu meu ouvido interno. Eu me contorci, mas seu poderoso aperto no meu pescoço me segurou forte. Oh Deus! O homem que tinha quase me estuprado na faculdade estava de volta. E eu tinha acabado de fazer uma surpreendente descoberta de abalar a mente. Foi Don Springer! Para minha surpresa absoluta, eles eram uma e a mesma pessoa. Blake tinha me dito que ele estava na prisão, mas ele deve ter escapado. Ele enterrou a cabeça no meu cabelo e inalou. —Cerejas e baunilha. Certo? Eu balancei a cabeça. —Diga isso, cadela! —Sim. Cerejas e baunilha. —Minha voz era tão baixa que mal pôde me ouvir. —Como eu poderia esquecer? —Ele inalou novamente. —Então, parece que você teve um pequeno acidente. —S-sim. —Logo você nunca vai andar novamente. E você não vai precisar de muletas. Ele apertou seu braço em volta do meu pescoço, com tanta força que eu não conseguia respirar. Meu coração estava batendo a mil por hora e minha mente estava acelerada. Pense, Jen, pense! Uma ideia impulsiva voou na minha cabeça. Valia a pena o risco. Eu não tinha escolha. Ele estava me sufocando. Com falta de ar, eu rezei em silêncio pela minha vida. Em seguida, tão forte quanto eu podia, eu enfiei a ponta da minha muleta direita em seu pé.

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—Ai! Sua puta fodida! —Gemendo de dor, ele soltou meu pescoço e se abaixou para esfregar o peito do pé latejante. Sim! Agarrando minhas muletas, eu escapei, mancando para longe dele tão rápido quanto eu podia. Eu tinha que chegar até a porta da frente. Para a segurança. E gritaria por ajuda externa. Talvez até mesmo de carro. Então me lembrei das chaves do carro que estavam penduradas na cozinha. Eu pensei em deixar cair as muletas, mas não tinha certeza se mancando no meu pé ruim com o seu curativo do tamanho de uma luva de boxe seria mais fácil. Ou mais rápido. Ofegante, eu fiz isso até a sala. Passos pesados estavam se aproximando por trás de mim. —Volte aqui, sua puta! Oh Deus. Ele estava atrás de mim. Se eu pudesse chegar até a porta da frente. Eu ouvi meu telefone tocando na cozinha. Ele parou e, em seguida, tocou novamente. Merda. Por que eu não tinha levado comigo? Eu poderia ter chamado 911. Eu estava a poucos passos da liberdade quando ele me abordou. Eu caí forte, de cara no chão, com muletas e tudo, presa sob seu corpo atarracado. Atordoada, eu tentei libertar-me, mas o seu peso e força tornou impossível. Ele tinha me fixado no chão. Medo, como eu nunca tinha conhecido me consumiu. Tudo o que eu podia fazer agora era gemer. —Cale a boca, sua putinha. Eu só quero ouvir você gemer quando eu foder você. —Ele dolorosamente puxou meu rabo de cavalo novamente. —Entendeu? Eu balancei a cabeça, mordendo com força meus lábios trêmulos para acabar com meus sons. Lágrimas tórridas derramavam dos meus olhos para o chão de madeira. Ele puxou novamente, desta vez com tanta força que estremeci. —Eu não ouvi. —S-sim. —Eu gaguejei, com minha voz fina e embargada.

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—Bom. Você sabe, eu poderia te foder assim, mas eu quero ver seu lindo rosto quando eu te estraçalhar e gozar dentro de você. Em um movimento de parar o coração, ele rolou de cima de mim e me virou de costas. Pela primeira vez, eu o enfrentei. Vestido com moletom mal ajustado, ele estava usando luvas de couro e uma máscara de esqui, assim como ele tinha usado no meu segundo ano. Seus olhos insípidos brilharam através dos orifícios, e eu podia ver o sorriso malígno em seu rosto sob o tecido. Eu ainda não podia acreditar que meu estuprador e Don Springer eram a mesma pessoa. Segurando minha cabeça para baixo, ele puxou meu rabo de cavalo e levou as extremidades através das aberturas de suas narinas. Ele inalou profundamente. —Eu tinha certeza que eu conhecia você de alguma forma quando a vi pela primeira vez no set da Roda. —Roda da Dor, seu show nojento e sádico. Ele cheirou novamente. —Aquele cheiro de baunilha e cereja do seu cabelo sempre ficou comigo. Levei um tempo, mas eu descobri. Tudo voltou para mim. Quando o meu telefone tocou novamente, a memória terrível daquela noite na faculdade inundou meu cérebro. Dele empurrando para baixo o meu jeans, arrancando minha calcinha e abrindo a braguilha. E, em seguida, cortando o meu cabelo. Eu estava tremendo toda. Isso ia acontecer mais uma vez. Se apenas eu tivesse o meu spray de pimenta. —Não foi muito bom você pulverizar aquela merda nos meus olhos. Ou fazer-me perder o meu emprego. Ele me deu um tapa forte no meu rosto e eu estremeci. —E não foi muito bom você apunhalar o meu pé. —M-me desculpe. —Eu gaguejei.

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—É um pouco tarde para um pedido de desculpas, querida. —Ele puxou um grande canivete e o abriu. Engoli em seco. A lâmina afiada tinha pelo menos seis polegadas de comprimento. —P-por favor, não me machuque. — Eu soluçava. Ele riu maliciosamente. —Isto não vai doer. Eu só quero outra pequena lembrança. —No salto de um batimento cardíaco, ele cortou um trecho de três polegadas do meu rabo de cavalo. Ele cheirou novamente e o colocou no bolso. A faca ficou em sua mão. Eu não pude me segurar. Comecei a chorar. Ele pressionou a ponta da faca contra o meu pescoço. Ah não! Ele ia me matar. —Então você quer chorar? —Você vai me matar? —Ainda não. Mas eu vou fazer você chorar mais. Eu estava com muito medo de dizer alguma coisa. Apenas solucei. Mordi o lábio trêmulo. —Agora puxe para baixo sua saia. Eu estava muito paralisada de medo para me mover. —FAÇA! Tremendo de suor frio, eu desfiz o botão e deslizei a saia sobre meus quadris. Com a mão livre, ele a empurrei pelas minhas pernas. Então, para meu horror absoluto, ele pegou a faca e cortou os botões da minha blusa. Ele abriu-a e cortou meu sutiã. Meus seios tremeram quando ele passou a lâmina afiada em meus mamilos. Arrepios espalharam por todo o meu corpo. —Por favor, não me machuque. — Eu soluçava. —Eu vou fazer o que quiser.

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Através das minhas lágrimas, eu podia vê-lo sorrir novamente. E, em seguida, moveu a faca para a minha virilha. Oh Deus. Eu apertei meus olhos fechados e apenas deixei as lágrimas ardentes caírem. Esperando sentir a dor insuportável, eu não ouvi o outro SLASH! Pisquei os olhos. Ele tinha cortado a minha calcinha e estava segurando-a em seu nariz. Após uma inspiração profunda, ele a jogou longe. O telefone tocou novamente enquanto ele olhava meu centro exposto. —Agora eu finalmente vou meter meu pau nessa sua bucet* doce. —Ele enfiou um dedo dentro de mim e eu gritei. —Cale a boca, puta. E afaste as pernas. —Ele rosnou quando tirou seu dedo. Eu não podia fazer minhas pernas se moverem. —Faça isso, cadela! Lentamente, eu abri minhas pernas tremendo. Ele riu novamente. —Desta vez, seu namorado babaca não vai estar por perto para salvá-la. As chances são de que você não vai estar por perto para lhe dizer tudo sobre isso. E se as coisas saírem como planejado, nem ele irá. A realidade bateu-me com a força de uma avalanche. Ele ia me estuprar e depois me matar. E então ele ia matar Blake. Oh Deus. Como isso pode estar acontecendo? O telefone tocou novamente e comecei a pensar que eram meus pais sempre preocupados. Lágrimas invadiram meu rosto. Eu nunca iria vê-los novamente. Eles nunca superariam me perder. E o pobre Blake! —Por favor, por favor, não me mate. — Eu soluçava. —JESUS CRISTO, cale-se! Se eu ouvir você dizer mais uma coisa, esta faca vai ser enfiada em seu coração depois de eu enfiá-la em sua bucet*. Pressionei meus lábios juntos e chorei, tentando impossivelmente suavizar os meus soluços.

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Segurando a faca, meu agressor levantou a camisa por cima da cabeça, expondo seu peito peludo e barriga feia flácida. Mas quando ele começou a puxar para baixo suas calças, alguém bateu na porta. —Que porra é essa? —Rosnou Springer. As batidas transformaram em socos, e com um chute alto, a porta desabou. —Seu filho da puta! Meu Deus. Era Blake! Segurando um vaso de rosas com um balão do Bob Esponja. —Diga adeus à sua namorada, Burns. Meus olhos se arregalaram quando Don baixou a faca no meu coração, mas assim que ela tocou minha pele, ele saiu voando. Blake conseguiu chutá-la de sua mão no último instante. —Você vai pagar por isso! — Springer ficou de pé e foi para cima de Blake. Eu estava livre. —Jen, fuja. —Gritou Blake quando ele defensivamente arremessou o vaso em Springer. Ele atingiu-o no peito e depois pousou em uma poça no chão. A água espalou em torno das rosas caídas e em uma nota, enquanto o balão subia para o teto. Ele dizia: “Eu te amo”. Oh, meu Blake! —Seu filho da puta! —Gritou Springer quando ele se lançou para Blake. Freneticamente, eu me arrastei para o sofá. Um novo tipo de medo correu na minha corrente sanguínea. Enquanto eu assistia Springer entregar um golpe após o outro em meu amado, eu temi por sua vida. Um tsunami de lágrimas me agrediu. Meu coração estava na minha garganta. Eu mal podia respirar. Lutando para afastar o agressor, Blake conseguiu alcançar seu telefone celular. Ele o jogou para mim, e ele aterrissou perto de onde eu estava parada. Agarrei-o. —Jen, ligue para o 911! —Gritou.

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Eu rapidamente fiz o que ele pediu quando Springer deu um soco forte no seu rosto. Eu me encolhi, sentindo toda a sua dor. —Foda-se, Springer. —Resmungou Blake, dando um golpe de volta nele. Sua batalha de vida ou morte foi agravada. Blake estava ofegante e suor escorria pelo seu rosto. O louco, com certeza, tinha a mão mais pesada. Oh Deus! Orei pela vida de Blake e para a polícia chegar aqui logo. Os golpes fortes iam e voltavam. Grunhidos e gemidos encheram a sala e misturaram com os meus gritos. Esquivando-se de um dos golpes de Blake, Springer agarrou o vaso. —Blake! — Eu gritei. Mas era tarde demais. Com um rugido, Springer o jogou sobre a cabeça de Blake, quebrando-o em pedaços. Abalado, Blake caiu sobre os joelhos, ao lado das minhas muletas. Springer o chutou com força no rosto e Blake gemeu. O sangue escorria de seu nariz. Eu estava soluçando. Meu pobre bebê! E, em seguida, outro chute. Blake, perto de perder a consciência, balançou em seus joelhos. Eu não aguentava mais. Deixando cair o telefone, eu fiz um caminho mais curto para a faca em minhas mãos e joelhos, rastejando o mais rápido que pude. Deus me ajude. Eu não podia deixar esse monstro destruir o homem que eu amava com todo meu coração. Meu choro desesperado soou no meu ouvido quando me aproximei da arma medonha. Ela estava ao meu alcance quando de repente ela foi deslizando pelo chão. Springer tinha chegado a ela primeiro e a chutado para longe de mim. Ele deu outro chute forte em mim. Segurando minhas costelas, eu recuei e gemi. —Sua merdinha. —Ele bufou. —Você é a próxima. —Blake! —Eu gritei enquanto observava Springer alcançar a faca. Ele não respondeu. Eu gritei o nome dele ainda mais alto. Segurando a faca, Springer se voltou para Blake. Com a mão livre, ele arrancou sua máscara de esqui e arremessou-a para longe. A expressão em seu rosto era de puro mal. Mordi tão forte meu lábio que pude provar o sangue. Meu coração acelerou.

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Meu querido Blake tinha a cabeça baixa; seus olhos estavam rolando para trás. Oh Deus. Eu estava prestes a perdê-lo. —Não! — Eu gritei. Desesperada, eu me arrastei em direção a ele, sabendo no meu coração que eu não poderia salvá-lo. Springer, com aquele sorriso feio, riu. —Diga adeus à sua vida de merda, filho da puta. Você só tem uma coisa para se preocupar. Depois que eu foder sua puta vadia ao esquecimento, ela vai se juntar a você. Meu coração parou de bater quando Springer agachou-se, e a faca desceu em câmera lenta. Oh não, não, não, não! —Filho da puta! — Blake! Para minha surpresa total, pegou uma muleta e em um mero piscar de olhos, bateu nas bolas de Springer. Com um gemido alto, o monstro agarrou sua virilha e caiu de joelhos. A faca caiu de sua mão. —Seu filho da puta! —Ele gritou. —Você não vai foder ninguém novamente. —Resmungou Blake quando ele bateu-lhe mais uma vez nas bolas. Don gritou novamente, com sua cara feia se contorcendo de dor. Vermelho de raiva, Blake cambaleou, segurando a muleta. Ele cuspiu em Springer. Veneno derramava de seus olhos. —Eu não terminei com você, seu animal fodido. —Isso aqui é por mexer com Eddie. —Whack! —Isso aqui é por me chamar de filho da puta. —Whack! —E isso é por tocar na minha menina. —Whack! Springer estava chorando como um bebê. Implacavelmente, Blake bateulhe uma e outra vez, movendo de suas bolas para o seu peito e depois na cabeça. Springer desmoronou inconsciente no chão. O sangue derramava de seu nariz.

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—Foda-se, seu pedaço de merda! — Blake grunhiu. Depois de mais um golpe forte, Blake largou a muleta e correu até mim. Eu estava chorando fora de controle. Quando as sirenes foram ouvidas à distância, ele levantou-me em seus braços. Passando os braços e as pernas firmemente em torno dele como uma criança inconsolável, eu soluçava em seu peito. Ele alisou meu cabelo. —Shh, bebê, acabou. Você está bem? Eu balancei a cabeça, com as lágrimas imparáveis. —Fale comigo bebê. Sou eu... —Oh, Blake, eu sinto tanto, tanto. —Sente sobre o quê? Eu encontrei o seu olhar. Amor tão profundo enchia seus olhos. —Sobre tudo. Ele beijou minhas lágrimas e, em seguida, pressionou seus lábios macios na minha testa. —Baby, não há nada para se desculpar. Estamos vivos e juntos. —Oh, Blake, eu te amo tanto. —O mesmo. Nunca mais me deixe, minha tigresa. —À medida que mais sirenes soavam lá fora, minha boca foi consumida em um beijo que eu nunca esqueceria.

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Capítulo 24 Blake Eu carreguei Jen ao seu quarto e ajudei-a a se vestir. Eu tinha despido um monte de mulheres, mas vestir uma era a primeira vez para mim. Ela não disse uma palavra enquanto me deixava escolher lingerie limpa e uma roupa nova. Eu juro, eu ia queimar tudo o que esse animal doente tinha tocado. Ela não estava em condições de levantar-se, com ou sem o seu pé ruim, então eu a coloquei sobre a borda de sua cama. Eu gentilmente beijei a pele sedosa em todos os lugares, na esperança de ajudar a aliviar a dor que Springer tinha causado nela. Gemidos baixos e doces saíam de seus lábios enquanto eu colocava um sutiã de renda sobre ela e, em seguida, ajudava a colocar uma tanga combinando. As lágrimas ainda estavam derramando de seus olhos. —Baby, você ainda está chorando. —Eu disse suavemente, limpando-as com meus polegares. —Não quer falar sobre isso? Ela balançou a cabeça, seus olhos vulneráveis encontraram os meus. —Eu só te amo tanto. Quando Springer me disse que ia matá-lo, a minha vida tinha acabado naquele momento. Oh, Blake, se algo terrível acontecesse com você, eu não acho que poderia viver. Agachei-me e por isso ficamos cara a cara, apenas a um sopro de distância. Eu acariciei o rosto manchado de lágrimas com a minha mão e olhei em seus olhos verdes marejados. —Baby, por você, eu sou invencível. Eu sou o homem que vai cuidar de você. Protegê-la contra os monstros do mundo. Matá-los se for preciso. E ninguém vai ficar no meu caminho. Você entende isso? Com uma fungada e um pequeno sorriso, ela balançou a cabeça. Ela sabia que, neste momento, eu era o seu super-herói que sempre estaria lá para ela. Não Superman, Batman ou Homem-Aranha. Não, eu. Blake Burns. Sim. Aquele

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homem. Levei-a em meus braços e apaixonadamente a beijei. Então, de novo. Suas lágrimas quentes molharam meu rosto enquanto ela se derretia em mim. Após outra troca suave de “Eu te amo”, eu terminei de vesti-la. Eu dei beijos em suas pernas lisas como cetim enquanto colocava uma saia longa e ao longo de seu torso tenso enquanto a ajudava com uma blusa. Seus mamilos rosados espreitavam do sutiã e eu ternamente os mordisquei. Ela ainda estava tremendo. Eu aprendi que quando meu bebê estava traumatizado, ela ficava gelada. Após abotoar a blusa, eu coloquei meu casaco sobre ela. Era grande em seu corpo pequeno, mas eu achei tão sexy. Ela estava perdida em mim. Havia uma última coisa que eu tinha de colocar sobre ela. —Não se mova. —Eu disse baixinho quando enfiei minha mão no bolso do meu casaco. Seus olhos ficaram fixos em mim enquanto eu retirava o colar de turmalina. Paixão dançou em seus olhos quando o coloquei ao redor de seu pescoço esguio. —Meu coração pertence a você, tigresa. Ela esfregou a pedra cor-de-rosa em forma de coração entre os dedos como se fosse um encanto mágico. Em seguida, ela embalou a minha cabeça em suas mãos suaves e sussurrou: — Só a mim. A polícia chegou logo. Minha pequena tigresa disse-lhes tudo bravamente. Fiquei chocado ao descobrir que ela foi quase estuprada na faculdade e soube que seu agressor e Springer eram a mesma pessoa. O filho da puta doente. Várias meninas tinham sido agredidas por ele e poderiam agora ter o encerramento. Eu tinha matado o monstro. A acusação não ia me pressionar quando minhas ações tinham sido em autodefesa. Haveria, no entanto, uma investigação aprofundada. Agora, a polícia estava mais preocupada com o nosso bem-estar. Uma policial feminina particularmente compassiva estava preocupada sobre não apenas a estabilidade física de Jennifer, mas também seu estado emocional. Ela deu a Jennifer um cartão com o nome de uma assistente social que lidava com vítimas de agressão sexual. Com um leve sorriso, mas apreciativo, minha menina disse que iria dar a

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essa pessoa uma chamada. E eu ia ter certeza de que ela fizesse isso na primeira hora na parte da manhã. Os paramédicos também apareceram e quiseram levar-nos a um hospital. Enquanto nós dois fomos agredidos, para não mencionar a minha grande dor de cabeça, nós negamos. Eles estavam especialmente preocupados com o pé de Jen e haviam removido o curativo sujo. Parecia tudo bem. Ela disse-lhes para deixá-lo descoberto já que seus pontos iam sair pela manhã. A dor que eu tinha causado a ela já havia desaparecido. Eu tinha literalmente feito o que meu pai tinha me dito para fazer. Derrubado sua porta. E graças a deus do caralho, eu tinha. Se eu não tivesse chegado a sua casa quando o fiz, aquele bastardo a teria matado. Eu teria morrido também, porque seu coração pertencia a mim. Tudo o que restava das minhas flores foi o balão do Bob Esponja com as palavras eu te amo. O vaso estava em pedaços, as rosas esmagadas, minha nota pouco inteligente estava turva além do reconhecimento em uma poça de água. Não importava. Ações falavam mais alto do que palavras. Quando eu devorei sua boca e segurei-a em meus braços, eu sabia que ela era minha. Com a porta da frente esmagada, não havia nenhuma maneira de Jen poder ficar em sua casa. Além disso, era o centro de uma investigação da cena do crime. Havia apenas um lugar onde ela estaria hospedada. E com apenas uma pessoa. Forçada a deixar suas muletas para trás, porque elas eram parte da cena do crime, ela me deixou levá-la para o meu apartamento. Ela não precisava de suas muletas de qualquer maneira. Ela tinha a mim. Ela pertencia aos meus braços. Com velas acesas, tomamos um banho juntos, outra coisa que eu nunca tinha feito com qualquer pessoa, além dela. Com suas costas contra o meu peito, ela se sentou na minha frente, deixamos os jatos da minha banheira de hidromassagem ajudar a aliviar nossas dores e lavar a memória ruim de Don Springer. Eu alternava entre limpá-la delicadamente e sufocá-la de beijos. Eu também lavei o cabelo com o shampoo de baunilha e cereja Eu comprei porque me lembrava dela. Ela gemeu quando os dedos massagearam seu couro cabeludo. O perfume inebriante me deixou excitado. Meu pau endureceu debaixo dela. Mas eu não queria transar com ela. Ela tinha passado por muita coisa e ainda estava muito frágil. Sua fragilidade doeu meu coração. Na parte da manhã,

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ela poderia vir a se sentir mais forte. Eu estava ansioso para falar com ela e saber mais sobre o que tinha acontecido na faculdade. Provavelmente havia tanta coisa que eu não sabia sobre a minha tigresa, mas eu estava determinado a descobrir tudo sobre ela. Depois de enxaguar o cabelo, saí da banheira profunda e, em seguida, a tirei. Eu a sequei e, em seguida, coloquei-a sobre o balcão de pia dupla. Eu acariciei seus seios e passei os dedos pelos cabelos sedosos e molhados. Ela cheirava tão bem. Assim, baunilha e cereja. Agarrando o coração de turmalina em uma mão, ela acariciou meu rosto com a outra e, em seguida, me beijou. —Blake. —Ela suspirou no meu ouvido. —Eu quero você. —Ela colocou a mão em volta do meu eixo grosso e acariciou-o de cima a baixo. Eu gemi com o êxtase inesperado. Eu a queria também. E meu pau latejante, o Sr. Burns, a queria além das palavras. Mas não aqui. Levantando-a novamente em meus braços, eu a levei para o meu quarto, meu santuário onde nenhuma menina já tinha estado, no lugar onde ela pertencia. A minha grande cama king-size. Eu a coloquei nela. Mesmo com suas contusões, ela era um espetáculo para ser visto. Ela parecia um anjo. Amor e desejo brilhavam em seus olhos. Os olhos ferozes da minha tigresa. Eu me arrastei para a cama e beijei-a em todos os lugares. Da ferida de seu pé para o rosto. Não lambi, acariciei, ou apertei. Apenas beijos, mas o tipo orientado com a língua que me deixou saborear cada pedaço dela. Ela era deliciosa. Arrastando beijos por seu torso, eu enterrei minha cabeça na sua bucet* lisa e beijei seu cl*tóris delicioso. Seu corpo resistiu um pouco e ela gemeu. —Oh, Blake. Eu preciso de você dentro de mim. Você vai me foder? Outro beijo. —Não. —Oh. —Ela pareceu desapontada. —Eu vou fazer amor com você. —Oh! — Sua decepção se tornou euforia instantânea.

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Pela primeira vez na minha vida, eu fiz amor apaixonado em minha cama com uma mulher que eu adorava. Estávamos lado a lado, face a face, olhos nos olhos, corpos e almas se fundindo. Seus gemidos suaves era a nossa canção de amor. Um hino. Meu braço envolveu toda sua bunda doce, e eu gentilmente a embalei enquanto minhas estocadas lentas e sensuais nos trouxeram mais perto do org*smo. A intensidade emocional era tão profunda quanto a física. Chame o Dr. Phil. Eu juro, meus olhos vazaram lágrimas enquanto cada fibra do meu corpo gritava, surgindo até a borda do ecstasy. Meu pau estava em casa. Oh bebê. Nós gozamos. Ela rugiu. Não havia como domar a minha tigresa. Embora eu tivesse certeza de que eu tinha derrubado algumas listras.

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Epílogo Jennifer Minha primeira apresentação inicial. Eu não tinha ideia do que esperar, mas eu certamente não esperava isso. Um evento cheio de comoção na cidade de Nova York na Lexington Avenue Armory com a presença de todo o pessoal-chave da SIN-TV, incluindo gerentes das filiais de todo o país, bem como pelos principais anunciantes. Eu estava sentada na primeira fila com Libby de um lado e os meus pais, do outro. Eles tinham voado para o evento e para conhecer os pais de Blake. Sim, minha mãe agora sabia que eu trabalhava para um canal p*rnô e meu pai tinha razão. Enquanto eu realmente não tinha ouvido seu grito quando o meu pai deu a notícia, ele me disse que o seu “Oh Deus” deu medo até no carteiro. De alguma forma, ela conseguiu superar isso, e eu tinha que dizer, ela estava lidando com a enxurrada de clips de programação eróticos e quase nus de apresentadores bem dotados muito bem. OK. Ela ocasionalmente cobria os olhos e olhava para longe. Mas eu achei isso tão bonito. Blake era um showman nato. No palco, ele estava à vontade, quente e espirituoso. E tão sexy. Ele parecia devastador em um terno cinza novo com a gravata que eu tinha escolhido para ele. Mais de uma vez, ele roubou um olhar para mim e meu coração acelerou. Não era nenhum segredo em nosso escritório que nós éramos um casal, mas nós estávamos fazendo o trabalho. Depois que ele apresentou o horário nobre e blocos de tarde da noite, ele apresentou sua avó. Eu aprendi que ela era uma presença regular neste evento e que afiliados e anunciantes a adoravam. Vestindo uma roupa cinza de veludo e segurando um saco de compras, ela se juntou a Blake no palco para gritos e aplausos. —Então, Blakela, devo dizer a todos quais são as novidades? —Isso seria uma boa ideia, vovó.

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Prendi a respiração quando sua avó introduziu o novo bloco diário da SINTV. MINHA SIN-TV. —Confiem em mim, senhoras, vocês vão precisar de um destes. —Ela jogou o conteúdo de sua bolsa para a platéia. Leques! —Finalmente. Alguma programação sexy para nós mulheres. —Suspiros altos soaram na platéia, mas você poderia ter ouvido um alfinete cair enquanto eles assistiam a apresentação do vídeo que eu ia colocar juntamente com a ajuda de Jaime Zander e sua agência de publicidade, a ZAP! Ele incluía partes da minha apresentação do PowerPoint para Gloria além de trailers para a próxima grade de telenovelas e entrevistas com os autores e grandes estrelas que tinham participado deles. Quinze ansiosos minutos mais tarde, tudo ficou preto. Meu coração batia forte. Será que eles gostaram? Fortes aplausos e gritos entraram em erupção. Eu até ouvi assobios e gritos de bravo. E alguns estavam se abanando. Meu Deus! Eles gostaram! Minha mãe me abraçou e Libby apertou minha mão. Gloria Zander veio ao palco para dizer a todos o quanto ela acreditava neste bloco de programação e tinha dado grandes verbas publicitárias. Então, para minha total surpresa, Blake me apresentou como a menina com o cérebro por trás deste bloco de programação. Levantando-me, senti-me corar com uma mistura de êxtase de vergonha e orgulho. Ele me pediu para me juntar a ele no palco. Fiel à sua forma, Jen Calamidade quase tropeçou ao subir os degraus para o palco. Recuperando o fôlego, eu eloquentemente e humildemente agradeci aos patrocinadores em potencial pelo seu apoio. —Eu amo essa garota! —Exclamou Blake. —E vocês vão ouvir muito mais dela. Ela é a porra de uma tigresa! Enquanto supermodelos seminuas da Gloria´s Secrets desfilavam no palco para o final, meu homem me tomou em seus braços e bateu em meus lábios com um beijo apaixonado. Eu não tinha ideia de como isso foi recebido. Mas eu não me importei. ******

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Blake

Meu pai disse que Jennifer McCoy foi a melhor coisa que aconteceu para a Conquest Broadcasting em anos e a melhor coisa que me aconteceu... desde sempre. O meu velho nem sempre estava certo, mas ele nunca estava errado. Vestida com uma das minhas camisetas e biquínis sumários de renda, ela estava se aconchegando ao meu lado na cama de luxo na nossa suíte no Hotel Walden onde estávamos hospedados para o final de semana. O hotel de cinco estrelas era de Jaime Zander - uma de suas muitas participações, além de sua agência de publicidade. Gloria e Jaime também estavam se hospedando aqui, juntamente com muitos gerentes das filiais da TV SIN. Assim como os meus pais e os de Jen. Eles iam jantar. E vovó estava marcando junto. Ela tinha prometido não falar sobre o meu shmekel. Um dos desenhos animados, Bob Esponja, estava passando na TV, mas nenhum de nós estava realmente assistindo. Vestindo apenas um calção, eu estava lendo um dos romances eróticos que Jen tinha me feito viciar. Seduzida pelo Bilionário do Park Avenue de Nelle L'Amour. Sim, me chamem de gay ou me digam que eu precisava de uma mudança de sexo, mas eu estava totalmente viciado. Jen estava lendo o roteiro para a nossa primeira telenovela, o romance erótico baseado no best-seller da Trilogia Pérola de Arianne Richmonde. A história: com quarenta anos de idade, a produtora de cinema e documentário se apaixona por um francês bilionário mais jovem. —Você está animada sobre ir à Paris? —Perguntei, puxando seu rabo de cavalo para ganhar sua atenção. A produção para o filme começaria na próxima semana. Jen ia ficar em Nova York e, em seguida, iria diretamente à França para supervisionar as filmagens. Cameron Diaz tinha sido escalada para o papel principal, seu primeiro papel na TV, e algum francês que eu nunca ouvi falar ia atuar como o francês apaixonado. —Oui! —Ela vinha treinando seu francês e deu um sorriso na minha direção. —Você vai sentir minha falta?

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—Nah. — Eu disse indiferente. Porra, sim! O pensamento da minha tigresa longe de mim por um minuto sequer me deixava totalmente louco. Eu me tornei tão possessivo com ela como eu era protetor, exatamente como todos os namorados obcecados dos livros. Ela colocou o script no edredom. —E se eu me apaixonar por um belo francês com vinte e cinco anos de idade? Ou o ator fazendo o papel? Ele é único e foi eleito um dos homens mais sexys do mundo pela revista People, você sabe. Interiormente, eu me encolhi. Eu nunca tinha sido o tipo ciumento até que eu conheci Jen. —Você vai pagar por dizer isso, minha pequena tigresa. —Bons momentos. Eu estava louco de amor por ela, mas agora, eu ia transar com ela como se eu a detestasse. Sem pensar. Sem piedade. Em um movimento rápido, eu arranquei o edredom e seu pedaço de renda e, em seguida, separei as pernas lisas. Com um grunhido selvagem, montei nela. —O que você está fazendo? —Ela engasgou. —Punindo você. Vou foder seus miolos, Jennifer McCoy, até que ouçam você gozar lá na França. Meu nome vai ser o novo hino nacional francês. —Oh. —Ela abriu um grande sorriso. O pensamento de enchê-la fez meu pau imediatamente endurecer e inchar. Era como uma iluminada banana de dinamite. Um incêndio deflagrou da minha virilha para meu boné de detonação. Sem perder um segundo, eu entrei nela. Ela gemeu com uma mistura de dor e prazer enquanto minha vara implacável bombeava dentro e fora dela com ferocidade e velocidade. E tenho certeza de que ela sentiu meus dentes enquanto eu pressionei meus lábios em todo o seu pescoço e ombros e a marcava. Seus gritos e gemidos eram como música para meus ouvidos. Eu tive que deixá-la saber que havia apenas um homem em sua vida. Sim, um homem. Como se costuma dizer, em francês, moi. Seulement moi.

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—Assez! Assez! Eu preciso gozar. —Ela implorou em francês, passando as unhas através da minha carne com uma mão e puxando meu cabelo com a outra. A dor só me fez empurrar meu pau mais forte em sua bucet* quente, encharcada, com seus músculos apertando a cada impulso poderoso. Seus mamilos roçaram meu peitoral, endurecendo com a fricção do meu peito pressionando contra o dela. Minha boca estava a um palmo longe da dela, e meus olhos brilhavam forte sobre ela. Eu puxei o pingente de coração que ela nunca tirou. —Diga-me, tigresa, a quem você pertence? —Você. —Ela suspirou. Eu não ia deixá-la ir embora com as respostas de uma só palavra. —Diga: Eu pertenço a você. —Eu pertenço a você. —Ela murmurou, com sua voz tão desesperada quanto ela precisava gozar. —Minha. —Rosnou a besta possessiva que eu era. —Só minha. —Sua. —Ela ofegava de volta. —Apenas sua. Um sorriso satisfeito deslizou pelo meu rosto aquecido e movi uma mão para seu cl*tóris latejante. Eu a acariciei vigorosamente. Então, com um aperto em seu botão de fogo e outro impulso profundo, ela estremeceu ao redor de mim com um rugido ensurdecedor com o meu nome enquanto eu gozava simultaneamente. Meu clímax explosivo encontrou o dela. Oh, minha tigresa! Eu a tinha capturado e nunca iria deixá-la ir. Depois de acalmar-nos, levei-a para o chuveiro, onde desta vez eu a peguei do jeito que eu amava, com beijos e carícias. Depois do sexo alucinante, nos vestimos antecipadamente para a festa da Conquest Broadcasting, que seria mais tarde hoje à noite no point mais quente de Nova York, Touch. Antes de ir ao Touch, tínhamos prometido encontrar Jaime e Gloria e vários outros no Bar do Walden para algumas bebidas comemorativas. O bloco diário da

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minha tigresa com a programação erótica dirigida às mulheres tinha desintegrado anunciantes e afiliados igualmente. Chamando-o de “brilhante, inovador e surpreendente”, os anunciantes estavam pedindo para comprar tempo nele. Eu estava tão orgulhoso dela. Apesar das minhas dúvidas iniciais, ela tinha me provado que estava certa e lutou duro pelo que ela acreditava. Logo antes de saírmos da suíte, eu disse a ela que eu tinha deixado algo para trás. Ela me lançou um olhar perplexo. —Oh, é apenas algo para Gloria, para lhe agradecer por todo o seu apoio. A carranca de Jennifer se transformou em um sorriso. —Oh, Blake, você é tão prestativo! Interiormente, eu sorri. Sim. Eu era o Sr. Prestativo depois do Sr. Idiota. Como minha pequena tigresa tinha mudado minha vida. Corri de volta para o quarto e abri a última gaveta da cômoda, pegando o saco com o pequeno brinquedo que ia fazê-la minha para sempre e fora dos limites para qualquer predador que aparecesse no nosso caminho. Incluindo qualquer sapo francês. Minha tigresa pertencia a um só homem. Eu era aquele homem... Aquele homem de sorte.

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Jennifer O champanhe foi fluindo; nosso estande no canto do bar do Walden era um círculo de gargalhadas e muita conversa. Nós estávamos comemorando o sucesso do lançamento. Meu bloco de programação erótico para mulheres tinha sido recebido com esmagador entusiasmo. Além da Gloria´s Secrets patrocinar o pacote de telenovelas de romances eróticos, outros anunciantes estavam

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ansiosos para comprar o tempo na SIN-TV a um preço premium. Eu vim com uma ideia inovadora que tinha aberto a porta para toda uma nova onda de anunciantes. Blake e seu pai não poderiam estar mais felizes. Ou mais orgulhosos de mim. Na verdade, eu tinha sido promovida a Diretora de Programação Diária. Havia dez de nós em nossa mesa. Além de Blake e eu, nossa comitiva incluia Gloria e Jaime Zander; o RP de Gloria, Kevin e seu parceiro Ray, que passou a ser diretor de arte de Jaime; Libby e seu irmão Chaz, que estava em Nova York para um desfile de moda; e, finalmente, uma mulher poderosa que eu tinha aprendido a respeitar e amar, Vera Nichols, nossa gerente da filial de Vegas, e seu delicioso marido, Steve. “Roar”, uma canção que alegrava meu coração, estava tocando no sistema de som. —Vamos jogar um jogo de Verdade ou Desafio. —Insistiu Chaz após abrir outra garrafa de champanhe. O cabelo na parte de trás do meu pescoço se eriçou. Qualquer coisa, menos Verdade ou Desafio. A última vez que joguei esse jogo, a minha vida mudou para sempre. Blake me pegou mordendo meu lábio e sorriu. Isso tinha mudado sua vida para sempre também. Eu não estava pronta para este jogo. Eu não queria que minha vida mudasse. Estava perfeita do jeito que estava. Antes que eu pudesse protestar, a sugestão de Chaz foi recebida com aplausos altos e gritos. Um sorriso de Cheshire se espalhou pelo seu rosto. Trocamos palitos para determinar quem iria primeiro. Foi Jaime. —Ok, qual é a sua lingerie favorita da Gloria? —Perguntou Chaz. —Querido, você não pode responder a isso! — Gloria brincou, puxando a camiseta de Jaime. —É muito pessoal. Um sorriso de covinhas arrogante brilhou no rosto bonito do marido. —Verdade. Qualquer coisa que eu possa morder em seu corpo lindo.

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Gloria engasgou com vergonha, então esmagou seus lábios vermelhos contra os de Jaime. A visão deles tão apaixonados enviou uma cócega de arrepios na espinha. Eu estava ao lado. Eu queria deslizar por debaixo da mesa. —Por favor, eu não! Chaz me lançou um sorriso diabólico. —Sim, você. Quem quer fazer uma pergunta a Jennifer? —Eu quero. —Disse Blake, se sentando virado para mim. Seus olhos perfuraram os meus. —Verdade ou Desafio, Srta. McCoy? Quantos org*smos você já teve esta noite? Senti-me tão rosa quanto a Manhattan que eu pedi. Eu mal podia olhá-lo nos olhos. Não havia nenhuma maneira de dizer isso na frente de nossos amigos, não importa o quão íntimo eles eram. —Desafio. —Eu disse a palavra a ele. Um sorriso triunfante apareceu em seus lábios, iluminando aquelas covinhas de parar o coração. —OK. Desafio você a dizer sim. Eu franzi as sobrancelhas. —Sim para o quê? —Para isso. Meus olhos ficaram fixos em Blake quando ele enfiou a mão por baixo da mesa. Meu Deus! Ele ia levantar-se com o seu pau gigantesco em sua mão e me pedir para chupá-lo na frente de todos? Estremeci. Eu não iria fazê-lo passar por isso. Quando sua mão reapareceu, eu interiormente suspirei de alívio. Uma esfera de vidro pequena cheia de água estava empoleirada na palma da mão. Um globo de neve. Enquanto eu olhava para ele mais de perto, notei que continha

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uma foto - a foto do anjo de neve que tínhamos feito juntos durante o Natal. Eu sufoquei um suspiro. Ele me entregou o globo de neve. —Agite isso, Jen. Seus olhos, que brilhavam com um toque de malícia, ficaram fixos em mim quando eu fiz o que ele pediu. Meu coração deu uma cambalhota e minha boca caiu no chão. Eu simplesmente não podia acreditar nos meus olhos. Manchas brilhantes de neve dançaram na água. Mas isso não era tudo. À deriva entre a chuva de partículas cintilantes estava um anel de diamante magnífico. E não apenas qualquer anel de diamante. Era um grande floco de neve de diamantes multi-facetados. De tirar o fôlego! Minha mão tremia; na verdade, tudo em mim tremia quando a terra tremeu dentro de mim. Enquanto eu caía ainda mais em um estado de choque e estupor, os sons e rostos ao meu redor desapareceram no ar. Era apenas Blake e eu. Quando me sentei lá em estado de choque e sem fala, Blake calmamente tirou o globo da minha mão tremendo e virou de cabeça para baixo. Ele torceu a base, e usando o dedo indicador da outra mão como um gancho, ele pegou o anel e colocou-o sobre a mesa. Meus olhos largos como mármores, nunca se afastaram enquanto ele juntava o globo de neve de volta e, em seguida, o colocava para baixo ao lado do anel. Em torno de mim, eu vagamente ouvi meus companheiros soarem “ooh” e “aah”. O anel era simplesmente deslumbrante. A voz sexy de Blake me tirou do meu estupor. —Bem, Srta. McCoy. Você não respondeu ao meu desafio. Eu não podia fazer o meu cérebro se comunicar com a minha boca. As palavras ficaram presas na minha garganta. —Você poderia refrescar minha memória? —Eu finalmente consegui. Eu oscilava entre boquiaberta e muda. —Eu te desafiei a dizer sim.

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—Sim para o quê? —Imbecilidade estava ganhando. —Para o anel. —Blake fez uma pausa e olhou profundamente em meus olhos. Seus olhos não piscavam, nem os meus. Na frente de todos, ele desceu em um joelho. —Jennifer McCoy, quer se casar comigo? As palavras rodopiaram em minha mente como os pequenos flocos de neve dançantes. Quando estes se estabeleceram na base do globo, a realidade se estabeleceu em minha mente. Meu Deus. Blake tinha me pedido para casar com ele. As lágrimas que vinha ameaçando começaram a cair livremente. Meu coração estava rugindo tão alto no meu peito que eu mal podia ouvir-me expirar uma simples palavra: —Sim. Gritos e aplausos irromperam tão alto que era contagioso e todo o bar se juntou. Blake gentilmente segurou minha mão esquerda instável e colocou o anel. Eu não conseguia parar de olhar para ele. —Oh Blake, é tão, tão bonito. — Eu botei para fora as palavras. Com a outra mão, eu acariciei o lado do seu rosto. —Como você, tigresa. —A felicidade dançou nos olhos cor de safira de Blake. Ele levantou-se e me levou com ele. Antes que eu pudesse dizer outra palavra (como se eu pudesse), ele puxou minha cabeça para trás pelo meu rabo de cavalo, e seus lábios caíram sobre os meus. Em um beijo feroz. Assim como o beijo que tinha começado tudo isso em um jogo de Verdade ou Desafio. E enquanto eu me derretia como um floco de neve em Blake - esse homem que tinha me desafiado desde o início para ser dele, eu pensei sobre o quão diferente a minha vida poderia ter sido se eu não tivesse aceitado Chaz e seu escandaloso desafio naquela noite a seis meses. Eu sabia que, neste momento, a vida era cheia de verdades e desafios. Às vezes temos que evitar a verdade para descobri-los. E às vezes temos que arriscar um desafio. Quando a vida lhe desafiar, seja ousada. Seja corajosa como uma tigresa. Algo raro e belo pode

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revelar-se da forma como a Lua faz quando uma nuvem a revela. Algo que pode mudar sua vida para sempre como... O amor. E me derretendo como eu estava, o nosso amor estava se solidificando. Eu tinha acabado de me atrever a dizer sim para o meu novo para sempre. E esse beijo estava apenas começando. Esse homem era meu.

Fim.

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[PDF] THAT MAN 3. Série That Man #3. Nelle L Amour SINOPSE - Free Download PDF (2024)
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Name: Delena Feil

Birthday: 1998-08-29

Address: 747 Lubowitz Run, Sidmouth, HI 90646-5543

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Job: Design Supervisor

Hobby: Digital arts, Lacemaking, Air sports, Running, Scouting, Shooting, Puzzles

Introduction: My name is Delena Feil, I am a clean, splendid, calm, fancy, jolly, bright, faithful person who loves writing and wants to share my knowledge and understanding with you.